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Estado de Minas

Brasileiros, colombianos e chilenos d�o li��o de civilidade na vitoriosa estreia do Brasil


postado em 13/06/2014 07:11 / atualizado em 13/06/2014 07:41

Da desconfiança, enquanto durou o empate com a Croácia, à euforia que uniu 'irmãos' latino-americanos diante do telão (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press. )
Da desconfian�a, enquanto durou o empate com a Cro�cia, � euforia que uniu 'irm�os' latino-americanos diante do tel�o (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press. )

Portunhol alegre, mistura entre o portugu�s dos brasileiros e o espanhol de colombianos e chilenos, foi o idioma oficial da festa na Pra�a da Savassi e no entorno, antes, durante e ap�s a vit�ria do Brasil sobre a Cro�cia. Os gritos de Brasil e at� o Hino Nacional tiveram o refor�o do sotaque dos hermanos latino-americanos. A festa contou com dois palcos, tel�o e cerca de 10 mil pessoas.

Os colombianos eram maioria entre os estrangeiros. Nelson Barreira era um deles e estava na Savassi com um grupo de cinco amigos. Carregando uma bandeira do pa�s de Gabriel Garc�a M�rquez e com muito entusiasmo – ampliado por goles e goles de cerveja – Nelson n�o tem d�vida sobre o futuro de sua Sele��o na Copa: “Vamos passar da primeira fase”. Col�mbia e Gr�cia se enfrentam amanh�, no Mineir�o, na primeira rodada do Grupo C.

Antes de Brasil x Cro�cia, �s 16h30, enquanto a banda tocava o chorinho Brasileirinho, no palco, policiais do Batalh�o de Choque fechavam a Avenida Crist�v�o Colombo, temerosos de que os protestos na Pra�a da Liberdade descessem at� a Savassi e estragasse a festa latino-brasileira.

Mas quem estava na Savassi nem percebeu os momentos de tens�o. O chileno Igor SanMart�n estava preocupado apenas em festejar. Ele mora em Belo Horizonte h� cinco anos e trabalha como promotor de eventos. Para a Copa, recebeu um casal de amigos de Concepci�n, Carlos Cerro e Cone Serna. Vestidos com a camisa da Roja, como a Sele��o Chilena � conhecida, os amigos refor�aram a torcida brasileira. “O pessoal � muito simp�tico e estamos sendo muito bem tratados”, disse Carlos.

Mais de 3 mil chilenos s�o esperados em BH. A caravana partiu s�bado do Chile, chega quarta-feira em Cuiab� (MT), onde ir� acompanhar a estreia do time de Vald�via, Vidal e Vargas. Depois, segue para BH. Igor tem v�rios amigos entre os viajantes e muitos pretendem rodar mais de 10 mil quil�metros de motocicleta. O plano dos chilenos � apenas pernoitar em Minas, passando antes na Toca da Raposa, local de concentra��o da Roja para fazer um bandeira�o.

Al�m de colombianos e chilenos, havia outros sotaques na festa. “Vejo que o Brasil chega ao Mundial muito bem preparado, com um time entrosado e apoiado pelos torcedores. Mas as Copas sempre guardam surpresas e h� times que podem aprontar este ano”, diz Mark Karlsen, que veio da Hungria assistir ao torneiro, apesar de sua Sele��o n�o ter se classificado. Os h�ngaros t�m uma hist�ria bonita nas Copas. Em 1954, tiveram uma das melhores times, comandado por Puskas, mas que perdeu a final para Alemanha.

Entre cores e idiomas não havia diferenças: apenas o desejo de compartilhamento (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press. )
Entre cores e idiomas n�o havia diferen�as: apenas o desejo de compartilhamento (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press. )
J� o pa�s de Hinokuchi Yasumi, o Jap�o, nunca fez bonito e, por isso, ele aposta no Brasil como favorito, mas n�o deixar� de acompanhar seus conterr�neos. O engenheiro mora em Ipatinga h� dois anos e veio para a capital participar da festa de abertura com seis conterr�neos. “Vamos torcer tamb�m pelo Brasil. As pessoas est�o esperando muito deste time”, afirmou Yasumi.

O grupo de japoneses viaja hoje para Recife, onde o Jap�o enfrenta a Costa do Marfim, amanh�, na Arena Pernambuco. J� sobre as chances do Jap�o ele � reticente: “Estamos menos confiantes, mas temos bons jogadores e esperamos repetir as boas atua��es da Copa das Confedera��es”, aposta o japon�s.

A felicidade pela vit�ria da equipe de Felip�o contagiou at� mesmo os torcedores que n�o s�o apaixonados pelo futebol, como o belo-horizontino Breno Mendes, de 21. Entre os milhares que estiveram da Savassi para acompanhar a estreia do Brasil pelo tel�o, instalado entre a avenida Crist�v�o Colombo e Rua Pernambuco, o jovem levava no bra�o o escrito #vaitercopa. “Nem gosto tanto de futebol, mas a Copa � contagiante. Quando chega a hora as pessoas entram no clima”, diz Breno.

(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press. )
(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press. )
Com o in�cio da partida, o ambiente mudou e os torcedores passaram a demonstrar apreens�o com o jogo truncado. O gol da Cro�cia fez com que os torcedores passassem da euforia � desconfian�a. Mas o empate, com Neymar, devolveu a anima��o aos brasileiros.

No intervalo houve debates entre brasileiros e estrangeiros sobre o desempenho da Sele��o, com goza��es e pitacos de todos os lados. “Vejo que o Brasil come�ou muito assustado, intimidado pela press�o da estreia. Talvez tenha faltado um jogador mais experiente para acalmar os jovens”, avaliou o colombiano Julio Santiago, de 36. No fim, todos festejaram e nem a chuva esfriou o entusiasmo.


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