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Estado de Minas

Pane no metr� faz BRT/Move ter prova de fogo no segundo dia �til de funcionamento

Milhares de passageiros correram para os �nibus do novo sistema, que n�o conseguiu absorver a grande demanda


postado em 12/03/2014 06:00 / atualizado em 12/03/2014 07:06

Veículo articulado deixou de embarcar muitos passageiros e houve empurra-empurra, por causa da superlotação na Estação São Gabriel no início da manhã de ontem(foto: FOTOS EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)
Ve�culo articulado deixou de embarcar muitos passageiros e houve empurra-empurra, por causa da superlota��o na Esta��o S�o Gabriel no in�cio da manh� de ontem (foto: FOTOS ED�SIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)

Uma pane no sistema de informa��es do metr� de Belo Horizonte acabou servindo como um teste de fogo para o BRT/Move no segundo dia �til de opera��o do novo sistema. Mais do que cruzamentos invadidos por ve�culos e pedestres ou confus�o por falta de sinaliza��o e orienta��o comuns no dia anterior, bastou a velocidade dos trens do metr� ser reduzida de 60km/h para 25km/h na Linha 1 (Vilarinho/Eldorado) para que milhares de passageiros migrassem pela passarela da esta��o de integra��o S�o Gabriel das plataformas do metr� para as de �nibus. O sistema ficou saturado, com empurra-empurra nos embarques e passageiros deixados para tr�s por falta de lugar nos coletivos. Nessa ter�a-feira, a reportagem do EM testou o desempenho de uma linha de bairro a bairro e de uma que leva at� o corredor exclusivo do Move e constatou que o percurso sem baldea��o � mais r�pido.

Por causa da pane no metr�, a BHTrans teve de disponibilizar mais cinco ve�culos articulados para que as linhas 82 (S�o Gabriel/Savassi) e 83 (S�o Gabriel/Centro), Paradora e Direta, n�o entrassem em colapso. Segundo um especialista consultado pelo EM, nem se o Move estivesse operando com as todas as linhas troncais previstas conseguiria absorver o n�mero de passageiros do metr�.

O defeito no sistema de sinaliza��o do metr� ocorreu em pleno hor�rio de pico, das 7h30 �s 9h15, no trecho entre as esta��es Waldomiro Lobo e S�o Gabriel, informou a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Por causa da dificuldade de orienta��o, os maquinistas tiveram de reduzir a velocidade das composi��es por seguran�a.

Irritados com os atrasos e incomodados pelo abafamento gerado pela redu��o do sistema de ventila��o, que funciona conforme a movimenta��o dos carros, os passageiros que chegaram � Esta��o S�o Gabriel viram no Move uma solu��o. Muitos encontraram a Esta��o Vilarinho com catracas fechadas por correntes, para que mais pessoas n�o entrassem nos trens, e tamb�m recorreram ao Move.

“Tenho de chegar � f�brica onde trabalho �s 8h, mas acho que n�o vou conseguir”, lamentou a oper�ria de confec��o Eliane Aparecida Milit�o, de 38 anos, que aguardava a vez de embarcar no Move. “Aqui est� t�o tumultuado como no metr�. � mais uma op��o, mas n�o est� atendendo”, constatou. Normalmente, ela usaria o metr� pela Esta��o S�o Gabriel para ir de sua casa, no Bairro Nazar�, para o local de trabalho, no Funcion�rios, Centro-Sul da capital.

Por volta das 7h30, a partida de um ve�culo da linha 83D chegou a ser atrasada em cerca de dois minutos porque o excesso de passageiros impedia o fechamento de uma das quatro portas. “Se n�o apertar direito, n�o sai”, avisou um funcion�rio da BHTrans. Coletivos das linhas 82 (Esta��o S�o Gabriel � Savassi, passando pela �rea hospitalar) e 83P (mesmo trajeto da 83D, s� que parando em oito esta��es na Avenida Cristiano Machado) tamb�m sa�am com pessoas at� encostadas nas portas. Filas extensas se formaram nas catracas.

Tumulto no Move foi provocado por falha no sistema de informação do metrô
Tumulto no Move foi provocado por falha no sistema de informa��o do metr�

RISCOS
  O n�mero de passageiros aglomerados nas plataformas foi muito superior ao registrado na segunda-feira e causou riscos, j� que a multid�o acabou se precipitando para a beirada da estrutura, muito perto de onde os �nibus articulados param. O problema � que n�o havia agentes de embarque ou avisos postados antes da linha amarela de seguran�a ao longo da plataforma, que foi ultrapassada como se n�o existisse.

Das janelas dos ve�culos passageiros reclamaram da superlota��o fazendo gestos com os dedos. A grande quantidade de usu�rios, acima do esperado para as tr�s linhas em opera��o, fez com que mais espa�os fossem ocupados nas instala��es ainda em obras, com movimenta��o de maquin�rio pesado, material de constru��o e oper�rios.

Para o especialista em transporte e tr�nsito e professor da Fumec M�rcio Aguiar, mesmo que o Move estivesse em pleno funcionamento, transportando as cerca de 700 mil pessoas por dia, n�o seria capaz de absorver a demanda do metr�. “O BRT � um sistema de m�dia capacidade, que transporta uma quantidade razo�vel de passageiros (cerca de 150), enquanto cada vag�o do metr� chega a transportar 250 pessoas, ou seja, at� 1 mil quando estiver cheio”, calcula.

Mas o teste n�o programado teria servido para conhecer as limita��es do sistema, avaliar a capacidade de resposta operacional e de introduzir mais �nibus em casos extremos. Os cinco carros adicionados pela BHTrans rodaram apenas durante o problema no metr�, segundo a empresa. Logo depois de a situa��o se contornada, a frota voltou a 18 coletivos.

Al�m dos passageiros que n�o haviam conseguido pegar o metr�, o BRT foi procurado por gente que queria ver se o sistema era boa alternativa aos �nibus BHBus.


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