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Estado de Minas

Pilar que sustentava viaduto da Pedro I afundou seis metros, afirma engenheiro

Peritos come�am a analisar solo no entorno da coluna que desceu para identificar o motivo. Especialista concluiu que escoras foram retiradas h� v�rios dias, mas prefeitura nega


postado em 05/07/2014 06:00 / atualizado em 05/07/2014 07:46

Ao afundar, estrutura caiu sobre pilar sustentado por estacas de concreto armado, segundo análise feita pelo Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia. Os outros dois pilares não ficaram abalados(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Ao afundar, estrutura caiu sobre pilar sustentado por estacas de concreto armado, segundo an�lise feita pelo Instituto Brasileiro de Avalia��es e Per�cias de Engenharia. Os outros dois pilares n�o ficaram abalados (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)


(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
(foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A PRESS)


Um dos tr�s pilares de sustenta��o da al�a que desabou do Viaduto Batalha dos Guararapes afundou seis metros, segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Avalia��es e Per�cias de Engenharia de Minas Gerais (Ibape-MG), Frederico Correia Lima. A estrutura caiu em cima desse pilar, que � sustentado por 10 estacas de concreto armado que est�o a uma profundidade que varia entre 22 e 24 metros e possuem 80 cent�metros de di�metro. Os outros dois pilares permaneceram sem altera��es. Hoje, deve come�ar o trabalho de an�lise do solo no entorno da coluna que desceu, com o objetivo de colher informa��es para serem confrontadas com o que est� anotado no projeto executivo da obra e buscar explica��es para o acidente. Ainda n�o h� previs�o para a libera��o do tr�nsito, mesmo �s v�speras do confronto entre Brasil e Alemanha, que ser� disputado no Mineir�o, na ter�a-feira.

A princ�pio, os peritos trabalhavam com a informa��o de que as escoras da al�a que desabou tivessem sido retiradas na manh� de quinta-feira, contribuindo diretamente para o acidente. O peso da edifica��o, ent�o, teria se concentrado sobre o pilar que afundou, que n�o teria suportado o sobrepeso. Na tarde de ontem, por�m, um engenheiro que vinha acompanhando as obras contou a participantes dos trabalhos de per�cia que as escoras haviam sido removidas h� mais tempo. “Provavelmente, h� mais de uma semana. Segundo ele, as escoras permaneceram no local, mas sem fun��o estrutural”, disse o presidente do Ibape/MG. Em entrevista coletiva na manh� de ontem, o secret�rio de Obras e Infraestrutura da capital, Jos� Lauro Nogueira Terror, negou qualquer retirada do escoramento antes da hora.

O momento em que as escoras foram removidas ser� verificado quando for examinado o di�rio de obra, segundo Frederico Lima. Na avalia��o do especialista, a causa do afundamento do pilar ainda � desconhecida. “Pode ser uma quest�o relacionada � funda��o, ao solo, ao material que foi utilizado. Por enquanto, n�o se pode descartar nenhuma hip�tese”, aponta.

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No in�cio da noite, quatro peritos da Pol�cia Civil, que coordena os trabalhos no local, deixaram o viaduto abarrotados de pap�is para serem analisados. S� ap�s o aval da equipe � que a empresa Cowan, respons�vel pela obra, pode iniciar o procedimento de remo��o do bloco de concreto que interdita completamente a Avenida Pedro I. “N�s pegamos os projetos agora (ontem). Vamos passar a madrugada fazendo uma an�lise pr�via e, a partir da�, mensurar qual vai ser a nossa estrat�gia de trabalho e quanto tempo isso vai levar”, diz o perito Marco Ant�nio Paiva. Hoje, eles devem se reunir novamente no local. Ele reconheceu a necessidade de libera��o do tr�nsito e disse tamb�m que, se for poss�vel, os trabalhos de remo��o dos escombros podem ser feitos em etapas, desde que n�o prejudique a per�cia, principal artif�cio para o andamento do inqu�rito policial que vai apurar as responsabilidades do fato.

A Pol�cia Civil informou, por meio de nota, que o inqu�rito policial aberto para a apurar as circunst�ncias do desabamento est� sob responsabilidade do delegado Hugo e Silva, titular da 3ª Delegacia Regional de Venda Nova. Ontem, ele esteve no local do acidente, mas n�o conversou com a imprensa. Ainda de acordo com a nota, a primeira provid�ncia foi acionar a per�cia e colher informa��es de testemunhas. A assessoria de imprensa da corpora��o informou que n�o h� previs�o para a conclus�o da an�lise dos peritos. Somente depois de verificar o lugar do acidente e do recolhimento de provas, a estrutura poder� ser demolida e o local liberado ao tr�fego.

Quem tamb�m esteve no local foi o promotor de Justi�a Marco Ant�nio Borges, do plant�o do Minist�rio P�blico. N�o houve a necessidade de nenhuma medida judicial de urg�ncia, mas o promotor garantiu que o MP vai atuar para punir os respons�veis pelo acidente. “O Minist�rio P�blico espera que seja promovida a Justi�a, responsabilizando seja quem for: pol�tico, engenheiro ou qualquer outro cidad�o”, diz o promotor. O MP nomeou os promotores Leonardo Barbabela, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justi�a de Defesa do Patrim�nio P�blico, e Marcelo Mattar, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justi�a Criminais e de Execu��o Penal, para atuar nas investiga��es. A Pol�cia Federal tamb�m enviou peritos � avenida e se pronunciou por meio de nota, alegando que a corpora��o n�o falar� sobre eventuais investiga��es em curso, por quest�es de seguran�a e sigilo.

Resposta


A Construtora Cowan foi procurada ontem, mas informou que vai se manifestar por meio de nota publicada no site da empresa. Segundo o texto, a construtora foi contratada para a execu��o da obra do viaduto, que vinha sendo realizada h� seis meses. Informou que contratou uma per�cia para avaliar as causas do acidente e os resultados devem sair em 30 dias. O viaduto ser� totalmente demolido para a libera��o das pistas. “A obra est� sendo constru�da pela empresa, sendo que todos os procedimentos e materiais utilizados passaram pelos testes obrigat�rios e atendendo as normas vigentes, sem apresentarem qualquer problema.” A Cowan informou que est� oferecendo total apoio aos feridos e familiares ap�s o acidente. (Com Junia Oliveira)


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