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Estado de Minas

'Aspirador gigante' ser� usado para sugar polui��o da Pampulha

J� est� sendo montado maquin�rio que vai retirar do fundo da lagoa o equivalente a dois anos de assoreamento, ou quase 10% do volume do reservat�rio. Dragas flutuantes tentam melhorar aspecto da represa para a Copa, mas medida, sozinha, � considerada insuficiente


postado em 17/07/2013 06:00 / atualizado em 17/07/2013 09:45

Já está sendo montado maquinário que vai retirar do fundo da lagoa o equivalente a dois anos de assoreamento(foto: jair amaral/em/d.a press)
J� est� sendo montado maquin�rio que vai retirar do fundo da lagoa o equivalente a dois anos de assoreamento (foto: jair amaral/em/d.a press)


Come�a na pr�xima semana a dragagem de sedimentos e lixo do fundo da Lagoa da Pampulha, um dos processos previstos pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para tentar despoluir at� a Copa do Mundo de 2014 o reservat�rio, que � um dos s�mbolos da capital mineira. Cerca de 800 mil metros c�bicos de material depositado no leito contaminado ser�o removidos por dragas flutuantes em oito meses de trabalho, de acordo com t�cnicos do Grupo Ambitec, contratado para o trabalho. Dessa forma, o t�rmino da a��o fica estimado para fins de mar�o ou in�cio de abril.


Para que se tenha uma ideia, o material que ser� removido ao custo de R$ 108 milh�es representa 8% do volume total da represa (10 milh�es de metros c�bicos). Especialistas alertam, no entanto, que apenas essa medida n�o ser� suficiente para melhorar o aspecto da lagoa, sendo ainda necess�rios o tratamento da �gua previsto pela PBH e a intercepta��o pela Copasa de esgotos clandestinos lan�ados na bacia hidrogr�fica.

(foto: ARTE EM)
(foto: ARTE EM)


Com objetivo de fazer o desassoreamento, por tr�s das �rvores e do mato que cresceu em um dos trechos do leito sedimentado da Lagoa da Pampulha oper�rios se desdobram para montar os equipamentos e encanamentos trazidos da Alemanha. O maquin�rio que mais chama a aten��o � o desidratador. O equipamento � do tamanho de um pr�dio de tr�s andares e serve para separar a �gua do material s�lido sugado do fundo do lago. Composta por 10 m�dulos met�licos – entre tubos e registros que precisaram ser transportados cada um em uma carreta –, a aparelhagem � capaz de separar at� 1.700 metros c�bicos de detritos da �gua, por hora, ou cerca de 70 carretas em 60 minutos, se operar sem interrup��es.

Enquanto um guindaste i�a as pe�as para o desidratador, tratores e uma escavadeira preparam os espa�os para os dutos que chegar�o � lagoa, devolvendo a �gua sem s�lidos. Nivelam tamb�m outra parte que servir� para encher caminh�es com o material removido do lago. O destino dos ve�culos de carga � o aterro municipal da BR-040, no Bairro Calif�rnia, Regi�o Noroeste de BH.

A retirada do material sedimentado no fundo da lagoa ser� feita por dragas flutuantes, semelhantes a balsas, mas com tubula��es que percorrer�o o fundo sugando pedras, lodo, pneus e lixo depositado ao longo dos anos. Os barcos s�o ligados ao desidratador por uma s�rie de tubula��es que permitem que se desloquem pelo espelho d’�gua, como se fossem aspiradores de piscinas em escala gigantesca. Duas dessas estruturas j� est�o posicionadas na parte do Parque Ecol�gico voltada para a lagoa. “Temos contrato para remover 800 mil metros c�bicos. Para isso ser�o necess�rias mais de duas dragas, mas n�o sabemos ainda quantas ao todo. Vamos usar o que for necess�rio para cumprir o servi�o”, afirma o engenheiro respons�vel pela opera��o do sistema, F�bio Suzuki. Ao todo, a Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) estima ser necess�rio implantar seis quil�metros de tubula��es.

De acordo com o mestre em ecologia aqu�tica e consultor de recursos h�dricos Rafael Resck, a remo��o dos sedimentos que acumulam material org�nico em decomposi��o poder� melhorar um pouco o aspecto turvo e o mau cheiro que exala da lagoa. “Um problema que ocorre quando tratamos da �gua, mas n�o dos sedimentos, � que ocorre uma recircula��o do material em decomposi��o, que contamina a �gua novamente. Sugando a primeira camada de sedimentos do fundo, isso poder� ser minimizado”, avalia. Por�m, tudo pode ser perdido se outros trabalhos de preven��o n�o forem feitos, como o monitoramento e a conserva��o das margens dos c�rregos tribut�rios da Pampulha. “Esse volume a ser retirado equivale a cerca de dois anos de lan�amentos de s�lidos dissolvidos na �gua, que causam assoreamento. Enquanto houver ocupa��es irregulares e atividades que causem eros�o de margens, o processo persistir� e essas medidas n�o passar�o de paliativos”, alerta o especialista.

Operários trabalham na montagem do maquinário que veio da Alemanha para desassorear o reservatório(foto: jair amaral/em/d.a press)
Oper�rios trabalham na montagem do maquin�rio que veio da Alemanha para desassorear o reservat�rio (foto: jair amaral/em/d.a press)

V�deo mostra uma das dragas instaladas na lagoa



Veja a polui��o em um dos pontos da Lagoa da Pampulha




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