
Com carga hor�ria de 120 horas, o curso de acolhimento e avalia��o � dividido em duas grandes �reas, segundo o coordenador pedag�gico em BH, Rodrigo Ch�vez Penha. Uma das �reas busca ampliar o conhecimento em l�ngua portuguesa. “Vamos ensinar a entender o relato de um paciente e registrar tudo em portugu�s. Eles j� sabem fazer isso no idioma deles”, explica Penha, que � professor do curso de medicina da Universidade Federal de S�o Jo�o del-Rei (UFSJ).
A outra grande �rea aborda medicina e rede p�blica de sa�de. O programa inclui legisla��o, funcionamento e atribui��es do Sistema �nico de Sa�de (SUS) – especialmente em aten��o b�sica –, doen�as mais comuns no pa�s e aspectos �ticos e legais da pr�tica m�dica. Devem ser aplicadas avalia��es para testar conhecimentos lingu�sticos e de comunica��o.
Os participantes com desempenho considerado insatisfat�rio no curso ser�o desligados do programa e voltar�o para seus pa�ses, segundo o Minist�rio da Sa�de. O curso prossegue at� o dia 13, de segunda a sexta-feira, das 8h �s 18h, com quatro aulas por dia, cada uma com dura��o de duas horas, mesmo tempo do intervalo para o almo�o. “A princ�pio, n�o programamos nada para os fins de semana, mas pode ser que haja alguma atividade”, prev� o coordenador pedag�gico.
O curso tem 10 professores confirmados e outros convidados ainda devem responder se participar�o. “Foram selecionados pela coordena��o pedag�gica. Todos s�o de universidades e outras institui��es mineiras. S�o profissionais com excel�ncia em suas �reas de atua��o”, ressalta Penha, que n�o quis revelar os nomes dos integrantes do corpo docente.
O ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, disse ontem que o curso faz “reciclagem” de conhecimento: “Nessas tr�s semanas, eles v�o passar por um processo rigoroso de avalia��o da qualidade, sobre as experi�ncias que t�m, al�m de uma reciclagem, novas informa��es sobre doen�as”.
Dos 16 m�dicos com registro profissional estrangeiro escolhidos para Minas, 10 s�o brasileiros. Os outros seis s�o de Portugal, Col�mbia, M�xico, Bol�via, Argentina e Venezuela, segundo o minist�rio.
Um pouco de espanhol

“Conhecemos mais sobre o SUS, suas necessidades e o que se espera de n�s”, disse o mexicano, ao explicar o que havia visto nas primeiras aulas do curso. Os R$ 10 mil oferecidos aos bolsistas foi um dos fatores que atra�ram Martinez. “A remunera��o � boa, mas n�o vim por isso. Tenho interesse em ajudar a popula��o do Brasil, a melhorar a sa�de dos mais necessitados”, afirmou, misturando palavras em portugu�s e espanhol.
Martinez disse n�o temer eventuais problemas. “J� sabia que o SUS atender uma popula��o enorme, carente de m�dico e infraestrutura”, disse. Ele n�o se mostrou receoso com o fato de o Conselho Regional de Medicina de Minas (CRM-MG) ter anunciado que n�o emitir� registro provis�rio a m�dicos que n�o revalidarem o diploma estrangeiro. “N�o estou preocupado com isso. Quando o CRM vir nosso trabalho, espero que reconsidere. Estamos qualificados para atender bem a popula��o e esperamos ter a colabora��o do conselho”.
Exclusividade para o SUS
A carteira profissional do m�dico diplomado no exterior inscrito no Mais M�dicos dever� conter “mensagem expressa” proibindo o exerc�cio da medicina foras das atividades do programa, segundo o Decreto 8.081, publicado ontem no Di�rio Oficial da Uni�o. O texto estabelece tamb�m que a declara��o de participa��o no programa � necess�ria para expedi��o do registro profissional provis�rio e da carteira profissional. O registro dever� ser pedido por meio de requerimento elaborado e enviado pela coordena��o do programa ao presidente do CRM do estado onde atuar� o bolsista. O conselho, ent�o, ter� prazo de 15 dias para emitir o documento.
CAPACITA��O
O que os m�dicos aprendem no curso
L�ngua portuguesa
Legisla��o m�dica brasileira
Funcionamento e atribui��es do Sistema �nico de Sa�de (SUS)
Doen�as mais comuns no Brasil
Aspectos �ticos e legais da pr�ticas m�dicas
