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Estado de Minas

Carro pode ser pista para resolver mist�rio sobre crian�a desaparecida

Vizinha anota placa de Palio preto que passou boa parte da sexta-feira rondando a casa dos pais de Arthur Pietro


postado em 25/11/2013 06:00 / atualizado em 25/11/2013 07:00

Pedro Ferreira


Renata e Johney estão desesperados com o sequestro do filho e iniciaram campanha na internet, pedindo ajuda para localizar o menino(foto: (Edésio ferreira/em/d.a press))
Renata e Johney est�o desesperados com o sequestro do filho e iniciaram campanha na internet, pedindo ajuda para localizar o menino (foto: (Ed�sio ferreira/em/d.a press))
Um Palio preto que ficou rondando a casa dos pais do beb� raptado no Centro de Belo Horizonte pode ser a principal pista para a pol�cia solucionar o mist�rio que cerca o desaparecimento da crian�a. O menino Arthur Pietro, de dois meses, foi retirado dos bra�os da m�e por dois homens e uma mulher, por volta das 13h40 de s�bado, em frente ao n�mero 235 da Avenida Oiapoque. Ontem, uma vizinha da fam�lia de Arthur, que mora no Bairro Icaivera, em Contagem, na Regi�o Metropolitana, ficou sabendo do crime e contou que na sexta-feira um Palio com placa de Belo Horizonte ficou das 11h �s 16h30 dando voltas no quarteir�o e passando devagar em frente � casa das v�timas. O n�mero da placa foi anotado e ser� passado para a delegacia respons�vel pela investiga��o. O marido da testemunha � policial e j� verificou que n�o h� queixa de furto ou roubo do ve�culo.

A mulher, que pediu para n�o ser identificada, disse que o Palio tem os vidros escurecidos e que havia apenas um homem dentro. “O carro ficou dando voltas no quarteir�o”, disse a mulher, que ficou assustada e chamou tr�s vizinhos para mostrar o ve�culo. Quando decidiram chamar a pol�cia, o Palio n�o voltou mais. Segundo a mulher, o motorista do carro passava a cada 10 minutos e sempre diminu�a a velocidade em frente � casa do vigilante Johney Lima Santos Nulhia, de 24 anos, e da funcion�ria de uma rede de fast-food Renata Soares da Costa, de 19, pais da crian�a.

Renata e Johney foram interrogados at� as 2h30 de ontem por policiais da Divis�o Especializada de Opera��es Especiais (Deoesp). “Perguntaram v�rias vezes se a gente vendeu nosso filho. Disseram que a gente estava tranquilo demais e que eu deveria estar desesperada. N�o respeitaram a nossa dor. A gente n�o seria capaz de fazer uma loucura dessa”, disse a m�e, aos prantos. “Sou louca por aquele menino. Ele � a minha vida”, desabafou.

O vigilante disse que tamb�m foi pressionado. “Apreenderam meu celular para rastrear as liga��es. Ficavam me perguntando: ‘Tem alguma coisa escondida? Tem algo mais que voc�s queiram falar? � melhor voc� falar a verdade”, relatou Johney, que usou seu perfil numa rede social para reclamar da press�o dos policiais.

Sentindo muita falta do filho, Renata contou que ontem, �s 5h30, instintivamente, foi ao ber�o peg�-lo para amamentar, como sempre fez. “Eu esqueci o que tinha acontecido. O ber�o estava vazio e comecei a chorar. S� ficaram as roupinhas, os brinquedos e os produtos que eu usava para dar banho nele”, disse a m�e, chorando. “Ele sempre acordava sorrindo e n�o chorava. Ficava resmungando e eu o levava para a nossa cama”, contou. Ontem, a fam�lia come�ou uma campanha pela internet divulgando fotos da crian�a e telefones de contato para quem tiver informa��es. Cartazes estavam sendo confeccionados.

ARMA NAS COSTAS

Em seu depoimento � pol�cia, Renata informou que pegou um �nibus no seu bairro e foi comprar uma blusa de presente para uma cunhada no Centro de BH. Ela disse que desceu na Esta��o Eldorado e seguiu de metr�. Ao descer da passarela da Esta��o Lagoinha, foi abordada pelos ocupantes de um carro preto, um casal de orientais de olhos puxados, cabelos pretos e lisos e que falava uma l�ngua que ela n�o entendia. Segundo ela, o casal estava acompanhado de um homem que falava portugu�s e que a ameacou com uma arma encostada nas costas.

“Ele amea�ou atirar se eu olhasse para tr�s. A mulher puxou o beb� dos meus bra�os e o homem pegou a bolsa com as fraldas e o leite do meu filho”, disse a m�e. Em seguida, Renata comprou um cart�o telef�nico numa banca, telefonou para o marido e depois avisou a pol�cia. A c�mara de monitoramento do Olho Vivo que poderia ter flagrado a cena est� com defeito. A pol�cia tenta conseguir imagens com comerciantes da regi�o.

Na tarde de ontem, a Pol�cia Civil informou que equipes estavam investigando o caso e que ainda n�o tinha pistas sobre o que aconteceu. Se houver pedido de resgate, o caso ser� investigado pelo Deoesp. Caso contr�rio, a Delegacia Especializada em Pessoas Desaparecidas assumir� as investiga��es. Qualquer informa��o pode ser dada pelo Disque-Den�ncia, telefone 181, e a pessoa n�o precisa se identificar.


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