Apesar da convoca��o geral para o lan�amento do plano de emerg�ncia pluviom�trica, apenas 90 munic�pios estavam representados, ontem, no evento em que as secretarias estaduais apresentaram seus planos para a temporada de chuva em Minas. O comandante da Defesa Civil estadual, Luis Carlos Dias Martins, demonstrou preocupa��o, sobretudo por causa da previs�o de chuvas mais fortes nos locais que normalmente s�o vulner�veis. Ele lembrou que a esmagadora maioria dos munic�pios elegeram outra gest�o municipal, o que exigiu novo treinamento de funcion�rios e volunt�rios, e cobrou uma postura mais incisiva das prefeituras para impedir ocupa��es irregulares e invas�es em �reas de risco.
“As a��es de preven��o s�o realizadas pelos munic�pios. O estado apoia os projetos, mas entendemos que essas a��es j� devem ter sido vencidas pelas prefeituras e comunidades”, afirmou. Segundo ele, as previs�es captadas pelo radar meteorol�gico ser�o divulgadas por mensagens telef�nicas para coordenadores municipais de Defesa Civil, r�dios locais e volunt�rios. “Estamos entrando no per�odo chuvoso e temos que temer as chuvas e suas consequ�ncias. Os prefeitos precisam entender o que � necess�rio e a comunidade deve ser avisada sobre o risco.”
Em rela��es �s obras, o estado informou que est� concluindo 2,7 quil�metros de requalifica��o urbana e ambiental do Ribeir�o Arrudas, com reassentamento de 1.025 fam�lias, implanta��o de sistema de drenagem e constru��o de viadutos. No entanto, �s v�speras do per�odo chuvoso, h� menos de dois meses, a Secretaria de Transportes e Obras P�blicas publicou edital de licita��o para conten��o de encostas. “O problema � a burocracia, que emperra, tamb�m somada � inseguran�a jur�dica. Os agentes p�blicos se cercam de toda preven��o para evitar problemas com a fiscaliza��o”, justifica o secret�rio Carlos Melles.
Para a coordenadora do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universit�rio Newton Paiva, �rica Sabre, todas essas medidas s�o paliativas. Ela cita o exemplo de Ponte Nova, cidade da Zona da Mata que cresceu sem planejamento no entorno do Rio Piranga. “O que o poder p�blico precisa fazer � evitar que o problema aconte�a. Isso se d� impedindo a ocupa��o desordenada � beira de rios, c�rregos e encostas. Por mais complicado que seja, � preciso retirar a popula��o que se instalou nesses lugares.”