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Estado de Minas

Seis elevados do complexo da Avenida Pedro I passar�o por vistoria

A medida abrange o local onde desabamento causou a morte de duas pessoas. Secret�rio admite falha na fiscaliza��o


postado em 05/07/2014 00:12 / atualizado em 05/07/2014 07:50

Peritos trabalharam ontem na alça do Viaduto Batalha dos Guararapes que desabou na quinta-feira, ao lado da outra, que se manteve erguida e também está em obras (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Peritos trabalharam ontem na al�a do Viaduto Batalha dos Guararapes que desabou na quinta-feira, ao lado da outra, que se manteve erguida e tamb�m est� em obras (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Mesmo depois de liberados ao tr�nsito ou em fase final de obras, cinco viadutos constru�dos na Avenida Pedro I, que integram o plano de mobilidade para a Copa do
Mundo, passar�o por novas vistorias, informou ontem o secret�rio municipal de Obras e che fe da Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Jos� Lauro Nogueira Terror. A al�a Norte do Viaduto Batalha dos Guararapes tamb�m ser� periciada. Esse bra�o do elevado se manteve erguido ap�s a queda do outro lado da estrutura em formato de Y quinta-feira. Terror admitiu que ocorreu falha na fiscaliza��o da obra: “Entendemos que sim, houve um erro”. J�  o presidente do Instituto Brasileiro de Avalia��es e Per�cias de Engenharia de Minas Gerais (Ibape-MG), Frederico Lima, informou que um dos tr�s pilares de sustenta��o da al�a que desabou afundou seis metros. A estrutura caiu exatamente em cima desse pilar, que � sustentado por 10 estacas de concreto.


O desabamento aconteceu �s 15h05. Um micro-�nibus, um carro de passeio e dois caminh�es foram atingidos pelo viaduto. Duas pessoas morreram no local e 23 ficaram feridas. A Pol�cia Civil e o Minist�rio P�bico estadual investigam as causas da queda a partir do levantamento de dados periciais no local e de informa��es de v�timas e testemunhas.

As vistorias no complexo da Pedro I s�o uma resposta � popula��o, segundo o secret�rio: “A prefeitura, objetivamente, conduzir� exames adicionais, com base naqueles j� executados, procurando garantir que exista, para a opini�o p�blica, a satisfa��o merecida nessa quest�o”, afirmou.


Terror  disse que houve falha na fiscaliza��o e que a prefeitura compartilha a responsabilidade do acidente, sem adiantar poss�veis causas do desmoronamento. “� uma quest�o de responsabilidade solid�ria, tem o concurso da prefeitura e da Sudecap, especialmente nos servi�os de fiscaliza��o, que s�o complexos”, disse.

Embora admita erro na fiscaliza��o, o secret�rio disse que a prefeitura sempre manteve pessoal pr�prio ligado �s obras. Essa informa��o, segundo ele, pode ser observada nos di�rios de obra, que s�o registros formais de todos os eventos ligados � constru��o. E refor�ou que n�o faltaram funcion�rios “habilitados e competentes” para acompanhar o andamento. Mesmo assim, ele informou que ser� investigado em que circunst�ncia ocorreram falhas.

O secret�rio negou que as escoras do viaduto tenham sido retiradas antes do prazo necess�rio. Garantiu que a remo��o das estacas  obedeceu � matura��o do concreto e todos os quesitos de seguran�a, al�m de n�o poder ter sido feita � noite, com isolamento do tr�fego, e em um s� dia, por ser uma estrutura muito grande e que demanda semanas para ser retirada. “A prefeitura � obrigada a cumprir prazos de contratos de financiamento, com compromissos legais de uma licita��o p�blica. Por�m, em nenhum momento, nenhuma dessas quest�es se superp�s � seguran�a e aos bons princ�pios da engenharia”, disse.

PRESSA � ESCARTADA
Jos� Lauro Terror rebateu a avalia��o de especialistas que apontam falhas estruturais na constru��o do viaduto, como afundamento dos pilares de sustenta��o. Ele disse que n�o houve pressa para entregar a obra e que todo o cronograma de aprova��o do empreendimento, “principalmente considerando uma estrutura elevada e de grande peso, � muito detalhado”, referindo-se aos ensaios feitos desde as fases iniciais at� ao testes para libera��o do tr�fego. “Nenhum exame, teste, ensaio t�cnico, nenhuma medida preventiva, verifica��o de elementos t�cnicos, de c�lculo, de planilha, etc. deixou de ser feita em todas as obras”, garantiu.


A constru��o do viaduto que desabou n�o estava prevista para ser entregue antes da Copa e a inaugura��o estava marcada para agosto, segundo ele. O elevado, que intrega o sistema BRT/Move na Pedro I, deveria ter sido entregue em fevereiro de 2013, de acordo com a licita��o da obra. Mas esbarrou nas desapropria��es que precisariam ser feitas ao longo da via, algumas inclusive resolvidas por via judicial.  A obra chegou a ser questionada pelo Tribunal de Contas do Estado por suspeita de superfaturamento de R$ 6 milh�es. Mas, segundo Terror, as an�lises est�o em curso e o munic�pio tomar� todas as medidas de ordem t�cnica, procedimental e disciplinar para corre��o do que foi apontado.

Na Pedro I, o dia de ontem foi de an�lises e levantamento de informa��es que v�o subsidiar as per�cias t�cnicas sobre as causas do acidente. O local permanece interditado, � disposi��o da Defesa Civil Municipal e da Pol�cia Civil. Al�m destes �rg�os, especialistas contratados pela prefeitura e peritos de outras entidades trabalham na identifica��o das causas do problema. Assim que o local for liberado, ser� feita a demoli��o, que ser� mec�nica, com dura��o de 24 horas, e feita por m�quinas que j� est�o no local, segundo o secret�rio.

A dois dias do jogo da Sele��o Brasileira contra a Alemanha no Mineir�o, o secret�rio afirmou que turistas que vierem a Belo Horizonte n�o v�o encontrar problemas de seguran�a nem de tr�nsito, embora o tr�fego esteja sendo desviado na Pedro I, o principal acesso entre o Mineir�o e o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH.


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