(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Bairro de Lourdes tenta evitar presen�a de mendigos

Comerciantes e moradores decidiram firmar um pacto. A orienta��o � n�o dar dinheiro, agasalhos e alimentos aos mendigos


postado em 02/10/2013 06:00 / atualizado em 02/10/2013 07:30

Presença de moradores de rua na Praça Marília de Dirceu gera queixas(foto: ÂNGELO PETINATTI/ESP. EM/D.A PRESS)
Presen�a de moradores de rua na Pra�a Mar�lia de Dirceu gera queixas (foto: �NGELO PETINATTI/ESP. EM/D.A PRESS)


Comerciantes e moradores do Bairro de Lourdes, Centro-Sul de BH, decidiram firmar um pacto para evitar a presen�a de mendigos. A orienta��o � n�o dar dinheiro, agasalhos e alimentos, mesmo os que estiverem com prazo de validade quase vencido. Na Pra�a Mar�lia de Dirceu, foram instalados mais esguichos de �gua no jardim, e o jardineiro � orientado a lig�-los para espantar moradores de rua que se deitam nos bancos.

As medidas foram discutidas em maio, em reuni�es com a participa��o da Associa��o dos Moradores do Bairro de Lourdes (Amalou) e da Associa��o de Bares e Restaurantes de Minas (Abrasel-MG). “Muita gente me mandou e-mails e me telefonou, dizendo que a pra�a estava cheia de mendigos. Isso estava inibindo a presen�a de moradores do bairro, de crian�as. Estava causando mal estar”, alega o presidente da Amalou, Jeferson Rios. “Sempre houve moradores de rua no bairro, especialmente na pra�a (Mar�lia de Dirceu). Verificamos que a quantidade cresceu muito nos �ltimos tempos, quase dobrou”, diz.

A decis�o de recusar donativos, segundo Rios, pretende desestimular a presen�a de pedintes. “Alguns supermercados estavam dando alimentos prestes a vencer. Pedimos aos donos para deixarem de fazer isso”, informa. “Aconselhamos o pessoal a ajudar institui��es de caridade, em vez de dar comida e agasalhos a moradores de rua”, acrescenta.

Na tarde de ontem, o presidente da Amalou mostrou um homem deitado em um banco da pra�a, descal�o e com roupas sujas. “Conseguimos reduzir bastante, mas n�o resolvemos 100%. Voc� v� que ainda h� moradores de rua”, afirmou. “Botamos mais esguichos no jardim e pedi para que fossem ligados nos momentos cr�ticos, no in�cio da manh� e ao entardecer”, explicou. Jardineiro da pra�a h� 16 anos, Noel Cl�udio Alves confirma: “�s vezes, o pessoal fica deitado. Ligo o esguicho e eles v�o embora. Isso surtiu efeito, agora est� mais tranquilo”.

Outra estrat�gia adotada � quanto ao lixo deixado em frente �s casas, edif�cios, bares e restaurantes, para ser recolhido por caminh�es da prefeitura. “Pedimos para deixarem o lixo em hor�rio o mais pr�ximo poss�vel ao que passa o caminh�o, para evitar que os mendigos mexam”, explica Rios.

Leonardo Marques, diretor regional da Abrasel no Lourdes e dono de tr�s restaurantes, contratou uma empresa para recolher o lixo com hora marcada. “Minha despesa com lixo � de mais de R$ 10 mil por m�s. Antes, eu depositava os sacos na cal�ada e o pessoal revirava tudo”, conta. Ele cobra provid�ncias da prefeitura: “As nossas medidas amenizam, mas n�o resolvem. Bom mesmo seria uma pol�tica p�blica correta”.

AFRONTA
A coordenadora do Comit� de Acompanhamento e Monitoramento da Pol�tica Municipal para a Popula��o em Situa��o de Rua, Soraya Romina, critica a decis�o de ligar os esguichos para espantar moradores de rua. “Isso afronta o direito dessas pessoas de ir e vir e de estar na cidade. Tende a afast�-las temporariamente da regi�o, mas n�o resolve o problema”, analisa.

Romina ressalta que a prefeitura n�o pode remover moradores de rua. “�s vezes ligam para a prefeitura e dizem: ‘Tem uma pessoa deitada na cal�ada da minha casa. Voc�s podem recolher?’. A prefeitura n�o leva as pessoas de forma compuls�ria”, refor�a.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)