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Estado de Minas

Ato de protesto alimenta a pol�mica sobre perman�ncia de moradores de rua no Lourdes

Piquenique em rep�dio a a��es adotadas por associa��o para evitar presen�a de moradores de rua convida sem-teto. L�der comunit�rio defende medidas que forcem a procura por abrigos


postado em 04/10/2013 06:00 / atualizado em 04/10/2013 06:44

Atitudes contra ocupação da Praça Marília de Dirceu dividem opiniões e motivam convocação por redes sociais(foto: Angelo Pettinati/Esp.EM/D.A Press)
Atitudes contra ocupa��o da Pra�a Mar�lia de Dirceu dividem opini�es e motivam convoca��o por redes sociais (foto: Angelo Pettinati/Esp.EM/D.A Press)


As medidas adotadas pela Associa��o dos Moradores do Bairro de Lourdes (Amalou), na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, para evitar a presen�a de moradores de rua na Pra�a Mar�lia de Dirceu podem provocar uma mobiliza��o com efeito contr�rio. Convocado por redes sociais, um piquenique em rep�dio �s iniciativas deve ocorrer no espa�o, tendo como principais convidados os pr�prios sem-teto. A orienta��o da Amalou para que moradores e comerciantes n�o deem agasalhos e alimentos aos mendigos e de ligar os esguichos na pra�a quando eles estiverem no local provocou rea��es em diversas entidades e tamb�m do poder p�blico.

O presidente da Amalou, o empres�rio Jeferson Rios, afirma que pretende comparecer ao evento e diz estar sendo mal interpretado. “Aumentamos os esguichos de dois para quatro devido ao per�odo de seca”, disse. Ele admite que considera os mendigos um problema para o bairro e diz que a popula��o de rua aumentou depois da liminar que proibiu a Prefeitura de Belo Horizonte e a PM de recolher pertences dos moradores de rua. “Eles v�o para a pra�a, levam seus colch�es, deitam na grama e fazem a maior sujeira. Quando o jardineiro chega, �s 7h da manh�, � rotina dele aguar o jardim. Nessa hora, o jardineiro pede licen�a aos mendigos e eles saem sem discuss�o e v�o dormir nos bancos”, disse Jeferson.

Por�m, em entrevista ao Estado de Minas na ter�a-feira o presidente da associa��o afirmou que haviam sido instalados esguichos na pra�a para que fossem ligados no in�cio e no fim do dia, com o objetivo de inibir a presen�a de mendigos.

Limpeza

Quando acaba de molhar as plantas, por volta das 8h30, segundo o presidente da Amalou, o jardineiro limpa a sujeira deixada pelos moradores de rua. “Eles fazem suas necessidades fisiol�gicas na pra�a e deixam seus pertences espalhados. O jardineiro precisa lavar a pra�a, inclusive os bancos, porque as crian�as, com bab�s e idosos, come�am a chegar nesse hor�rio”, argumentou ontem Jeferson, lembrando que o funcion�rio contratado pela Amalou recolhe os pertences dos mendigos e os deixa guardados num canto por at� dois dias. “Eles falam que n�o precisam mais dos cobertores, pois v�o ganhar outros novos”, disse.

Segundo o presidente da Amalou, a associa��o mant�m um trabalho social em uma creche do Bairro Santa Maria, na Regi�o Oeste de BH, para onde s�o levadas doa��es de moradores e comerciantes do Lourdes, semanalmente. “Depois que tomamos essa medida de pedir aos moradores e comerciantes que n�o doem agasalhos e alimentos aos moradores de rua, mas � creche, diminuiu a quantidade de mendigos na regi�o”, disse o empres�rio.

A medida, segundo ele, visa a for�ar a popula��o de rua a procurar os servi�os oferecidos pelo munic�pio, como albergues. “Eles n�o v�o para os abrigos, porque n�o gostam de cumprir regras, querem continuar tomando bebida alco�lica e n�o gostam de acordar cedo”, disse o presidente da Amalou. Segundo os organizadores do piquenique, o problema vai al�m. “O caso n�o se baseia somente na presen�a de moradores de rua em determinada regi�o, mas sim dos direitos que est�o sendo violados.”


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