Segunda etapa de demoli��o do viaduto deve ser feita sem destruir provas

Pedro Ferreira

Terminada a demoli��o de parte do Viaduto Batalha dos Guararapes que desabou h� uma semana na Avenida Pedro I, no Bairro S�o Jo�o Batista, Regi�o da Pampulha, come�a agora a prepara��o para a fase mais sens�vel do trabalho: destruir a parte preservada para a per�cia com prioridade m�xima na seguran�a dos funcion�rios da obra e vizinhos de pr�dios ao lado. Al�m disso, � preciso limpar a �rea para an�lises sem comprometer as provas que apontar�o a causa da trag�dia.

O estudo sobre como a parte preservada ser� demolida � coordenado pela Pol�cia Civil. Segundo a assessoria de imprensa do �rg�o, os trabalhos dever�o manter intacto o pilar que afundou. O coordenador da Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, disse que o modo como se destruir� a estrutura ser� definido �s 17h de hoje, em reuni�o que ter� participa��o da construtora Cowan, respons�vel pela obra, e de representantes dos moradores dos pr�dios vizinhos.

Ontem, o pavimento da avenida onde o viaduto caiu come�ou a passar por sondagem para saber se foi comprometido. Parte do piso em concreto precisou ser quebrado para retirada dos ve�culos esmagados pelo viaduto. “N�o basta apenas jogar concreto. A via tem que voltar �s condi��es anteriores. � preciso t�cnica de engenharia para calcular o peso que a via vai receber”, afirmou o coronel.

O asfalto da pista mista sentido Centro-bairro tamb�m ser� refeito. A cabeceira do viaduto, contr�ria � �rea preservada para per�cia, ser� derrubada. A previs�o � que a avenida seja liberada para o tr�nsito no s�bado de manh�, pois o concreto refeito precisa permanecer em repouso at� secar com seguran�a. Havendo condi��es, as pistas mistas laterais ser�o liberadas antes.

O viaduto tem duas al�as. A que ficou de p� � monitorada a cada meia hora por equipamentos permanentes de topografia. Os aparelhos s�o capazes de apontar at� mil�metros de deslocamento, mas, at� agora, segundo o coronel Lucas, os t�cnicos da Defesa Civil, do Instituto Brasileiro de Avalia��es e Per�cias de Engenharia de Minas Gerais (Ibape) e da empresa de demoli��o n�o encontraram nenhuma movimenta��o que implique no refor�o das t�cnicas de seguran�a. “Est� tudo sob controle. A popula��o e todos os trabalhadores da obra podem ficar tranquilos”, garantiu o coronel.

Todos os viadutos j� constru�dos na obra do BRT/Move da Pedro I passaram por uma vistoria visual depois da trag�dia e n�o h� nada que comprometa a seguran�a, segundo o coronel. Com a interdi��o da Pedro I, longos engarrafamentos se formam todas as manh�s e no in�cio da noite. A BHTrans informou que implantou desvios e que o volume de ve�culos na regi�o j� era grande antes mesmo da queda do viaduto. Segundo a assessoria de imprensa da Pol�cia Civil, o delegado respons�vel pelo inqu�rito policial, Hugo Silva, continua ouvindo testemunhas e a per�cia est� em andamento.

Atraso

O viaduto que desabou come�ou a ser constru�do h� um ano e estava previsto para ser entregue em mar�o, segundo a Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). Era a �ltima obra que faltava para completar a meta 2 do BRT/Move da Ant�nio Carlos/Pedro I. Segundo a Sudecap, houve atraso da obra e o prazo de entrega do viaduto foi estendido para o fim deste m�s, mas, com o desastre, n�o h� previs�o de quando uma nova travessia come�a a ser constru�da. A obra somente poder� ser refeita depois de conclu�dos todos os trabalhos de investiga��o. A meta 2 do BRT/Move Ant�nio Carlos/Pedro I inclui a duplica��o da Pedro I e a constru��o dos viadutos. Ela come�ou a ser executada em fevereiro de 2011, or�ada em R$ 460 milh�es.