O ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, afirmou que lamenta “veementemente” a declara��o do presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas (CRM-MG), Jo�o Batista Gomes Soares, que teria aconselhado m�dicos brasileiros a n�o socorrerem erros de cubanos. “N�o sei em que c�digo de �tica m�dica ele se baseou”, afirmou ontem, na abertura da etapa de acolhimento e avalia��o dos profissionais estrangeiros inscritos no Mais M�dicos, em Bras�lia. “Essa recomenda��o � omiss�o de socorro. Nenhum m�dico pode se negar a atender qualquer brasileiro ou brasileira”, acrescentou.
“Tenho certeza absoluta de que eles v�o se pautar pelo c�digo de �tica que nos rege. Pode fazer cr�tica, faz parte da democracia. Agora, nenhuma atitude que ameace a sa�de da nossa popula��o ser� admitida pelo governo”, afirmou o ministro. “Temos que receber de bra�os abertos m�dicos que se dispuseram a atender a popula��o brasileira que n�o tem m�dico”, completou.
Em reportagem publicada pelo EM na sexta-feira, o presidente do CRM afirmou que dificultaria a entrada no estado de m�dicos estrangeiros sem diploma revalidado, negando-se a conceder o registro provis�rio e denunciando-os � pol�cia por exerc�cio ilegal da profiss�o. Os presidentes dos conselhos do Paran� e de S�o Paulo avisaram que ter�o a mesma postura.
Ontem, Soares disse que foi mal interpretado. “N�o podemos omitir socorro, mas n�o devemos assumir erros cometidos por pessoas n�o habilitadas”, explicou, referindo-se ao fato de os participantes do Mais M�dicos vindos de outros pa�ses n�o precisarem revalidar o diploma. “Se o m�dico erra um diagn�stico e um paciente piora, tenho a obriga��o de esclarecer que o problema foi oriundo de um diagn�stico equivocado. Isso n�o deve ser acobertado. N�o somos tutores de m�dico cubano”, acrescentou.
Padilha defendeu a medida provis�ria que prev� registro aos bolsistas: “A medida � lei e tem de ser cumprida, com registro desses profissionais. Temos seguran�a jur�dica sobre esse programa”.