
Bicicletas el�tricas ficam de fora do sistema de aluguel de bikes em Belo Horizonte. Depois de revisar o edital, a BHTrans volta a abrir licita��o para implantar a rede de magrelas de uso compartilhado, sucesso ao redor do mundo. Entre as principais altera��es, est�o a retirada do modelo el�trico e as novas regras para eleger o vencedor. Ganha a empresa que oferecer o maior n�mero de esta��es e o menor pre�o pelo aluguel aos usu�rios. A previs�o � que em julho os moradores e visitantes de BH j� possam pedalar � vontade. Ser�o pelo menos 30 esta��es com 300 unidades dispon�veis ao valor m�ximo de R$ 3 a di�ria, R$ 9 a mensalidade e R$ 60 para usar o sistema por um ano.
O novo edital do sistema de uso de bicicletas compartilhadas foi publicado ontem no Di�rio Oficial do Munic�pio (DOM). O modelo, consolidado em cidades como Paris, Barcelona e Rio de Janeiro, consiste no empr�stimo de bikes para a popula��o. O ciclista retira a magrela em uma esta��o e a devolve em qualquer esta��o da rede, podendo usar o meio de transporte por at� 60 minutos. Nos fins de semana, o intervalo passa a ser de 90 minutos. Depois de 15 minutos, o ciclista pode usar a bicicleta novamente.
A localiza��o das esta��es ainda n�o est� definida, mas BHTrans j� mapeou 65 pontos, a maioria dentro dos limites da Avenida do Contorno. A prioridade, segundo a assessora da Diretoria de Transporte P�blico da BHTrans, Liliana Hermont, � dotar com esta��es a �rea central, Barreiro e a Pampulha. “As conex�es do Centro s�o prioridade e identificamos tamb�m demanda grande no Barreiro. Queremos priorizar a Pampulha, por causa da estrutura de ciclovias j� implantada e pela quest�o tur�stica”, afirma.
INTEGRA��O
Outra altera��o foi o hor�rio de funcionamento da rede, das 6h �s 23h. Antes, era at� �s 22h. A amplia��o foi feita para facilitar a integra��o com sistemas de �nibus e metr�. Um dos principais objetivos das bicicletas de uso compartilhado � fazer da magrela meio de transporte em trajetos curtos, complementando viagens feitos por �nibus ou metr�.
Mas, para que o projeto de fato emplaque, ciclistas ativistas alertam que n�o basta oferecer as bicicletas. “� preciso criar uma cultura e infraestrutura m�nimas. Isso passa por campanhas educativas, a interliga��o de ciclovias, a adapta��o de algumas vias para a bicicleta. Muita gente vai ter medo de enfrentar o fluxo de carros”, comenta o integrante da Associa��o dos Ciclistas Urbanos de Belo Horizonte (BH em Ciclo), Guilherme Tampieri. “O ciclista tem que ter a garantia de que vai pedalar e conseguir chegar � outra esta��o”, completa.
A BHTrans est� ciente do desafio. “As �reas entre as esta��es pressup�e de um cuidado e tratamento, com a sinaliza��o das rotas, a implanta��o de ciclofaixas e ciclovias. Tamb�m teremos que fazer campanhas educativas com os procedimentos de seguran�a. A BHTrans tem que dar conta da seguran�a, estamos ciente desse problema”, afirma Liliana. Atualmente, a capital conta com 50 quil�metros de ciclovias. At� 2020, a meta � alcan�ar 380 quil�metros de pistas exclusivas para as bicicletas.