Sandra Kiefer

Na onda de medo que percorre os corredores de tr�fego que levam ao Mineir�o, lojas se protegem tamb�m em outras vias, apesar de ser na Ant�nio Carlos o local em que o temor do com�rcio est� concentrado, devido aos epis�dios da Copa das Confedera��es. Em uma das vias paralelas, a Avenida Professor Magalh�es Penido, a concession�ria da Toyota instalava, no �ltimo s�bado, grades de prote��o na cor branca. No mesmo trecho, a representa��o da Volkswagen promete ir al�m. Al�m de proteger a fachada envidra�ada com rolos de arame farpado, a loja vai usar sete c�es, al�m de contratar uma tropa de 66 seguran�as armados de cassetetes e de escudos, capazes de proteger contra pedradas.
“Est� vendo aqui as marcas de pedra na parede? Os manifestantes atiravam contra n�s aquelas pedras portuguesas, arrancadas da cal�ada. Foi um clima de guerra”, compara, assustado, o supervisor de vendas, Thiago Barbosa. Ele conta que, na Copa das Confedera��es, a loja sofreu duas tentativas de invas�o, sendo a primeira controlada pelos pr�prios funcion�rios, que conseguiram negociar com os manifestantes. Da segunda vez, por�m, o estabelecimento foi depredado. Apenas os gastos com a reposi��o dos vidros teriam somado perto de R$ 1 milh�o.
Na maior parte dos estabelecimentos, est� instalada uma esp�cie de tapume confeccionado com chapas de zinco, caso do posto de gasolina localizado em frente � concession�ria Kia. No fim de semana, as mesmas chapas eram instaladas por oper�rios em concession�rias Nissan, Peugeot e Citro�n, todas na Avenida Ant�nio Carlos. Provid�ncia semelhante estava sendo tomada ao longo das Avenidas Carlos Luz e Pedro II, tamb�m corredores de acesso ao Mineir�o, especialmente nas lojas de ve�culos, eleitas ano passado pelos manifestantes como alvo principal, por representarem “s�mbolos do imperialismo e do capitalismo”.