O consultor de seguros Rodrigo de Oliveira Campos, de 26 anos, que em abril de 2012 se envolveu em um acidente com duas mortes na Rua Jacu�, Bairro Ipiranga, Regi�o Nordeste de Belo Horizonte, vai a j�ri popular. Entre as v�timas estava um cadeirante que foi arremessado a uma dist�ncia de aproximadamente 30 metros com o impacto da batida. O homem foi pronunciado pela ju�z �malin Aziz Sant'ana, do 2º Tribunal do J�ri, que considerou que o r�u assumiu o risco de cometer os fatos. O advogado de Campos afirmou que vai recorrer da decis�o. (Veja o v�deo da trag�dia no fim da reportagem)
O acidente aconteceu no feriado de Sexta-feira a Paix�o e foi flagrado por c�meras de vigil�ncia de com�rcios da Rua Jacu�. Rodrigo Campos seguia no Vectra placa DAQ 2619, pela via, no sentido bairro/Centro, em velocidade acima do permitido. No cruzamento com a Rua Pio XI, onde h� uma placa de advert�ncia sobre a travessia de pedestres, ele n�o conseguiu parar e bateu com viol�ncia no Uno placa GZN 4409, dirigido pelo aposentado Alcindo Pereira Souza, de 62, que cruzava a via. Desgovernado, o Vectra atingiu ainda dois carros que estavam estacionados.
As imagens das c�meras mostram quando Alcindo Souza, que era cadeirante, foi arremessado de seu ve�culo a uma dist�ncia de 30 metros e teve morte instant�nea. A mulher dele, Maria do Carmo Gomes de Souza, de 52, e o filho do casal, Pedro Henrique Gomes de Souza, de 12, tamb�m foram jogados para fora do Uno e sofreram ferimentos graves. A mulher morreu quatro dias depois. O menino foi lan�ado contra um carro estacionado sobre a cal�ada, junto com uma cadeira de rodas. No Vectra, a publicit�ria Izabela Elza Rodrigues Borges, de 27, e o auxiliar de mec�nica Francisco Josu� de Souza e Silva, de 26, tamb�m se feriram.
Rodrigo ficou preso por 33 dias e foi solto ap�s pagar fian�a no valor de R$ 16,6 mil. Inicialmente a fian�a foi estipulada pela Justi�a em R$ 60 mil, mas a defesa do consultor recorreu e conseguiu diminuir o valor, que foi pago pelos familiares do jovem.
Na den�ncia entregue pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) � Justi�a, o promotor Francisco Santiago alegou que Rodrigo participou de um almo�o familiar onde ingeriu bebida alco�lica. Por causa disso, o �rg�o considerou que ele assumiu, por consequ�ncia, o risco de uma colis�o.
A ju�za �malin Aziz Sant'ana considerou que existe a possibilidade do acusado ter assumido o risco, “previs�vel e poss�vel” de provocar eventual acidente. A magistrada afirmou que havendo d�vidas quanto a determinados fatos e havendo ind�cios suficientes de autoria, dolo eventual ou a culpa consciente, o caso dever� ser analisado pelo j�ri popular.
A decis�o n�o agradou aos advogados do r�u. “A ju�za considerou que aquele acidente de tr�nsito se tratava de um dolo eventual, que o meu cliente assumiu o risco de cometer o resultado. Entendemos, com base no processo, que ele n�o teve a inten��o. O laudo feito no local confirma que ele n�o cometeu irregularidade e nem teve responsabilidade ao evento danoso. Al�m disso, se trata de crime de tr�nsito”, disse o defensor Avelino Rodrigues J�nior.
O advogado j� adiantou que vai recorrer da decis�o. “N�s impetramos com um embargo de declara��o, pois a magistrada n�o analisou corretamente o m�rito. Tamb�m vamos recorrer da decis�o no TJMG (Tribunal de Justi�a de Minas Gerais)”, afirmou.
Assista ao v�deo que mostra o momento do acidente
