Pol�cia Civil apura agress�o a tiros contra 35 fam�lias quilombolas em Verdel�ndia

As pol�cias Militar e Civil de Jana�ba (Norte de Minas) est�o empenhadas na tentativa de localizar e prender os integrantes de um grupo armado que, na tarde de domingo, invadiu a Fazenda Torto, no munic�pio de Verdel�ndia (na mesma regi�o), agrediu e expulsou integrantes de 35 fam�lias de trabalhadores sem-terra, integradas por quilombolas (remanescentes de escravos), que, na v�spera, tinham invadido a �rea. Duas pessoas foram feridas a tiros, sendo que uma delas est� internada em estado grave na Santa Casa de Montes Claros e outra continua internada no Hospital Regional de Jana�ba –sem correr risco.

Na noite dessa segunda-feira, a PM informou que recebeu informa��es de que um dos envolvidos no ataque e expuls�o dos sem-terra seria um homem conhecido por Jo�ozinho, filho do propriet�rio da fazenda, identificado como Jo�o Dias. Jo�ozinho continua foragido.

De acordo com informa��es da PM, as fam�lias tiveram que sair �s pressas depois que um grupo de cerca de 10 a 12 homens encapuzados chegou ao local e come�ou a atirar e agredir os ocupantes. A mesma fazenda j� tinha sido ocupada anteriormente pelos quilombolas, que, h� anos, trava luta contra fazendeiros da regi�o por causa da terras que alegam terem direito da ocupa��o. A �rea fica distante 10 quil�metros da sede urbana de Verdel�ndia – de 8,2 mil habitantes, a 560 quil�metros de Belo Horizonte.

Testemunhas disseram para � PM que os homens encapuzados chegaram na fazenda em dois ve�culos – uma caminhonete e um carro de passeio. Uma mulher que estava na �rea contou que os homens disseram que “eram da policia”. Segundo a PM, eles usavam carabinas, rev�lveres e pistolas. Assim que entraram na propriedade, come�aram a atirar e passaram a agredir os quilombolas, que, amedrontados, sa�ram correndo do local. Os sem-terra disseram que tiveram tamb�m dinheiro, celulares e outros pertences levados pelos homens armados. A PM informou ainda que, devido ao medo provocado pelo grupo armado, ontem, n�o havia mais ningu�m na fazenda invadida no fim de semana.