
A combina��o de calor intenso, pancadas de chuva e o ac�mulo de lixo em diversos pontos poder� agravar a prolifera��o de focos do mosquito da dengue em Belo Horizonte. A capital enfrenta a pior epidemia da doen�a dos �ltimos cinco anos. Segundo dados divulgados ontem pela Secretaria Municipal de Sa�de (SMS), foram confirmados mais de 95 mil casos entre janeiro e outubro. � quase o dobro do total confirmado em 2010, que at� ent�o havia sido o recorde, com 52 mil doentes.
O progn�stico n�o � dos melhores, de acordo com a medi��o do Levantamento do �ndice R�pido do Aedes aegypti (LIRAa). Em rela��o a outubro do ano passado, ocorreu ligeira alta de 0,5% para 0,7% do �ndice das casas pesquisadas que contam com a presen�a do mosquito da dengue. O �ndice de 1% � considerado de baixo risco para ocorr�ncia de epidemia, segundo o Minist�rio da Sa�de. “Apesar da alta, conseguimos reduzir o �ndice em alguns locais, como no distrito sanit�rio Noroeste, que chegou a atingir 3,5% em 2010 e, este ano, n�o ultrapassou 2,5%”, comparou.
“Muita gente est� de olho para eliminar os criadouros do mosquito, mas de maneira geral ainda n�o caiu a ficha da popula��o”, alertou a m�dica Maria Tereza da Costa Oliveira, gerente de Vigil�ncia em Sa�de e Informa��o da Secretaria de Sa�de. Segundo ela, a principal raz�o para o aumento da contamina��o pela doen�a este ano foi a chegada do v�rus do tipo 4, respons�vel por dois ter�os dos casos registrados.
Como n�o existe vacina contra a doen�a, a �nica a��o efetiva � acabar com o lixo. Segundo a SMS, 90% dos focos foram identificados em casas. “S�o aqueles benditos pratinhos nos vasos de plantas, a �gua parada sobre a lona da piscina, o vaso sanit�rio dos banheiros sem uso. � preciso vestir a camisa contra a dengue”, completou.
