No batalh�o, os m�dicos est�o divididos em dois alojamentos, um masculino e um feminino, informa a assessoria da 4ª Regi�o Militar. No local, h� cinco brasileiros e tr�s brasileiras, um boliviano, um argentino, um espanhol, um mexicano, uma portuguesa e uma venezuelana, todos participantes do curso de acolhimento e avalia��o, que os prepara para trabalhar em munic�pios do estado. Eles est�o dormindo em beliches e s�o transportados do batalh�o para o curso em �nibus do Ex�rcito, segundo a corpora��o.
Um dos problemas � a falta de �gua no banheiro do alojamento feminino, segundo um dos “h�spedes”, o boliviano Davi Paes, formado em Cuba. “As instala��es do batalh�o n�o t�m problemas primordiais. Temos comida, �gua, camas. O �nico problema � para as mulheres, que est�o no segundo piso. O banheiro delas n�o tem �gua”, relatou ontem.
O secret�rio Helv�cio Magalh�es informou que os m�dicos tamb�m sofrem por causa dos r�gidos hor�rios seguidos pelos militares. “Quem escolheu os alojamentos atuais foi o Minist�rio da Defesa. Os m�dicos v�o ser transferidos, vamos arrumar um alojamento melhor”, acrescentou. A pasta, no entanto, afirmou que n�o h� previs�o de transfer�ncia dos bolsistas para outro local.
No encontro com os participantes do curso, Magalh�es acalmou os profissionais em rela��o � hostilidade de entidades m�dicas brasileiras. O curso de adapta��o, segundo ele, � suficiente para adequa��o aos protocolos �ticos, � legisla��o e ao funcionamento do Sistema �nico de Sa�de (SUS), al�m do aprendizado da l�ngua portuguesa. Dos 89 profissionais encaminhados a 47 cidades mineiras, 18 t�m diploma do exterior e participam do curso coordenado pela Universidade Federal de S�o Jo�o del-Rei. Outros dois ainda est�o com documenta��o pendente, mas assistem �s aulas.
Adapta��o
Entre os que v�m de fora h� oito brasileiros, em sua maioria formados na Espanha e em Portugal. Graziele Sim�es, que � de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e estava fora do pa�s desde 1998, disse que n�o haver muitas diferen�as entre a medicina daqui e a do exterior. “Precisamos apenas nos adaptar ao sistema”, avaliou.
Em entrevista coletiva, o secret�rio Helv�cio Magalh�es comemorou a vit�ria do governo na Justi�a Federal sobre o Conselho Federal de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), que briga contra a obrigatoriedade do registro tempor�rio aos bolsistas que n�o fizeram a revalida��o do diploma e n�o t�m certificado de profici�ncia em portugu�s. “A Medida Provis�ria ser� convertida em lei at� novembro, estamos seguros disso”, afirmou.
Ele explicou ainda que os m�dicos ter�o a revalida��o restrita do diploma e o registro provis�rio para atua��o apenas nos munic�pios onde forem trabalhar nos pr�ximos tr�s anos. Em rela��o ao repasse do sal�rio dos cubanos ao governo de origem, o secret�rio disse que n�o se trata de quest�o ideol�gica, mas de uma decis�o interna do de Cuba. “A quest�o � de legisla��o, de tratado internacional e acordo bilateral. Ningu�m � obrigado a participar”, disse. O CRM-MG informou que j� tem outra a��o contra o governo no Supremo Tribunal Federal (STF) e deve contestar a decis�o da Justi�a Federal sobre obrigatoriedade do registro.
UFMG vai apoiar programa
A Universidade Federal de Minas Gerais anunciou ontem apoio ao Mais M�dicos. A decis�o foi tomada pela congrega��o da Faculdade de Medicina, composta por representantes de funcion�rios, alunos e professores. A vota��o teve 22 manifesta��es a favor, uma contra e tr�s absten��es.
A UFMG vai oferecer treinamento aos bolsistas, al�m de disponibilizar professores para acompanhamento dos estrangeiros no interior de Minas. Tamb�m poder� contribuir com acesso a informa��es por meio do Telessa�de, que coloca m�dicos em contato com centros universit�rios distantes. Segundo o chefe do Departamento de Medicina Preventiva e Social da faculdade, Ant�nio Leite Alves Radicchi, a institui��o espera agora que o Minist�rio da Sa�de solicite os servi�os.
Quando a vinda de estrangeiros foi anunciada pelo governo federal, a UFMG se posicionou contra, devido � dispensa da revalida��o do diploma. Diante da explicou de que o Mais M�dicos prev� uma revalida��o restritiva, para que o profissional possa atuar apenas na cidade para a qual for designado, a congrega��o da faculdade se reuniu para debater o assunto e decidiu apoiar o plano. (JF)