
Como se j� n�o bastasse conviver diariamente com os problemas causados pelo excesso de ve�culos em Belo Horizonte, como congestionamentos em hor�rio de pico, pelo menos cinco “solu��es” vi�rias para diversos pontos do tr�nsito acabaram virando arranjos, que desafiam motoristas e aumentam o risco de acidentes. Os transtornos est�o nas avenidas do Contorno, Ant�nio Carlos, Juscelino Kubitscheck e Nossa Senhora do Carmo, al�m da BR-356, vias onde a reportagem comprovou problemas.
A nova configura��o da al�a que sai da Raja Gabaglia para acessar a BR-356, no Bairro Belvedere, Centro-Sul, � um dos locais onde a circula��o de ve�culos gera conflitos e perigo. Enquanto a dona de casa Denise Pereira, de 49, parou o carro esperando a vez na rodovia federal, o publicit�rio Guilherme Abreu, de 28, acostumado com o tr�nsito livre no trecho, n�o conseguiu parar a tempo e bateu na traseira do ve�culo dela. “H� pouco tempo o fluxo por aqui era natural, mas agora ocorre reten��o”, contou ele. “Tive de esperar o caminh�o que vinha na rodovia. Isso aqui est� terr�vel, tinha que ser aberto para os carros que v�m pela al�a”, reclamou Denise.
Antes de o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) come�ar o recapeamento do asfalto na BR-356, as duas faixas de tr�nsito que serviam aos motoristas que chegavam em BH pela rodovia eram reduzidas para uma por meio de pintura no asfalto e objetos f�sicos, como delimitadores m�veis. Esse movimento permitia que a faixa ficasse livre para quem fazia o retorno ou seguia para a Savassi, pela al�a que sai da Raja Gabaglia. Depois do recapeamento, n�o h� mais faixa livre, pois a pintura no ch�o que delimitava o espa�o sumiu. Como muitos j� estavam acostumados com a circula��o antiga, buzinas s�o comuns no local durante o dia, cada vez que algu�m para e espera. Al�m disso, a reten��o causa fila que se estende pela Raja.
A dificuldade se repete na Ant�nio Carlos, onde o problema � o pouco espa�o entre a sa�da do Viaduto Leste (elevado que faz a liga��o com a Avenida do Contorno) e a entrada do Viaduto Senegal (importante rota de retorno ao Centro ou acesso � Pedro II), no Bairro Lagoinha, Noroeste. Quem chega � Ant�nio Carlos e precisa fazer esse trajeto tem que cortar quatro pistas de uma s� vez, pois n�o h� tempo h�bil para fazer a manobra gradativamente. Em um dos casos flagrados pela reportagem, um �nibus por pouco n�o causou um acidente.
Outra sa�da que causa tumulto � o cruzamento da Avenida do Contorno com a Rua Joaquim Murtinho, no Bairro Santo Ant�nio, Centro-Sul. Duas faixas da Contorno s�o destinadas � entrada na Joaquim Murtinho, mas quem n�o sabe � surpreendido. O jeito � mudar de faixa para voltar � Contorno no aperto, quase sempre ouvindo buzinas de quem conhece o trecho. O consultor Reuryson Fidelis, de 31, costuma passar pelo local e chama a aten��o para a falta de sinaliza��o expl�cita. “Faltam avisos bem antes, para que a pessoa possa mudar de faixa com seguran�a”, diz ele.