Transporte de BH e estrutura montada na Savassi t�m dia decisivo com jogo da Sele��o

Assim como a Sele��o Brasileira, Belo Horizonte ter� um dia decisivo. A partida entre Brasil e Chile no Mineir�o, pelas oitavas de final da Copa, ser� teste de fogo para o sistema de transporte montado na cidade – com a previs�o de ampla maioria brasileira no est�dio – e para a estrutura refor�ada na Savassi em caso de comemora��o de uma vit�ria brasileira. Al�m disso, o resultado do jogo ter� impacto sobre a sequ�ncia do evento na cidade: autoridades e comerciantes avaliam que uma vit�ria do Brasil manteria ou at� aumentaria a participa��o da popula��o em eventos relacionados � Copa, enquanto uma eventual desclassifica��o resultaria em ganhos menores do setor de servi�os, por exemplo, com o Mundial. J� o n�mero de estrangeiros que vir�o a Belo Horizonte n�o seria impactado por uma derrota brasileira, uma vez que o Mineir�o receber� uma das semifinais do torneio.

Hoje, a Pol�cia Militar espera p�blico superior a 25 mil pessoas na Pra�a Diogo de Vasconcelos (da Savassi) para acompanhar o jogo e, eventualmente, comemorar uma vit�ria brasileira. Ao todo, ser�o 272 banheiros qu�micos com capacidade de atender 27,2 mil pessoas, sendo 172 instalados pela Belotur nas ruas e 100 dentro do evento privado Savassi Cultural. A BHTrans tamb�m decidiu refor�ar os �nibus da opera��o especial do BRT/Move (linha troncal 50). Os ve�culos fazem o trajeto Centro-Pampulha.

Pela estimativa da seguran�a p�blica, caso o Brasil consiga avan�ar at� a semifinal, prevista para o dia 8 de julho, no Mineir�o, at� 27,5 mil pessoas poder�o se reunir para assistir aos jogos e comemorar na Savassi. Com isso, os 272 banheiros p�blicos na pra�a atingiriam o limite de utiliza��o, gerando filas e risco de repeti��o de cenas de uma multid�o urinando em portas de lojas. Com uma eventual desclassifica��o do Brasil, avaliam autoridades ouvidas pelo Estado de Minas, a estimativa de p�blico na Savassi em dias de maior movimento seria reduzida para 15 mil pessoas.

Outro setor que seria afetado diretamente com o aquecimento ou esfriamento da empolga��o dos torcedores � o de servi�os. De acordo com a Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a Copa do Mundo pode gerar um incremento estimado em R$ 70 milh�es para o setor. “Os jogos do Brasil s�o os que mais movimentam as pessoas, seguido pelos de outras sele��es no Mineir�o. Se a Copa do Mundo mantiver o ritmo da primeira fase poderemos fechar a competi��o com incremento de R$ 70 milh�es”, calcula o presidente da entidade, Fernando J�nior. Caso o Brasil seja eliminado, ele acredita que a previs�o ser� mudada. “Ser� um crescimento menor, encolhendo 20%”, avalia.

O secret�rio municipal extraordin�rio para a Copa do Mundo, Camillo Fraga Reis, afirma que, mesmo que o Brasil seja desclassificado, os banheiros qu�micos e toda a estrutura j� instalada ser�o mantidos. “O p�blico na Fan Fest, por exemplo, continuar� a ser grande, pois as pessoas s�o atra�das por jogos de grandes sele��es e bons shows gratuitos. No caso da semifinal, todos os ingressos j� foram vendidos, dos quais 60% para estrangeiros, sendo a maioria alem�es, com 9 mil entradas”, disse. Por isso o secret�rio n�o gostaria de fazer previs�es como as do planejamento da seguran�a p�blica. “H� fatores que v�o contribuir para que muita gente ainda assista � Copa, mesmo que, Deus me livre, o Brasil seja desclassificado. Principalmente porque estamos em �poca de f�rias e os eventos t�m atra�do as pessoas da cidade, j� que realmente o p�blico nacional � o mais intenso”, afirma.

Muitos estrangeiros A continuidade ou n�o da Sele��o Brasileira n�o impactaria na chegada de estrangeiros. S�o esperados de hoje at� a semifinal em BH cerca de 140 mil torcedores vindos de outros pa�ses. Na Fan Fest, na Gameleira, Regi�o Oeste de BH, por exemplo, a ocupa��o m�xima de 21 mil pessoas foi atingida nos tr�s jogos da Sele��o Brasileira, mas a m�dia de ocupa��o foi de 17.750 nos oito dias de eventos da 1ª fase da competi��o, quando o Brasil n�o jogou.

Mesmo que haja a desclassifica��o da Sele��o Brasileira, a seguran�a p�blica promete n�o desmobilizar o contingente que garante patrulhamento e acompanhamento de manifesta��es – um protesto est� marcado para hoje, �s 10h, na Pra�a Sete. Procurados, o porta-voz da Pol�cia Militar, tenente-coronel Alberto Luiz Alves, e o coordenador do N�cleo de Opera��es e Intelig�ncia da Secretaria Estadual de Turismo e Esportes, coronel Wilson Chagas Cardoso, n�o quiseram comentar sobre as estimativas de torcedores nas ruas de acordo com o desempenho da Sele��o Brasileira, mas afirmaram que o contingente de 13 mil militares ser� mantido. “Estaremos atentos para agir em qualquer situa��o”, disse o tenente-coronel Alberto Luiz. “O grande n�mero de turistas e de torcedores que co0mpraram suas entradas ainda precisar� de prote��o, independentemente do resultado do Brasil”, afirmou o coronel Cardoso.