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Estado de Minas

Escuta da pol�cia pega suspeitos de fraude ridicularizando seguran�a do Enem

Acusados de montar esquema para fraudar Enem zombam da fiscaliza��o mobilizada para o exame nacional. Di�logos deixam claro que gabaritos era transmitidos durante os testes


postado em 20/12/2013 06:00 / atualizado em 20/12/2013 07:09

Provas, que segundo a Polícia Civil foram compradas por R$ 10 mil, teriam servido de base para o golpe(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Provas, que segundo a Pol�cia Civil foram compradas por R$ 10 mil, teriam servido de base para o golpe (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Conversas telef�nicas interceptadas pela Pol�cia Civil indicando que uma quadrilha burlou o Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem) fazem refer�ncia a falhas de seguran�a no teste. Em uma liga��o feita em 15 de outubro, um homem conversa com Jos� Cl�udio Oliveira, de 41 anos, apontado pela pol�cia como coordenador do esquema. Na ocasi�o, faltavam 11 dias para in�cio do Enem e o suspeito chega a ser ir�nico ao falar da seguran�a durante as provas do teste nacional.

Um homem pergunta: “O V�tor te passou o neg�cio?”. Cl�udio responde que sim e conta: “Eu falei para ele que vou ter o gabarito do Enem tamb�m”. “O Enem � mais f�cil?”, questiona o interlocutor. “� mais f�cil, ‘n�’? Bagun�ado, ‘n�’? � tudo escolinha p�blica que aplica”, comentou. “� esse povinho de col�gio que toma conta. N�o tem detector de metal, n�o tem nada no banheiro, � tudo uma zona”, completa.

Na mesma conversa, o valor do gabarito � discutido. As respostas do Enem s�o avaliadas em R$ 70 mil. “Voc� pode me passar R$ 70 mil e voc� pode cobrar a� R$ 100 mil”, diz o acusado. Para a pol�cia, esse � o indicativo de que Jos� Cl�udio conversava com outro corretor, que queria agenciar candidatos para ganhar dinheiro. Se o neg�cio fosse fechado e resultasse em aprova��o, o coordenador ficaria com os R$ 70 mil e o agenciador n�o identificado levaria R$ 30 mil “por fora”.

J� em 27 de outubro, �s 18h11, quando as provas ainda estavam ocorrendo, outro corretor liga para Jos� Cl�udio e pergunta se o cabe�a do esquema j� havia enviado o gabarito a uma candidata que estava fazendo a prova. “J� mandei. Tem meia hora. Ela j� saiu?”, quis saber o acusado, ouvindo resposta negativa.

No dia seguinte, a conversa grampeada flagrou o segundo homem apontado como participante do esquema do Enem. O funcion�rio p�blico aposentado Quintino Ribeiro Neto conversa com uma pessoa n�o identificada, comemorando o desempenho de uma das concorrentes. “Ela pegou o rosa, mas fez o gabarito no amarelo, tudo certinho”, avisa Quintino ao interlocutor. Ele tamb�m comenta que conferiu o gabarito e que o piloto acertou 75% da prova. Juntando com a reda��o, cujo tema foi Lei Seca, a candidata conseguiria ser aprovada. “Ela � muito criativa. Na hora l�, no primeiro dia, ela mandou uma mensagem perguntando ‘cad� a cor’?”, acrescentou. “Ela n�o tem medo do neg�cio”, completou Quintino.

A dupla tamb�m lamenta o resultado negativo de outra pessoa. “Teve um engano l� no computador e o n�mero dele ficou de fora”, disse Quintino. Por�m, ele sugere ajudar o rapaz e diz que vai lev�-lo para uma prova em Teres�polis, onde fica uma das faculdades particulares de medicina em que foi comprovado o golpe.

Segundo as investiga��es, a quadrilha que fraudou vestibulares de 11 faculdades em Minas e no Rio de Janeiro chegou a oferecer para candidatos servi�os em outras 16 institui��es, mas nelas n�o foi comprovado problema. Entre elas est�o unidades de refer�ncia, como a UnB, de Bras�lia, e a PUC de Campinas, al�m de universidades em Mato Grosso, Goi�s, S�o Paulo e outras em Minas, caso da Unipam, de Patos de Minas, e Atenas, de Paracatu.


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