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Estado de Minas

Taxistas vivem boas e m�s experi�ncias com estrangeiros em BH

H� quem fa�a selfies com passageiros e use tradutor online, mas alguns sofrem com turistas que n�o querem pagar


postado em 01/07/2014 06:00 / atualizado em 01/07/2014 09:08

O motorista Leonardo Coimbra fez fotos com vários estrangeiros que transportou durante a Copa em BH: ingleses, colombianos e argelinos(foto: Leonardo Coimbra/arquivo pessoal)
O motorista Leonardo Coimbra fez fotos com v�rios estrangeiros que transportou durante a Copa em BH: ingleses, colombianos e argelinos (foto: Leonardo Coimbra/arquivo pessoal)

Do banco de tr�s do t�xi Siena de Leonardo Coimbra, de 39 anos, ingleses conheceram os mais movimentados bares da Savassi, colombianos viram sua Sele��o vencer pela primeira vez no Mineir�o, iranianos experimentaram quitutes do Mercado Central e argentinos viram as obras de Oscar Niemeyer na Pampulha. Com 20 anos de pra�a, Leonardo nunca tinha levado tantos estrangeiros em seu t�xi. E essa intera��o foi t�o contagiante que ele fez quest�o de registrar pela lente da c�mera de seu telefone celular cada grupo de gringos que transportou. “Falei para eles (os estrangeiros) que ia fazer um �lbum e todos concordaram em posar para a foto. Tem sido muito divertido lev�-los onde precisam. A gente vai tentando se entender e tudo d� certo”, disse, mostrando as fotos em que aparece enrolado em bandeiras de outros pa�ses. Como Leonardo, os taxistas de Belo Horizonte viveram experi�ncias boas e ruins com a passagem de cerca de 300 mil estrangeiros na Copa do Mundo. E ainda receberam gordas gorjetas.


A comunica��o � a primeira barreira que os condutores enfrentam, mas nada que a tecnologia n�o possa ajudar. Tornou-se popular no ramo dos taxistas um aplicativo para smartphone que traduz o que se fala para ingl�s, espanhol, portugu�s e outras l�nguas. O problema � quando o passageiro � de algum pa�s diferente e n�o conhece as mais faladas l�nguas ocidentais. Foi o que ocorreu com Evaldo C�ndido de Faria, de 44, que embarcou um argelino com sintomas de embriaguez todo uniformizado e que s� sabia falar o pr�prio idioma (�rabe). “O passageiro entrou no carro todo de verde, com a cara pintada e falou uma por��o de coisas que n�o entendi. Tive paci�ncia e tentei resolver. A� ele me deu um papel escrito ‘Royal’. Perguntei se era o hotel e ele concordou. S� que existem cinco hot�is Royal em BH”, conta Evaldo.


O taxista ent�o levou o argelino a dois hot�is com o mesmo nome, mas n�o era nenhum deles. “Foi ent�o que pedi para o gerente deixar o argelino usar a internet Wi-Fi do hotel. Depois de mexer um pouco no telefone o argelino encontrou um amigo numa rede social e esse indicou que seu hotel ficava na Rua Rio Grande do Sul”, afirma. Evaldo achou que seus problemas acabariam quando deixasse o passageiro no hotel correto. S� que o estrangeiro decidiu que n�o iria pagar a corrida. “Demonstrou por gestos que eu tinha dado voltas com ele para fazer a corrida ficar mais cara. Fiquei muito indignado. Principalmente porque estava tentando ajudar. Mas, quando disse a palavra m�gica: ‘pol�cia’, ele tomou ju�zo e me pagou os R$ 35 que devia”, lembra o taxista.


(foto: Leonardo Coimbra/arquivo pessoal)
(foto: Leonardo Coimbra/arquivo pessoal)

Pegar o t�xi e n�o pagar n�o foi atitude isolada do argelino. No dia 25, dois ingleses, Charles Iainconyngsby Hillilg e William John Heard, de 19, foram presos quando pediram ao motorista troco para R$ 100, depois de uma corrida de R$ 16 at� o Centro. Quando o condutor separou o dinheiro a dupla tomou as c�dulas da sua m�o e saiu correndo. A pol�cia foi acionada e prendeu os dois. Dois dias, antes um turista ingl�s quebrou o para-brisa de um t�xi com um soco porque n�o conseguia compreender o condutor. A PM foi chamada e o caso terminou na delegacia.


EXTRA No quesito gorjetas, os taxistas que trabalham em pontos do Mercado Central, Terminal Aeroporto e Savassi, em frente ao Shopping 5ª Avenida, foram un�nimes em dizer que os mais bondosos s�o os ingleses e franceses, que chegam a deixar entre R$ 40 e R$ 50 de gratifica��o por corrida. “Os mais ‘m�os de vaca’ s�o os argentinos, que n�o deixaram nada com ningu�m que eu conhe�o”, conta o taxista Jos� Ferreira, de 53. Mas as somas maiores foram deixadas por iranianos, ingleses e chilenos a caminho do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, depois de suas sele��es terem sido eliminadas. “Quando o time n�o classifica, muitos estrangeiros pagam as corridas com o resto dos reais que t�m porque n�o querem levar para seu pa�s o nosso dinheiro nem perder tempo fazendo c�mbio. Se a corrida deu R$ 120 e ele tem R$ 200, deixam esse troco de gorjeta”, conta o taxista Denilson dos Santos Lima, de 44.


Por usar o aplicativo de tradu��o e ser sempre prestativo, o taxista Jonatan Pereira, de 20, ficou amigo de um grupo de colombianos logo que desembarcaram no Conex�o Aeroporto. “Pegaram meu telefone e sempre que queriam passear me ligavam. Levei-os � Pampulha, para o est�dio, para Ouro Preto. Deixei no aeroporto e no final, al�m das gorjetas, dei para eles uma camisa do Brasil e eles me deram uma da Col�mbia. Foi sensacional”, disse Jonantan.

Tecnologia resolve: Jonatan Pereira recorre ao tradutor do Google para entender o que os passageiros falam(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Tecnologia resolve: Jonatan Pereira recorre ao tradutor do Google para entender o que os passageiros falam (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
 


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