O t�cnico Luiz Felipe Scolari mostrou ao mundo na quarta-feira quem s�o os 23 atletas que defender�o a Sele��o Brasileira na Copa do Mundo. Mas, faltando 30 dias para o in�cio da competi��o, que teve investimentos de R$ 2,5 bilh�es em Belo Horizonte, os jogadores n�o s�o os �nicos convocados. Outros profissionais respons�veis por viabilizar o evento esportivo tamb�m j� foram escalados para fun��es como seguran�a, transporte, fiscaliza��o, comunica��o e lazer. V�o atuar em �rg�os p�blicos, como BHTrans, Pol�cia Militar (PM) e Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), e tamb�m no setor privado, como funcion�rios da rede hoteleira e volunt�rios. A reportagem do Estado de Minas mostra quem s�o alguns respons�veis pela tomada de decis�es nessas �reas durante o evento que contar� com mais de 20 mil trabalhadores, sendo 11 mil seguran�as privados, 8 mil policiais, 1,5 mil volunt�rios e 100 fiscais nas Fanfests e no Mineir�o. Se os recursos humanos aparentam estar prontos, quest�es estruturais, como os atrativos tur�sticos, n�o receberam investimentos em informa��o, sinaliza��o e seguran�a.
Fontes tem a experi�ncia de ter acompanhado a evolu��o do tr�fego de BH desde a �poca da Metrobel, h� mais de 20 anos, e de ter atuado em situa��es limite, como o acidente com uma carreta de bobinas que desceu a Avenida Nossa Senhora do Carmo desgovernada, em junho de 2012, e que matou tr�s pessoas. “Em 30 minutos j� t�nhamos reboques e mais de 40 agentes controlando o tr�nsito na regi�o. Foi uma opera��o dura, porque era v�spera de feriado e muita gente queria viajar”, lembra.
Com a miss�o de proteger pessoas e o patrim�nio, principalmente durante manifesta��es que se tornam violentas, a Pol�cia Militar destacar� 8 mil homens especificamente para assuntos ligados � Copa do Mundo. O coronel Ant�nio de Carvalho � um dos encarregados de decidir em campo que locais o policiamento de choque vai refor�ar, quais protestos os helic�pteros acompanhar�o e que vias ser�o fechadas para evitar a entrada de ve�culos em zonas de conflito. No ano passado, sua atua��o foi marcada pela insistente negocia��o. “A multiplicidade de demandas, a cobran�a de transpar�ncia na pol�tica e a falta de uma lideran�a nos movimentos nos obrigaram a abrir muitas frentes de negocia��o para permitir que as manifesta��es ocorressem sem confrontos”, disse.
No meio dos protestos, Carvalho enfrentou situa��es cr�ticas. “Cheguei a ficar cercado por manifestantes agressivos. Tive de ser retirado algumas vezes dessa situa��o por cidad�os pac�ficos que viram que havia pessoas querendo nos agredir”, conta. O maior protesto reuniu 70 mil pessoas nas ruas. “Neste ano, as manifesta��es devem ser menores. As pessoas viram que a mudan�a do pa�s se dar� por outras formas de agir, como as elei��es”, considera.
CERCO AOS AMBULANTES � frente de 100 fiscais de posturas, a gerente de fiscaliza��o e licenciamento da Regional Pampulha, Raquel Guimar�es, vai coordenar os esfor�os para que ambulantes e camel�s n�o obstruam as vias mais importantes da capital. “O nosso trabalho � maior do que apenas as normas de postura. Se impedimos as atividades ilegais, colaboramos com o tr�nsito, com a limpeza urbana e com o conforto das pessoas que moram e circulam por uma regi�o”, conta.
A nutri��o e o paladar das delega��es que usarem os dois hot�is oficiais da Fifa em BH, o Ouro Minas e o Caesar Business, ficar�o a cargo dos chefs que j� est�o recebendo os card�pios preparados pelas sele��es. O chef de cozinha do Ouro Minas, H�lio Jos� dos Santos Filho, j� est� preparado. “Recebemos v�rias solicita��es diferentes. Quando participamos de festivais, por exemplo, com temas espec�ficos, fa�o adapta��es nos pratos. Se o tema � primavera, trabalho com t�cnicas para deixar os pratos mais coloridos, busco flores etc.”, afirma.
Ter morado em v�rios pa�ses e falar franc�s, espanhol, portugu�s, italiano e mandarim credenciariam a francesa C�cile Aillerie a trabalhar em qualquer grande evento mundial como a Copa do Mundo. Mas n�o foi o amor pelo futebol, e sim o fasc�nio pelo Brasil, que a fez vir � Am�rica do Sul para estudar. C�cile � uma das volunt�rias que vai trabalhar auxiliando jornalistas na Fanfest do Expominas. “Minha fun��o ser� ajudar que entendam como funcionam as coisas aqui, traduzir o que for preciso e auxiliar os estrangeiros a fazer bem seu trabalho aqui”, disse. Depois que se formar, ela pretende voltar e viver no Brasil. “Aqui tem mais oportunidades que na Fran�a”, disse.
Os outros convocados
Profissionais de �reas essenciais para o mundial de futebol j� foram escalados
Denise Fontes
50 anos
Supervisora da Central de Opera��es da BHTrans
Natural de Belo Horizonte
Trabalha na BHTrans h� 20 anos e integrou a extinta Metrobel
Vai monitorar e coordenar o tr�fego durante o Mundial, despachando unidades de interven��o no tr�nsito, alterando tempos de sem�foros e do transporte p�blico.
Coronel Ant�nio de Carvalho Pereira
52 anos
Comandante dos Batalh�es de Pol�cia Especializada
Natural de Belo Horizonte
� militar h� 29 anos e j� foi comandante da Pol�cia Rodovi�ria Estadual e do Batalh�o de Eventos
Comandar� nas ruas as unidades que v�o fazer a seguran�a do Mineir�o e das vias que levam at� o est�dio. Far� o monitoramento e a negocia��o com manifestantes.
Raquel Guimar�es
38 anos
Gerente de Fiscaliza��o e Licenciamento da Regional Pampulha
Natural de Belo Horizonte
� fiscal de posturas h� 20 anos na PBH
Ser� respons�vel por coordenar as equipes que v�o coibir camel�s, ambulantes ilegais e a ocupa��o irregular dos espa�os no Mineir�o e na Fanfest do Expominas
C�cile Aillerie
23 anos
Int�rprete em cinco l�nguas
Natural de Lille (Fran�a)
Faz mestrado na UFMG e j� morou na It�lia, Costa Rica e Taiwan
Ser� respons�vel por traduzir textos para a organiza��o da Copa do Mundo e vai auxiliar jornalistas estrangeiros na Fanfest do Expominas
H�lio Jos� dos Santos Filho
31 anos
Chef de cozinha do restaurante Quinto do Ouro (Hotel Ouro Minas)
Natural do Rio de Janeiro
Especialista em culin�ria francesa
Vai coordenar a prepara��o dos card�pios para delega��es de atletas e autoridades deste que � um dos hot�is oficiais da Fifa