
Apartamentos vizinhos ao Viaduto Batalha dos Guararapes, que desabou parcialmente no dia 3, na Avenida Pedro I, na Pampulha, ser�o vistoriados a partir de hoje por uma empresa contratada pela Cowan, respons�vel pelas obras do elevado. As inspe��es d�o prosseguimento aos trabalhos de demoli��o da al�a sul do viaduto, que desmoronou. De acordo com o engenheiro Eduardo Augusto Pedersoli, gerente t�cnico da Defesa Civil Municipal, amanh� uma empresa especializada em demoli��o, contratada pela Cowan, inicia teste com um equipamento que far� a retirada dos escombros sem causar grandes impactos aos moradores do residencial.
“Ser� usada uma m�quina de corte com fita diamantada. Com isso, o tabuleiro do viaduto ser� fatiado e os peda�os ser�o retirados com uso de guindastes. Dessa forma, n�o ter� poeira, trepida��o e o barulho ser� menor”, explicou Pedersoli. Segundo o gerente, as vistorias v�o apontar se h� necessidade de retirada dos moradores. Ele acrescentou que o terceito pilar da estrutura que afundou ser� mantido isolado para os trabalhos da per�cia. Os outros pilares n�o ser�o demolidos.
“O objetivo � avaliar poss�veis danos causados �s moradias pela queda da al�a sul do viaduto”, informou o gerente operacional da Defesa Civil, coronel Waldir Figueiredo. O �rg�o municipal ainda n�o sabe se a al�a norte, que continua de p�, sofreu deslocamento significativo, embora avalie que n�o apresenta ind�cio de estar comprometida.
As vistorias servir�o para que a Cowan compare a situa��o atual dos apartamentos com a encontrada em 2011, quando inspecionou as moradias antes do come�o da obra do viaduto, segundo Figueiredo. “Eles (Cowan) v�o fazer uma compara��o entre os resultados. A cautelar de 2011 era obrigat�ria. A nova foi solicitada por causa do acidente”, afirmou. Ele refor�ou que o �rg�o vistoriou o Edif�cio Antares e n�o constatou dano.
Movimenta��o
O monitoramento topogr�fico da al�a norte come�ou �s 20h30 do dia 3, cerca de cinco horas ap�s a al�a sul ruir. Nilson Luiz divulgou ontem uma planilha com os dados registrados por aparelhos . O documento mostra que n�o houve afundamento, mas aponta altera��es de mil�metros em sentido horizontal, que j� eram esperadas, segundo o engenheiro. “Existe uma varia��o m�dia de dois mil�metros, aceit�vel dentro das normas de seguran�a. A estrutura est� submetida � dilata��o e retra��o do concreto por causa da temperatura. Al�m disso, o viaduto est� apoiado em base m�vel.”
Nilson afirmou n�o haver “nenhum risco identificado” de queda da al�a norte, mas explicou que o escoramento est� sendo refor�ado at� que se tenha total seguran�a sobre a situa��o. “Fizemos um escoramento emergencial logo ap�s o acidente”, disse.
A demoli��o do trecho da al�a sul vizinho ao Antares ainda n�o tem data para come�ar, segundo a Defesa Civil. Em reuni�o na noite de anteontem, moradores dos condom�nios Antares e Savana, tamb�m pr�ximos ao viaduto, decidiram encaminhar ao �rg�o municipal um pedido para que os trabalhos sejam realizados no m�ximo por quatro horas di�rias, divididas em dois per�odos. “Poderia ser, por exemplo, entre as 9h e as 11h e das 14h �s 16h. Os moradores n�o merecem ficar expostos por muito tempo a um barulho t�o alto”, disse a advogada Ana Drummond, que representa os moradores dos Antares. A proposta do �rg�o � que as obras sejam feitas das 8h �s 17h. Na noite de ontem, eles fizeram um culto com m�sica e bal�es brancos bem perto do viaduto.
Eduardo Pedersoli disse tamb�m que amanh� a pista mista da Avenida Pedro I, sentido Centro/bairro, e a busway devem sejam liberadas para o tr�nsito normal. Ele disse que a Cowan realizou escoramento adicional na outra al�a e afirmou que n�o h� riscos de um novo desabamento.