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Estado de Minas ENTRE O MEDO E A IMOBILIDADE

Inseguran�a preocupa usu�rios do f�rum da capital

Um dia ap�s morte de rapaz que havia acabado de depor no F�rum Lafayette, frequentadores se queixam de inseguran�a, mas pol�cia e dire��o da unidade dizem que vigil�ncia � eficaz


postado em 14/11/2013 06:00 / atualizado em 14/11/2013 06:43


 

A execu��o de um r�u na sa�da do F�rum Lafayette, no Barro Preto, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, exp�s vulnerabilidade na seguran�a do pr�dio e em seu entorno. A sensa��o de inseguran�a dos frequentadores � confirmada pela Ordem dos Advogados do Brasil se��o Minas Gerais (OAB-MG), que exige mais preocupa��o com o entorno da unidade, por onde circulam diariamente cerca de 10 mil pessoas. Ontem, um dia ap�s o assassinato na Avenida Augusto de Lima, o movimento nas tr�s portarias do pr�dio era grande e nem todas as pessoas que faziam soar algum dos 12 detectores de metal das entradas eram revistadas. Apesar da apreens�o provocada pelo crime entre muitos dos que passaram pelo local ontem, a dire��o do f�rum informou que nenhuma medida extra de seguran�a ser� adotada, pois considera o esquema atual suficiente. A Pol�cia Militar sustenta que os �ndices de criminalidade na regi�o s�o baixos, n�o havendo necessidade de refor�o no patrulhamento.

Apesar da tranquilidade dos respons�veis pela vigil�ncia no entorno do pr�dio, o presidente da Comiss�o de Seguran�a da OAB-MG, Sargento Rodrigues, diz que a prote��o dos f�runs � fr�gil, sendo necess�rio investimento em c�meras e detectores de metais. Diante da situa��o, um fundo para incrementar a seguran�a nessas unidades foi criado no estado, depois que audi�ncia p�blica discutiu na Assembleia Legislativa o problema, que envolve ju�zes, promotores, advogados, defensores p�blicos, servidores e cidad�os. “Revela uma fragilidade enorme a forma como as armas apreendidas e depositadas em f�runs s�o roubadas. Os im�veis est�o desprotegidos at� do ponto de vista de onde guardar esse material”, avalia o representante da OAB. Para ele, o homic�dio na porta do F�rum Lafayette � um sinal do sentimento de impunidade: “O assassino demonstrou claramente que, se o poder p�blico n�o pune, ele mata”.

A dire��o do f�rum se manifestou apenas por meio da assessoria de imprensa, que n�o divulgou o n�mero de vigilantes armados no pr�dio nem os outros dispositivos de seguran�a dispon�veis. A assessoria informou ainda que n�o h� como controlar o que ocorre fora das depend�ncias da unidade. Atualmente, os r�us presos s�o escoltados por policiais militares da companhia forense, que funciona no pr�dio. Os acusados entram por portarias diferentes e t�m a prote��o durante todo o trajeto. J� r�us soltos e advogados n�o passam por nenhum tipo de controle e t�m acesso pelas portarias principais.

‘QUEM EST� DE TERNO NUNCA � PARADO’

A Justi�a considera o aparato suficiente para a demanda di�ria, mas muitos dos que trabalham ou passam por l� frequentemente discordam. � o caso do estudante de direito Vitor Cardoso Dutra, que classifica a seguran�a do f�rum como “p�ssima”. Ele diz que o crit�rio para as revistas n�o � claro e reclama do pequeno efetivo de vigilantes. “Quem est� de terno nunca � parado. O detector apita e eu passo direto. � uma discuss�o antiga. � preciso aumentar a seguran�a dentro das varas. Imagine a gente, que trabalha aqui, ser acertado por uma bala perdida”, reclama.

Estagi�rio de um escrit�rio de advocacia, Bernardo Fernandes faz questionamento semelhante: “Ser� que o aparato � suficiente mesmo? S� tem seguran�a na entrada. Se algu�m passa, acabou, consegue ir aonde quer. Entra na sala de um juiz at�”. H� quem sinta falta tamb�m de um policiamento mais ostensivo no entorno do f�rum. “Muita gente quer fazer justi�a com as pr�prias m�os. Mas a pol�cia s� fecha a rua quando h� um julgamento importante. Em casos sem publicidade, n�o fazem nada”, conta a estudante de direito Caroline de Castro.

O comandante de setor da 5ª Companhia do 1º Batalh�o, tenente Glauco Vasconcelos, disse ontem que a morte do r�u Raphael Henrique Zerlotini Gomes, de 23 anos, diante do F�rum Lafayette, foi um caso “at�pico” e que n�o h� uma estrat�gia de patrulhamento especial na regi�o. “Nossa atua��o l� � a mesma que na companhia inteira, n�o h� especificidade. O homic�dio foi um fato isolado”, afirmou. Segundo ele, militares fazem ronda pelo Barro Preto 24 horas por dia, em viaturas, em motos e a p�, mas s� h� refor�o de policiamento no entorno do f�rum quando h� um julgamento de grande repercuss�o.


Videoconfer�ncia est� desativada

No Rio de Janeiro, um epis�dio relacionado � falta de seguran�a no entorno de unidades da Justi�a terminou com a morte de um menino de 8 anos e de um policial militar. Depois que bandidos tentaram invadir o F�rum de Bangu e iniciaram um tiroteio, em 31 de outubro, provocando as duas mortes, o �rg�o Especial do Tribunal de Justi�a do Rio decidiu restringir a presen�a de detentos nos tribunais, determinando que s� compare�am a audi�ncias. Em Minas, depoimentos de r�us por videoconfer�ncia foram adotados no F�rum Lafayette, o que poderia minimizar riscos de atentados. Mas o servi�o, uma parceria do TJ com a Secretaria de Estado de Defesa Social, est� parado h� dois anos, quando o equipamento estragou. As videoconfer�ncias devem ser retomadas, mas ainda n�o h� data definida. O dispositivo s� ser� usado em audi�ncias de justifica��o da vara de execu��o criminal, nas quais os r�us j� foram condenados.

Enquanto falta previs�o para qualquer medida que intensifique a prote��o a magistrados, promotores, advogados e cidad�os que frequentam o F�rum Lafayette ou suas proximidades, a Pol�cia Civil tem 10 dias para concluir o inqu�rito sobre o assassinato em frente � unidade. O assassino confesso, Diego Marques Moreira, o Noar, de 21 anos, foi ouvido pela delegada de plant�o do Departamento de Investiga��es, Ingrid Silva Miranda, e encaminhado para o Ceresp Gameleira.

Em depoimento, ele assumiu ter matado Raphael Henrique Zerlotini Gomes, o Laco, de 23, acusado de assassinar um primo do executor. Diego afirmou � delegada que Rapahel havia amea�ado sua m�e de morte e que, por isso, atirou pelo menos cinco vezes na v�tima, que ia embora em um t�xi. A pol�cia deve ouvir testemunhas do crime nas pr�ximas semanas.


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