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Estado de Minas

Belo-horizontinos abrem as portas de casa para hospedar turistas estrangeiros e faturar

Turistas comprovam que a hospitalidade mineira n�o � s� fama e aproveitam para pagar menos do que se ficassem hospedados em hot�is


postado em 19/06/2014 06:00 / atualizado em 19/06/2014 07:07

 A mineira Júlia Dias recebeu em sua casa, no Colégio Batista, os argentinos Camilo Bono, Emiliano Figge, Sebastián Bryndum e Paolo Ortiz(foto: Fotos: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
A mineira J�lia Dias recebeu em sua casa, no Col�gio Batista, os argentinos Camilo Bono, Emiliano Figge, Sebasti�n Bryndum e Paolo Ortiz (foto: Fotos: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Nesta Copa do Mundo, a casa da artista J�lia Dias, de 24 anos, virou um enclave da Argentina no Bairro Col�gio Batista, na Regi�o Leste de BH. O portugu�s deixou de ser o idioma predominante, substitu�do pelo castelhano dos quatro hermanos que a mo�a hospeda de gra�a at� o fim de semana. Dois em um quarto e os demais na sala de estar. Com bandeiras e gritos de guerra, o grupo veio � capital ver o jogo da sele��o de seu pa�s contra o time do Ir�, s�bado, no Mineir�o. “Eles s�o legais, organizados. Cozinham, limpam as coisas”, elogia a brasileira.

Muitos moradores de Belo Horizonte resolveram mudar a rotina e abriram as portas para os turistas durante a Copa. Alguns aproveitam para lucrar com o aluguel de um quarto. Outros nada cobram, como a cantora, atriz e percussionista J�lia. Os quatro argentinos que hospeda s�o amigos e compatriotas do marido, o m�sico Belis�rio Tonsich, de 34. Antes de chegar a BH na ter�a-feira, o grupo assistiu � partida entre Argentina e B�snia, no Rio de Janeiro. L�, os rapazes alugaram um apartamento, dividido com quatro desconhecidos: um chileno e tr�s argentinos. Eles desembarcaram no pa�s sem ingressos e evitam revelar como conseguiram entrar no Maracan�. Dizem apenas que cada um pagou US$ 1 mil.

“No Rio teve muita festa. Est�vamos precisando de uma estadia mais ‘fam�lia’. Ontem (ter�a) � noite, eles (J�lia e Belis�rio) at� cantaram para n�s. � o para�so, n�o podemos querer mais”, elogia o professor Sebasti�n Bryndum, de 36, conhecido como Seba. “Quando ficamos com moradores, aprendemos mais a cultura local”, diz o futebolista profissional Paolo Ortiz, de 30. O casal anfitri�o planeja passear com os h�spedes. Hoje, a ideia � ir � Pra�a do Papa e, talvez, � orla da Lagoa da Pampulha. “A rivalidade entre argentinos e brasileiros est� ultrapassada. Receb�-los � uma forma de mostrar que isso n�o deve existir”, diz J�lia.

Alguns estrangeiros conseguiram hospedagem gratuita no Brasil por meio do couchsurfing (“surfe de sof�”, em portugu�s). Oferecido pela internet, o servi�o permite que pessoas sejam acolhidas de gra�a por desconhecidos. Os interessados em acolher visitantes ou serem recebidos devem se cadastrar no site Couchsurfing.org. Por meio dessa ferramenta, o analista de TI Paulo Lessa, de 41, hospeda turistas durante a Copa em seu apartamento no Bairro Sagrada Fam�lia, Regi�o Leste de BH.

Marino Azevedo Júnior e Delphine Scheerens em seu novo %u201Clar%u201D
Marino Azevedo J�nior e Delphine Scheerens em seu novo %u201Clar%u201D

Um dos tr�s quartos do apartamento est� ocupado pela belga Delphine Scheerens, de 26, formada em rela��es internacionais, e pelo marido potiguar Marino Azevedo Jr., de 26, advogado. Os dois moram em Bras�lia e chegaram a BH para ver o jogo entre B�lgica e Arg�lia. “J� recebi o Paulo em minha casa, e ele j� me hospedara antes. Eles nos deixam bem � vontade”, diz Marino. O anfitri�o os acompanhou em visitas ao Instituto Inhotim, em Brumadinho, e ao bo�mio Bairro Santa Tereza, na Regi�o Leste da capital. Hoje os tr�s planejam visitar o Parque das Mangabeiras.

A publicit�ria Poliana, de 37 anos, aluga quartos em seu apartamento no Bairro Santa Tereza. O de solteiro tem di�ria a R$ 55, e o de casal a R$ 65. Ela recebeu cinco h�spedes atra�dos pela Copa. Dois dos Estados Unidos e dois da Col�mbia j� se foram. Agora est� l� um norte-americano, que lhe ofereceu um ingresso para o jogo de s�bado no Mineir�o. “Achei um gesto muito legal. A pessoa que o acompanharia n�o poder� mais ir”, diz ela, que pediu para n�o ter o sobrenome divulgado. “Viro amiga de quase todos os h�spedes. A maioria me oferece estadia para quando for a seus pa�ses”.

Poliana diz que gostou de todos os h�spedes. “Dou muito apoio com informa��es, ajudo no que for necess�rio. Eles pedem indica��es de lugares para ver os jogos e para sair � noite. Querem lugares mais representativos da vida local, n�o muito tur�sticos”, diz. Ela muda um pouco da rotina para receber os visitantes. “Tenho que manter tudo mais organizado do que o normal, mas curto muito. Agora na Copa, eles mostram muita alegria em estar aqui. Chegam com uma energia contagiante”, conclui.


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