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Estado de Minas

Capivaras devem ser retiradas da orla da Lagoa da Pampulha ainda este m�s

Uma fazenda deve ser o destino das cerca de 250 animais que provocam desequil�brio ambiental


postado em 13/02/2014 06:00 / atualizado em 13/02/2014 07:43

Roedores capturados serão submetidos a exames e os saudáveis encaminhados para uma das três áreas em avaliação(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A.Press)
Roedores capturados ser�o submetidos a exames e os saud�veis encaminhados para uma das tr�s �reas em avalia��o (foto: ED�SIO FERREIRA/EM/D.A.Press)

A captura das capivaras que vivem na orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, pode come�ar ainda este m�s. O vice-prefeito e secret�rio municipal de Meio Ambiente, D�lio Malheiros, informou ontem que uma empresa est� sendo contratada em car�ter de urg�ncia, sem licita��o, para recolher os cerca de 250 animais. Todos ser�o submetidos a exames e, em mar�o, os saud�veis ser�o levados para uma �rea rural no interior de Minas. Nas pr�ximas semanas, a prefeitura definir� qual das tr�s fazendas de entidades p�blicas que se ofereceram para receber os roedores, � o espa�o mais adequado. A assinatura do conv�nio, em fase de elabora��o, ser� feita ainda este m�s, deve levar em conta a contrapartida exigida pelos representantes das propriedades, que solicitaram � administra��o municipal o custeio da alimenta��o e o cercamento das �reas com alambrado. No intervalo entre o resultado dos exames e a viagem at� a fazenda, os animais ficar�o em uma �rea cercada no Parque Ecol�gico da Pampulha.

“Recebemos tr�s propostas. At� a semana que vem teremos o local definitivo. Vamos analisar a idoneidade das propriedades e checar se est�o credenciadas no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis (Ibama). Devemos divulgar o lugar na pr�xima segunda-feira”, garante Malheiros.

O recolhimento das capivaras depende tamb�m da aprova��o do plano de manejo. O estudo que est� sendo desenvolvido pela prefeitura e determina diretrizes para o tratamento ser� encaminhado para an�lise ao Ibama nas pr�ximas semanas. “Somente depois de aprovado o plano � que os funcion�rios da empresa poder�o capturar as capivaras e submet�-las aos exames. Ser� feito o teste de carrapatos para detec��o de febre maculosa. Somente as capivaras que estiverem bem ser�o levadas”, explica o vice-prefeito, adiantando que a escolha do local ser� entre duas propriedades rurais da Regi�o Central e outra no Norte de Minas.

A op��o por fazer a contrata��o da empresa sem licita��o ocorreu devido � urg�ncia em retirar os animais da orla da lagoa. “Mesmo n�o sendo responsabilidade da prefeitura, a administra��o municipal assumiu essa retirada, j� que a perman�ncia dos animais est� afetando a seguran�a da popula��o”, disse o vice-prefeito.

Malheiros lembra epis�dios fundamentais para essa decis�o, como os acidentes com carros, motos e bicicletas registrados na orla por causa de choque com os bichos, al�m de tr�s pousos no aeroporto da Pampulha que foram abortados porque havia capivaras perto da pista.

A vida dos animais tamb�m foi colocada em risco nos �ltimos tempos. Em novembro, tr�s capivaras adultas foram encontradas mortas na orla. Moradores chamaram a prefeitura quando acharam os bichos ca�dos com os focinhos sujos de sangue, perto da Rua Bra�na, no bairro de mesmo nome. Elas foram recolhidas por bi�logos da Funda��o Zoobot�nica para aut�psia e apresentavam ferimentos pelo corpo.

JARDINS DE BURLE MARX

A necessidade de controle urgente das capivaras come�ou a ser discutida em julho do ano passado, quando reportagem do EM revelou como os animais estavam pisoteando e atacando os jardins rec�m-restaurados de Burle Marx (1909-1994). A recupera��o do tra�ado original dos jardins, como o paisagista havia projetado na d�cada de 1940, incluiu o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile, a Igreja S�o Francisco de Assis, al�m da Casa Kubitschek e da Pra�a Dalva Sim�o, num investimento de R$ 4 milh�es. Muitas plantas, como a mois�s-no-cesto, muito rara, foram destru�das. A iresine, planta nativa comum nos projetos de Burle Marx, � a mais visada pelos mam�feros.


SAIBA MAIS: maior roedor do planeta
Nativas das Am�ricas do Sul e Central, as capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) s�o os maiores roedores do planeta. Relatos dos primeiros exploradores indicam que os nativos dessas regi�es domesticavam os animais. Adaptadas ao ambiente aqu�tico, as capivaras usam as patas com membranas entre os dedos para nadar com mais velocidade, se reproduzem na �gua e at� dormem submersas, apenas com os focinhos para fora da linha d’�gua. Como outros roedores, o animal � muito adapt�vel e consegue sobreviver em ambientes degradados.


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