Tapumes de prote��o contra vandalismo ser�o mantidos at� o fim do Mundial
Maioria das lojas, bancos e outros alvos de v�ndalos manter�o a prote��o, enquanto outros com�rcios come�am a retirar as barreiras
postado em 11/07/2014 06:00 / atualizado em 11/07/2014 07:11
Ag�ncia banc�ria na Avenida Get�lio Vargas ainda est� protegida, mesmo n�o sendo registrados protestos violentos durante as �ltimas semanas em BH (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
A maioria dos estabelecimentos comerciais que colocaram tapumes nas fachadas para se defender de vandalismo em BH pretende manter a prote��o at� domingo, �ltimo dia da Copa. Alguns optaram por j� retirar. Na Copa das Confedera��es do ano passado, 17 concession�rias foram atacadas somente na Avenida Ant�nio Carlos, na Pampulha, e o preju�zo chegou a R$ 16 milh�es. No m�s passado, no primeiro jogo da Copa do Mundo, alguns estabelecimentos comerciais e ag�ncias banc�rias do Centro tiveram a frente destru�da por v�ndalos.
A loja da Hyundai na esquina das avenidas Ant�nio Carlos e Abrah�o Caram foi reduzida a cinzas nas manifesta��es do ano passado. Para a Copa do Mundo, foram gastos R$ 40 mil na prote��o da fachada, sem contar a contrata��o de seguran�as. Por garantia, a estrutura de a�o ser� retirada somente segunda-feira. Ao lado, uma loja da Kia alugou 24 cont�ineres de a�o, cada um pesando 3,6 toneladas, para fazer uma muralha de prote��o. A barreira tamb�m n�o foi retirada.
A loja de decora��o e presentes La Ville, na Avenida Bias Fortes com Rua Gon�alves Dias, teve a sua vitrine quebrada no dia 12 de junho e continua com tapumes. A diferen�a, segundo a funcion�ria Tatiana Vieira, foi o alarme disparar na empresa de seguran�a contratada, que impediu um preju�zo maior. %u201CTivemos queda nas vendas. Os clientes olham os tapumes e v�o embora achando que a loja est� fechada%u201D, reclama. A La Ville acha mais seguro retirar a prote��o somente depois da Copa e at� o vidro quebrado ainda n�o foi substitu�do. Para garantir a seguran�a, vigias noturnos foram contratados.
Concession�ria na Avenida Raja Gabaglia tamb�m mant�m a prote��o contra a a��o de v�ndalos (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Segundo ela, as vendas ca�ram com as vitrines fechadas e a loja vai tentar recuperar o preju�zo com uma liquida��o em agosto. Uma preocupa��o � com a proximidade das elei��es em outubro e com a possibilidade de mais manifesta��es. V�rias ag�ncias banc�rias, uma universidade e uma escola de ingl�s da Rua da Bahia, no Centro, permanecem com tapumes at� o fim da copa. Nas avenidas Raja Gab�glia, Regi�o Oeste, e Cristiano Machado, na Nordeste, as concession�rias preferem manter a prote��o por enquanto.
Enquanto isso, outras empresas j� est�o retirando a prote��o. Gerente de carros usados de uma concession�ria da Citroen da Ant�nio Carlos, Menotti Gazzinelli conta que na segunda-feira mandou retirar andaimes e folhas de zinco. %u201CA atua��o da pol�cia este ano me deixou mais seguro. Eu via PMs do Batalh�o Copa parando as pessoas e revistando mochilas%u201D, disse.
Nessa quinta-feira, a loja da Nissan que fica ao lado, e que pertence ao mesmo dono da Citroen, tamb�m teve a prote��o de a�o retirada. O investimento foi R$ 40 mil, mas valeu a pena pela tranquilidade de preservar o patrim�nio e o emprego dos funcion�rios, segundo Menotti. %u201C� assustador milhares de pessoas diante da sua loja quebrando tudo e botando fogo%u201D, conta o gerente, lembrando o pesadelo do ano passado.
A loja Serenata da Get�lio Vargas, no Bairro Funcion�rios, tamb�m retirou os tapumes, depois de quase um m�s protegida. %u201CAs vendas ca�ram com as vitrines fechadas. A sensa��o de estar preso � muito ruim%u201D, comentou o gerente Lu�s Couto.