
As paralisa��es dos servidores municipais de Belo Horizonte e de professores da rede estadual v�o continuar. Nesta quarta-feira, ambas as categorias realizaram assembleias, em locais distintos, e decidiram seguir em greve. Em seguida, sa�ram em passeata por ruas e avenidas de Belo Horizonte at� se encontrarem na Pra�a Sete. Os cruzamentos das avenidas Afonso Pena e Amazonas foram fechados pelos manifestantes, o que deixou o tr�nsito lento no Centro da capital mineira.
Os servidores municipais n�o acataram a nova proposta feita pela Prefeitura de Belo Horizonte. A categoria se reuniu na Pra�a da Esta��o e na Pra�a Afonso Arinos, e decidiu n�o acatar o reajuste proposto. No fim da reuni�o, o grupo tamb�m optiou por fazer uma passeata pelo Centro da cidade. A continuidade da greve, que come�ou no dia 6 de maio, ser� decidida em uma assembleia unificada marcada para esta quinta-feira.
O reajuste salarial proposto pela PBH passou de 6% para 7%, pago em duas parcelas - uma em julho e outra em novembro. O vale-alimenta��o passaria de R$ 17 para R$ 18. Al�m dos reajustes no sal�rio e no vale-refei��o/vale-alimenta��o, a Prefeitura ofereceu um abono aos servidores, em dezembro, em quatro faixas de acordo com a remunera��o, beneficiando os que ganham menos. Para os servidores que t�m remunera��o at� R$ 1,5 mil, o abono ser� de R$ 600. Para sal�rio de at� R$ 2,5 mil, o abono ser� de R$ 400. Para remunera��o at� R$ 3,5 mil, o abono ser� de R$ 300 e quem tem remunera��o de at� R$ 5,5 mil, o abono ser� de R$ 200. O pagamento desse abono representar� uma despesa ao munic�pio de R$ 20 milh�es.
Os servidores n�o aceitaram a proposta. Eles exigem 15% de reajuste salarial e aumento do vale-alimenta��o para R$ 28, al�m de reivindica��es espec�ficas de cada �rea.

Sa�de
Os servidores da sa�de v�o come�ar a cumprir a liminar do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) que determina pelo menos 70% dos trabalhadores nas unidades de sa�de de BH. De acordo com o Sindicato dos Servidores P�blicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), a prefeitura apresentou uma listagem dos servidores que est�o em licen�a, de f�rias ou afastados por qualquer motivo. A medida tinha sido solicitada pelo desembargador Edgard Penna Amorim e s� foi entregue nesta quarta-feira.
Professores Estaduais
Os professores da rede estadual de educa��o tamb�m decidiram continuar com a paralisa��o que j� dura sete dias. A categoria se reuniu na tarde desta quarta-feira, na Pra�a da Assembleia, e depois saiu em passeata pela cidade. Os educadores querem negociar com o governo a pauta de reivindica��es protocolada no dia 31 de janeiro deste ano. Entre os pedidos da categoria est�o o reajuste salarial, progress�o de carreira e a nomea��o de concursados para cargos vagos.
O Sindicato �nico dos Trabalhadores em Educa��o (SindUTE-MG) afirma que ainda n�o recebeu proposta do governo. A categoria voltar� a se reunir em assembleia no dia 4 de junho.
A Secretaria de Estado de Educa��o (SEE) informou, em nota, que a ades�o � paralisa��o tem sido pequena desde o in�cio do movimento. O percentual de professores que interromperam as atividades em nenhum momento chegou a 1%. A pasta reiterou, no documento, que as principais reivindica��es apresentadas pela entidade n�o est�o de acordo com a realidade da educa��o mineira.
Manifesta��o
Servidores municipais de Belo Horizonte e professores da rede estadual fizeram uma manifesta��o na tarde desta quarta-feira no Centro da cidade. Os grupos fizeram assembleias distintas em tr�s pontos da cidade: na Pra�a da Assembleia, Pra�a da Esta��o e na Pra�a Afonso Arinos. Depois do encontro, eles sa�ram em passeata em dire��o � Pra�a Sete.
Os professores da rede estadual sa�ram da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pela Rua Rodrigues Caldas e em seguida pegaram a Rua Oleg�rio Maciel, Rua Guajajaras, Rua Santa Catarina, Avenida Amazonas, at� chegar na Pra�a Sete. L�, eles se encontraram com os servidores municipais que estavam na Pra�a da Esta��o e na Pra�a Afonso Arinos.
Os cruzamentos das avenidas Afonso Pena e Amazonas chegaram a ser fechados por pouco tempo, por volta das 16h50, e rapidamente liberado. Mesmo assim, o tr�nsito ficou lento no entorno da Pra�a Sete. Por volta das 17h45, os professores da rede estadual e os servidores municipais voltaram a fechar os cruzamentos entre as avenidas Afonso Pena e Amazonas.
A manifesta��o complicou o tr�nsito em diversos pontos da cidade. Os trechos mais atingidos foram a avenida do Contorno pr�ximo ao viaduto Leste, os dois sentidos da Avenida Afonso Pena, na Avenida Bias Fortes com Avenida �lvares Cabral, e no entorno da Pra�a da Assembleia.
O grupo liberou a Avenida Afonso Pena, no sentido Bairro Mangabeiras/ Rodovi�ria, pouco depois das 18h. O outro lado permaneceu fechado at� �s 18h20.