
Desde s�bado, quando o servi�o foi implantado, 293 pessoas compartilharam as bicicletas, n�mero considerado bom pela empresa Serttel/Samba Transportes, que administra o sistema, j� que apenas 40 est�o dispon�veis em quatro esta��es (Mercado Central e as pra�as da Esta��o, da Liberdade e Afonso Arinos).
Quem alugou bicicletas aprovou o novo programa de mobilidade urbana da prefeitura, mas aponta falhas que comprometem a seguran�a do ciclista e de pedestres. Reclama tamb�m da falta de ciclovias interligando as esta��es, de pedestres andando nos espa�os destinados �s bikes, da falta de respeito com os ciclistas no tr�nsito e de esta��es lotadas, sem espa�o para devolver a bicicleta.
Iago testou o servi�o domingo, quando o tr�nsito � tranquilo. Ontem, ele retornou para avaliar se era seguro pedalar durante a semana. “S�o poucas ciclovias e os motoristas n�o respeitam o ciclista”, disse o estudante, que teve outro problema. Ao devolver a bicicleta, ele conferiu no smartphone que n�o constava a devolu��o no aplicativo do servi�o. “Fiquei com medo de pagar multa. A minha sorte � que tinha um t�cnico por perto, e que me ajudou”, disse. Mesmo assim, ele aprovou o projeto, principalmente a facilidade do pagamento. “Baixei o aplicativo pelo meu smartphone, contratei o servi�o e a cobran�a ser� no meu cart�o de cr�dito.”
O estudante Pedro Aguiar, de 22, tamb�m gostou, mas reclamou da falta de seguran�a. Ele conta que foi devolver a bike na esta��o da Pra�a Afonso Arinos e n�o encontrou vagas. “Esperei 10 minutos. Como ningu�m apareceu para retirar bicicleta e liberar um espa�o, tive que subir a Avenida Jo�o Pinheiro para devolver na Pra�a da Liberdade”, disse Pedro, que contratou o servi�o por um m�s e vai pagar R$ 9.
J� a rela��es p�blicas D�bora Melo, de 25, come�ou ontem uma dieta e incluiu a bicicleta para tentar perder peso. Ela trabalha em um centro cultural da Pra�a da Liberdade e no hor�rio de almo�o troca de roupas para pedalar. “Eu n�o pedalava havia quatro anos e adorei. Moro no Bairro Santa M�nica e, quando houver esta��o do Bike BH na Pampulha, pretendo usar a bicicleta como meio de transporte. Uma pena que n�o pensaram em ciclovia quando duplicaram a Avenida Ant�nio Carlos. Vou ter que treinar muito para enfrentar o tr�nsito, pois � muito perigoso”, disse D�bora.
O estagi�rio Igor Santos, de 19, mora no Bairro Tupi, na Regi�o Norte, e vai de metr� at� a Pra�a da Esta��o, onde embarca em um �nibus at� a Pra�a da Liberdade para trabalhar. “Agora, vou trocar o �nibus pela bicicleta, economizar dinheiro, andar mais r�pido e ainda fazer exerc�cio f�sico”, disse.
A Serttel/Samba Transporte n�o considera vandalismo o furto de retrovisores. “Com o tempo, a popula��o acaba abra�ando o projeto e esse tipo de ocorr�ncia acaba n�o acontecendo mais”, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa.
MAIS BIKES
O projeto prev� 40 esta��es at� o fim do ano, das quais 34 no Centro e seis na Pampulha, com 400 bicicletas dispon�veis. Hoje, s�o apenas 60 quil�metros de ciclovias, mas a prefeitura pretende implantar mais 40 quil�metros at� dezembro.
“A cidade tem potencial para 350 quil�metros de ciclovia”, disse o prefeito Marcio Lacerda, que defende o uso da bicicleta como transporte de integra��o com o metr� e o BRT.
Para usar o servi�o, o usu�rio deve se cadastrar no site www.mobilicidade.com.br/bikebh, pegar a bicicleta em uma esta��o usando o aplicativo Bike BH para smartphones ou ligar para o n�mero 4003-9847 (custo de uma chamada local).