O empres�rio Claudio Grigoletto, suspeito de matar a mineira Mar�lia Rodrigues Silva Martins, de 29 anos, vai continuar na pris�o. A decis�o � do juiz de instru��o Franscesco Nappo, do Tribunal de Brescia, na It�lia. O magistrado validou a captura dele ap�s ouvi-lo na manh� desta quarta-feira. Durante a audi�ncia, ele assumiu que mantinha um relacionamento amoroso com a funcion�ria de sua empresa, a Alpi Aviation do Brasil, e queria seria pai da crian�a que ela esperava.
Segundo o site do Giornal di Brescia, o interrogat�rio durou cerca de uma hora. Como certificou a aut�psia, Mar�lia estava no quinto m�s de gravidez e, de acordo com o promotor de Brescia, Fabio Salamone, Grigoletto “tinha a necessidade de eliminar o problema colocado pelo fato de ser o pai da crian�a que a brasileira esperava”. Ap�s estrangular a turism�loga de Uberl�ndia, ele teria tentado faz�-la engolir �cido e atearia fogo ao corpo, para ent�o encenar um acidente envolvendo o vazamento de g�s da caldeira que fica no escrit�rio da empresa, onde o corpo de Mar�lia foi encontrado.
No fim da manh�, o site do jornal informou que, segundo fontes judici�rias, um exame de DNA confirmou que o empres�rio � mesmo o pai do filho de Mar�lia.
Conforme a ag�ncia de not�cias italiana Ansa, a pris�o de Cl�udio Grigoletto foi pedida pelo Minist�rio P�blico, sob a acusa��o de homic�dio, agravado pela tentativa de oculta��o de cad�ver e aborto. O empres�rio j� havia sido interrogado durante a toda a madrugada de ter�a, mas n�o confessou os crimes.
Ainda de acordo com ag�ncia italiana, o procurador de Justi�a de Brescia, Fabio Salamone, informou que o dono da Alpi Aviation, empresa que comercializa helic�pteros e ultra-leves, teria matado Mar�lia porque seria o pai do beb�. “Ele quis eliminar o problema para salvar o pr�prio casamento”, disse o procurador.
Advogada apresenta �libi
A pol�cia far� novas buscas no escrit�rio da empresa de avia��o em Gambarra, � pedido da advogada de Grigoletto, Elena Raimondi. A oitiva deve acontecer na pr�xima semana. Os investigadores examinar�o o carro e o avi�o usados pelo empres�rio na quinta-feira passada, quando Mar�lia teria sido morta. Por meio da aeronave, a defensora quer provar que o cliente estava em um voo no momento do crime.
Aeromo�a Mar�lia morava na It�lia havia 10 anos. Segundo informa��es de familiares, na maior parte do tempo, ela trabalhou como aeromo�a naquele pa�s, tendo prestado servi�os para pelo menos tr�s companhias. Em janeiro, come�ou a trabalhar no escrit�rio da Alpi Aviation em Gambara. Segundo um amigo da fam�lia, Mar�lia teria revelado para pessoas mais pr�ximas que o empres�rio Cl�udio Grigoletto, depois de iniciar o relacionamento com ela, teria dito que estava se separando da mulher, mas na pr�tica permanecia casado.
Na segunda-feira, o pai da turism�loga, o empres�rio Anderson Martins, e o tio da jovem Fernando Martins, que � promotor em Uberl�ndia, viajaram para a It�lia, a fim de conseguir a libera��o e o traslado do corpo. Os familiares est�o na expectativa de que o traslado ocorra at� amanh�, j� que a autopsia no corpo da v�tima estava prevista para ontem.
No entanto, ontem � tarde, o Itamaraty, por interm�dio da assessoria de imprensa, informou que o consulado brasileiro em Mil�o ainda n�o recebeu informa��es sobre a libera��o do corpo pelas autoridades italianas. O Itamaraty informou que continua oferecendo todo apoio � fam�lia para eliminar barreiras burocr�ticas e encaminhar documenta��o na It�lia.
(Com informa��es de Luiz Ribeiro)