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Estado de Minas

Turismo aliado � gastronomia ajuda a promover cidades mineiras

Regi�es crescem com a valoriza��o de produtos locais e da caracteriza��o de bens imateriais


postado em 21/02/2014 06:00 / atualizado em 21/02/2014 06:41

Marina Gomes de Almeida se apaixonou pelos biscoitos depois de um curso de panificação. Bastou para ela fazer disso um negócio(foto: Beto Magalhães/EM/D.A PRESS )
Marina Gomes de Almeida se apaixonou pelos biscoitos depois de um curso de panifica��o. Bastou para ela fazer disso um neg�cio (foto: Beto Magalh�es/EM/D.A PRESS )
Valorizar o desenvolvimento local � um dos conceitos mais usados atualmente em muitos pa�ses que buscam o crescimento de determinada regi�o, aliando, principalmente, turismo e gastronomia. E aqui em Minas Gerais n�o � diferente. Um dos �rg�os que t�m se preocupado com o reconhecimento de produtos locais, de caracteriza��o de bens imateriais, de melhoria na produ��o � a Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural de Minas Gerais (Emater-MG). Um dos trabalhos feitos por sua equipe nesse sentido foi o de valorizar o queijo do Serro e agregar aos produtos selos de qualidade e de origem. E esse tipo de pol�tica pode ser adotada para diversas mercadorias Made in Minas, como os m�veis e o artesanato de Bichinho (perto de Tiradentes), os trabalhos em barro de Ara�ua�, malhas do Sul de Minas, quitandas variadas, os doces de Arax�, enfim, uma infinidade de comidas, receitas, objetos que levam a marca de artistas e cozinheiros daqui.

Segundo a cientista social �lida Abrantes, coordenadora Regional de Bem-Estar Social da Emater-MG em Te�filo Otoni, no Vale do Mucuri, essa � uma tend�ncia e Minas est� antenada para a quest�o. “Estamos trabalhando demais neste aspecto de agrega��o de valor e de boas pr�ticas de fabrica��o. Um fator que levou o agricultor a participar mais ativamente dessas propostas foi a divulga��o das pol�ticas p�blicas e os programas de inclus�o social. Quando ele come�aram a conhecer exemplos de sucesso, passaram a vislumbrar o mercado e a se capacitar. Hoje, temos in�meros casos de sucesso, como a Associa��o de Mulheres da Comunidade de Floresta, que ganhou um pr�mio em dinheiro, al�m de trof�u das m�os da presidente Dilma Rousseff”, conta.

A associa��o nasceu em 1999, quando, reunidas, mulheres da comunidade de Floresta, na zona rural de Malacacheta, decidiram colocar energia positiva em algo que j� faziam nas horas vagas e por lazer: quitandas e doces. Nilza Ferreira Couy e Almerinda Pereira Marques Quadros tomaram a frente do neg�cio, compraram m�quinas, reformaram um espa�o e come�aram a produzir saborosos biscoitos. Hoje, elas e outras seis mulheres comandam o fornecimento de sequilhos de polvilho e milho para o com�rcio e para as escolas da regi�o. Al�m da grande produ��o, Nilza e Almerinda ensinam o of�cio para as jovens da comunidade, por meio de aulas te�ricas e pr�ticas.

Fazer turismo e conhecer casos pitorescos como esses, aprender uma nova forma de usar a pimenta ou escaldar um biscoito de polvilho � de uma riqueza �mpar. “Existem projetos sustent�veis de cooperativas de muito sucesso. E precisamos de um estudo acad�mico mais aprofundado, al�m de vontade pol�tica, para fazermos essa identifica��o geogr�fica de produtos, assim como foi feito com a cacha�a de Salinas e o seu selo de identifica��o. Hoje ainda n�o conseguimos colocar em pr�tica esse desafio, mas fica minha sugest�o para que as universidades do Norte de Minas se engajem nessa proposta”, acrescenta �lida Abrantes.

BISCOITEIRA Em Pot�, um exemplo de gente que quer brilhar com sua pr�pria produ��o � Marina Gomes de Almeida. Conhecida como Marina Biscoiteira, ela n�o nega, em nada, o apelido. Depois de fazer um curso de panifica��o, se apaixonou pelo of�cio e dele nunca mais quis largar. Come�ou a fazer biscoitos para “treinar a m�o” e doava toda a produ��o para hospitais e creches. Com isso, ela foi ganhando clientela, que sempre a procurava, atr�s das guloseimas. Foi quando Marina pensou em transformar sua experi�ncia em neg�cio. Foi para o mercado de Pot� e levou alguns pacotes para comercializar, vendendo-os a R$ 0,50. Voltou na semana seguinte com mais produtos e vendeu tudo. A partir da�, n�o parou mais. Da carro�a que transportava os produtos at� o mercado, ela comprou uma bicicleta, passou para uma moto e, mais recentemente, uma caminhonete. “Emprego tr�s pessoas na minha cozinha e tenho marca pr�pria: Biscoitos da Marina. Fa�o tudo com amor e dedica��o”, conta.


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