Valquiria Lopes e Luciane Evans

Entre uma cerveja e outra, muitos alem�es passaram a manh� no Mercado Central preparando-se para o jogo no Mineir�o. O pintor Thomas Rucckert, de 32, veio de Frankfurt. “Estou h� apenas um dia em Belo Horizonte, mas j� aproveitei para ir � Savassi e quis conhecer o mercado. Estou adorando as pessoas, que s�o gentis e am�veis. A comida � muito gostosa”, elogiou, enquanto se deliciava com uma por��o de fil� com mandioca frita e pimenta biquinho.
A comida tamb�m agradou ao gerente de vendas Michael Dinnar, de 39. “Provei um pouco de tudo. Ontem (segunda-feira), eu e meus amigos fomos a uma churrascaria. A picanha � muito boa”, contou ele, que visitava tamb�m o Mercado Central. A hospitalidade e o jeito acolhedor dos mineiros ganharam nota 10 de Michael. O alem�o e amigos vieram de carro do Rio de Janeiro para BH. “De avi�o, n�o � poss�vel conhecer os lugares, ver como o Brasil � realmente. Viemos parando, tirando fotos”, revelou.
Facebook O mineiro Anselmo Rosa, de 48, acompanhava o grupo. Amigo de Michael, o empres�rio mora em BH. “N�s nos conhecemos em Bogot� (Col�mbia) e trocamos mensagens constantemente pelo Facebook. Quando decidiu vir ao Brasil, ele me pediu para ajudar a reservar um hotel e eu os auxiliei”, disse.
Ao comparar as copas realizadas no Brasil e na Alemanha, torcedores alem�es reconheceram muitos pontos positivos deste mundial, mas consideraram a dist�ncia entre as cidades-sede o ponto negativo do evento brasileiro.
Klaus Dieter, de 49, elogiou o Brasil. “Em 2010, fui para a �frica do Sul. A festa brasileira est� bem melhor do que a de l�, h� mais estrutura aqui. No caso da Copa da Alemanha, pod�amos ir de carro �s cidades-sede, enquanto temos de nos deslocar de avi�o no Brasil, o que � um pouco cansativo e caro”, comparou.
Paul Wright, de 39, destacou outra diferen�a entre os campeonatos: “H� muitos estrangeiros vivendo na Alemanha, muitos aproveitaram os holofotes da Copa para exibir seus h�bitos e costumes. Aqui � o contr�rio: os brasileiros est�o mostrando a sua cultura para o mundo”. Wright ressaltou a autoestima que o evento trouxe para seu pa�s. “Os jogos fortaleceram o esp�rito de nacionalidade do nosso povo, o que foi muito bom”, concluiu.