(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Bairro de Lourdes fica dividido sobre mendigos

Medidas adotadas por associa��o para evitar morador de rua na regi�o recebem cr�ticas de outras entidades


postado em 03/10/2013 06:00 / atualizado em 03/10/2013 06:36

Muitos moradores reclamam do incômodo gerado por mendigos que costumam ocupar a Praça Marília de Dirceu(foto: ANGELO PETTINETI/ESP. EM/D.APRESS)
Muitos moradores reclamam do inc�modo gerado por mendigos que costumam ocupar a Pra�a Mar�lia de Dirceu (foto: ANGELO PETTINETI/ESP. EM/D.APRESS)

 

A decis�o da Associa��o dos Moradores do Bairro de Lourdes (Amalou), Centro-Sul de BH, de adotar uma s�rie de medidas para evitar mendigos, principalmente na Pra�a Mar�lia de Dirceu, provocou rea��es diversas de outras entidades, inclusive da pr�pria regi�o, para as � necess�rio cobrar provid�ncia do poder p�blico para o problema. A orienta��o da Amalou � para que moradores e comerciantes n�o deem agasalhos e alimentos e ponham o lixo na rua s� na hora da coleta. Al�m disso, o presidente da entidade, Jeferson Rios, disse, na ter�a-feira, que foram colocados mais esguichos de �gua na pra�a, que s�o ligados quando h� mendigos.

A presidente da Associa��o dos Moradores do Bairro de Lourdes (Pr�-Lourdes), L�cia Pinheiro Rocha, disse ser contra a medida adotada da Amalou, que representa o com�rcio e condom�nios e cuida da pra�a. “�, no m�nimo, anticonstitucional, para n�o falar em injusto e imoral. Repudiamos essa atitude de enfrentamento dos moradores de rua”, disse.

Dono de tr�s restaurantes na regi�o, o diretor da Regional Lourdes da Associa��o de Bares e Restaurantes de Minas (Abrasel-MG), Leonardo Marques, tamb�m desaprova as medidas: “N�o dou dinheiro a morador de rua, mas n�o nego um prato de comida a ningu�m”.

A situa��o dos moradores de rua deve ser resolvida pela prefeitura, segundo a presidente da Associa��o dos Comerciantes da Savassi, Maria Auxiliadora Teixeira de Souza. “N�o vai ter o resultado que eles querem. A solu��o deveria vir da prefeitura para criar abrigos e levar os moradores de rua. O que me preocupa � que no meio desses moradores de rua tem bandido infiltrado, respondendo a processo”, disse.

“� uma pra�a de Belo Horizonte, motivo pelo qual todas as pessoas que residem nesta cidade, sejam em vulnerabilidade social ou n�o t�m o direito de ir e vir naquele espa�o, que � p�blico”, afirmou a coordenadora do Comit� de Acompanhamento e Monitoramento da Pol�tica Municipal para a Popula��o em Situa��o de Rua, Soraya Romina. A pra�a � p�blica e quem faz a manuten��o � a prefeitura. N�s, o poder p�blico municipal, n�o demos nenhuma autoriza��o ou entendimento no sentido de instala��o de esguichos”, disse.

ABRIGO

Soraya alega que a PBH n�o pode  recolher moradores de rua � for�a e lev�-los para abrigo, o que caracterizaria crime de sequestro. O albergue mais pr�ximo da Pra�a Mar�lia de Dirceu fica na Rua Conselheiro Rocha, no Bairro Floresta, Leste, que oferece pernoite. O albergue abre �s 17h e a pessoa pode ficar at� a manh� seguinte. H� tamb�m os abrigos S�o Paulo e Pomp�ia que acolhem durante todo dia e � noite, mas com encaminhamento via servi�o de abordagem social.

“A pessoa pode ir, tomar banho, jantar, dormir, tomar caf� no outro dia e volta para a rua, vai para o trabalho ou onde achar que deve. No entanto, as pessoas em situa��o de rua t�m dificuldade em aceitar uma oferta de acolhimento institucional e de obedecer regras”, disse Soraya.

O presidente da Amalou, Jeferson Rios, negou ontem que tenha orientado jogar �gua nos mendigos. “A gente usa a mangueira para lavar a sujeira que eles deixam, pede por favor para eles saiam dos bancos para a gente lavar. Eles deixam alimentos espalhados e n�o respeitam o meio ambiente”, disse Jeferson. Na ter�a-feira, entretanto, o dirigente afirmou ao EM que havia foram colocados esguichos na pra�a para que fossem ligados no in�cio e no fim do dia para que mendigos sa�ssem da pra�a,

Rios informou que a popula��o de rua aumentou na pra�a depois que uma liminar da Justi�a proibiu prefeitura e a pol�cia de recolher pertences deles. “Eles deixam cobertores e outros pertences na pra�a a gente recolher”, afirmou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)