Prefeito promete coibir ambulantes nas ruas de BH

 

O prefeito Marcio Lacerda prometeu ontem impedir a volta de ambulantes para as ruas de Belo Horizonte. “Vamos intensificar a fiscaliza��o para que a atividade seja banida da cidade. Est� se tornando uma situa��o preocupante, com risco de chegar ao caos total, como aconteceu em �pocas passadas”. Lacerda fez o an�ncio depois de reuni�o com representantes de moradores e de lojistas da Regi�o Centro-Sul, que reclamaram do aumento de camel�s, hippies, mendigos e usu�rios de crack e cobraram provid�ncias.

Os camel�s voltaram para as ruas amparados pela brecha de uma liminar expedida em 26 de setembro do ano passado, que autorizou a atividade de hippies e artes�os. O prefeito disse que vai travar uma batalha na Justi�a: “Certamente, isso desrespeita o C�digo de Posturas e prejudica o com�rcio”. A atividade � proibida e o infrator pode pagar multa de R$ 596,23 a R$ 1.430,95, al�m de ter apreendidas mercadorias.

A solicita��o do encontro com o prefeito foi feita pela C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), para cobrar inclusive a derrubada da liminar. “N�o podemos retornar � realidade de 2001, quando n�o se conseguia caminhar pela cidade. Temos que coibir a viol�ncia que vem a reboque. Com a presen�a do camel�, v�m o usu�rio de drogas e o morador de rua”, disse o vice-presidente da CDL, Anderson Rocha. Segundo ele, a sensa��o � de inseguran�a e lojistas e moradores s�o ref�ns do medo e da viol�ncia.

CENSO

A Secretaria Municipal Adjunta de Assist�ncia Social informou que um novo censo de moradores de rua deve come�ar em outubro. O �ltimo � 2005 e indicou a presen�a de mil pessoas na capital. Hoje, segundo a Pastoral de Rua, s�o dois mil moradores de rua espalhados pela cidade.

A Associa��o de Moradores do Bairro de Lourdes quer a retirada dos camel�s e mendigos. Segundo o presidente da entidade, Jeferson Rios,  ambulantes invadiram a Pra�a Mar�lia de Dirceu. “Queremos mudar esse quadro cassando essa liminar”, diz.

O Comit� de Acompanhamento e Monitoramento da Pol�tica Municipal para a Popula��o em Situa��o de Rua, criado em 2010, est� trabalhando em uma instru��o normativa para orientar a atua��o de agentes p�blicos. O documento ser� aprovado no m�s que vem. “Se houver o uso inadequado do espa�o, o poder p�blico tem de intervir, cuidar do que � da coletividade”, afirmou a coordenadora da entidade, Soraya Romina.

 Ela diz que o problema � complexo, porque a popula��o de rua tem origens diversas, como gente que saiu de casa por desajuste familiar ou depend�ncia de �lcool e  drogas. E pessoas que chegam � cidade para procurar emprego, n�o conseguem e passam a viver nas ruas.