
H� tamb�m grande preocupa��o com as cozinhas, �reas consideradas mais cr�ticas, segundo os bombeiros, tanto em hot�is quanto em restaurantes. O fogo que atingiu o Santaf� come�ou em uma fritadeira e as chamas produziram uma fuma�a que chegou aos dois primeiros andares do Hotel Champagnat. Por medida de seguran�a, todos os h�spedes foram encaminhados a outra unidade, assim como alguns moradores do apart hotel que funciona no mesmo endere�o. Falta o Auto de Vistoria tamb�m em tr�s locais que v�o receber alguns dos maiores craques do mundo: a Cidade do Galo, em Vespasiano, na Grande BH (Sele��o Argentina), a Toca da Raposa II, na Pampulha (Sele��o do Chile), e o Sesc Venda Nova j� foram multados pela falta do documento.
De acordo com a legisla��o estadual, o AVCB � a comprova��o de que a edifica��o vistoriada conta com projeto de preven��o contra inc�ndio e p�nico aprovado pelo Corpo de Bombeiros, que normalmente prev� extintores, ilumina��o e sa�das de emerg�ncia, detectores de fuma�a, hidrantes, brigadistas, alarmes contra fogo, entre outros aspectos. A aus�ncia do documento gera uma advert�ncia, com prazo de 60 dias para a solu��o dos problemas. Depois do prazo, que pode ser prorrogado se houver dificuldades t�cnicas, o estabelecimento � multado se as falhas persistirem. Antes de receber uma segunda multa, s�o dados mais 30 dias de prazo. Depois da segunda puni��o, ainda resta mais um m�s antes da abertura de um procedimento administrativo para interdi��o do local. Ap�s a primeira visita dos militares, o estabelecimento tem no m�nimo quatro meses para funcionar sem interdi��o, sem contar o tempo do processo administrativo. As multas variam conforme a �rea constru�da.
O tenente Norton Ornelas, que comanda a 5ª Companhia de Preven��o do 1º Batalh�o dos Bombeiros, afirma que no ano passado a corpora��o iniciou um trabalho para verificar a situa��o dos estabelecimentos que v�o receber turistas durante o Mundial, caso de hot�is e restaurantes. Dentro do programa foram vistoriados 35 hot�is, dos 59 indicados pela prefeitura a turistas, no site oficial. “A maioria desses estabelecimentos n�o tem AVCB. Aparentemente, h� seguran�a, mas ela � relativa, j� que a �nica forma de ter certeza � o documento. A �rea de cozinha � mais complicada, pois o ac�mulo de gordura e as altas temperaturas demandam aten��o especial”, afirma o tenente. Na �rea do 3º Batalh�o dos Bombeiros – unidade que atende as regi�es de Venda Nova e da Pampulha, na capital, e parte da por��o Norte da Grande BH –, s�o mais nove hot�is vistoriados, apenas dois com o AVCB.
A presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Hot�is de Minas Gerais (ABIH-MG), Patr�cia Coutinho, afirma desconhecer a falta do AVCB nos estabelecimentos indicados para receber turistas para a Copa do Mundo. Segundo ela, as exig�ncias do Corpo de Bombeiro para libera��o do funcionamento de hot�is s�o rigorosas e os empreendimentos n�o se furtam a atend�-las. “Desconhe�o quem n�o esteja atendendo a todas as especifica��es. � dif�cil estar com tudo em dia, mas mesmo assim os hot�is se esfor�am para isso”, disse. A Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG) tamb�m foi procurada pelo Estado de Minas, mas n�o indicou representante para se posicionar sobre o assunto.
O EM entrou em contato com o Hotel Champagnat, que informou, por meio do gerente, Paulo S�rgio, que a unidade tem 106 apartamentos, divididos entre hotel e apart hotel. “Todos os h�spedes do hotel foram transferidos para outra unidade do grupo, tamb�m na Savassi, por quest�es de seguran�a. Alguns moradores do apart que quiseram ficar permaneceram”, diz ele. Ningu�m do Restaurante Santaf� quis se manifestar sobre a reabertura do espa�o ou sobre a aus�ncia do AVCB.
BOM EXEMPLO Enquanto alguns estabelecimentos d�o sinais de problemas para cumprir a legisla��o que atesta a seguran�a de consumidores, um hotel integrante de uma rede norte-americana, localizado na Rua Professor Moraes, Bairro Funcion�rios, afirma ter sa�do na frente nesse quesito. De acordo com o gerente de Manuten��o e Seguran�a, Diego Rocha, o estabelecimento tem diversos sistemas de preven��o e combate a inc�ndios, inclusive na cozinha, um dos pontos considerados mais cr�ticos. Segundo ele, essa parte do hotel conta com equipamentos como o de detec��o de fuma�a e vazamento de g�s e sprinklers – dispositivos instalados no teto que liberam �gua em situa��o de fogo – al�m de inova��es como um sistema de dispers�o de l�quido diante de uma fonte de calor intensa em fornos e fog�es.