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Estado de Minas

Montanhas de lixo revelam misto de m� educa��o e de falta de solu��es


postado em 27/03/2014 06:00 / atualizado em 27/03/2014 07:30

De sofá a restos de poda, rejeitos invadem a calçada e expulsam pedestres para a rua no Bairro São Paulo(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.a Press)
De sof� a restos de poda, rejeitos invadem a cal�ada e expulsam pedestres para a rua no Bairro S�o Paulo (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.a Press)

O aumento da produ��o de lixo em Belo Horizonte e a falta de solu��es para dar conta de tantos res�duos resultam em outro problema: a conviv�ncia com a sujeira. Pela cidade, montanhas de detritos ganham as esquinas de ruas e avenidas e, onde h� locais de entrega volunt�ria (LEVs), a quantidade de dejetos acumulada ao lado dos cont�iners escancaram a insufici�ncia da coleta seletiva. Transtornos que exp�em a falta de educa��o de parcela da popula��o e as falhas do poder p�blico.

Na esquina da Rua Wilson Modesto Ribeiro com a Rua Jacu�, no Bairro Ipiranga, na Regi�o Nordeste de Belo Horizonte, a apenas um quarteir�o da Avenida Cristiano Machado, lixo de todo tipo, inclusive org�nico, passa a semana inteira na cal�ada, embora as caixas coloridas apontem exatamente onde depositar cada tipo de material recicl�vel. A secret�ria L�cia Helena, de 35 anos, moradora de um pr�dio em frente, conta que a situa��o se agravou h� cerca de um ano. “Algo que era para ser bom se tornou dor de cabe�a. Tem muito catador que revira o lixo e deixa tudo espalhado no passeio e muita gente mal educada que joga o que n�o pode e onde n�o deve”, reclama. Cansados do problema, os moradores pediram a retirada do servi�o do local.

O chefe de cozinha Ronaldo Lessa, de 58, usa bengala e afirma que, muitas vezes, tem que passar pela rua, porque a cal�ada vive entupida de lixo. “� uma coleta seletiva que n�o deu certo”, diz. A vizinhan�a n�o entende os motivos de instala��o do LEV, uma vez que a regi�o conta com o servi�o de coleta seletiva porta a porta. “Por que n�o levar os cont�iners para outro bairro, onde n�o h� esse servi�o?”

Mau cheiro e sujeira tamb�m na esquina das avenidas 31 de Mar�o e Ita�, no Bairro Dom Cabral, na Regi�o Noroeste de BH. O caminh�o passa uma vez por semana para recolher os res�duos dos LEVs, frequ�ncia considerada insuficiente pelo aposentado L�cio Ot�vio Melo, de 61. No local, alimentos com validade vencida e at� restos de carne dividem espa�o com vidros, pap�is, metais e pl�sticos, deixando um cheiro insuport�vel.

A coleta seletiva est� h� anos estagnada na capital. Atualmente, o modelo porta a porta atende apenas 34 bairros – quatro deles incorporados no m�s passado. De acordo com a Superintend�ncia de Limpeza Urbana (SLU), a meta � atender 60 bairros nos pr�ximos dois anos. J� a coleta ponto a ponto � feita por meio de 90 LEVs instalados na capital.

No Bairro S�o Paulo, na Regi�o Nordeste, a conflu�ncia das esquinas das ruas Joaquim Gouveia, Aru� e Jacu� � um verdadeiro dep�sito a c�u aberto. No local, a placa especifica que ali � um “ponto limpo”, onde � proibido jogar entulho. Mas o que se v� vai de lixo org�nico a m�veis. O pedreiro Jorge Est�v�o, de 57, aproveitou para incrementar a sujeira e jogar fora isopores que protegiam a geladeira nova. Sem gra�a, n�o soube explicar por que os moradores usam o lugar como lixeira . O dono do bar da esquina reclama que os res�duos chegam at� o meio da rua, atrapalhando o com�rcio. “No quarteir�o de cima, a cal�ada est� sendo reformada, por isso est� limpa. Mas normalmente tamb�m acumula lixo at� chegar � rua. J� pensamos em p�r uma ca�amba, mas chegamos � conclus�o de que ser� pior”, diz Jorge.


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