
Passado o per�odo da Copa do Mundo, praticamente todas as concession�rias de ve�culos da Avenida Ant�nio Carlos, na Pampulha, j� retiraram a blindagem das suas fachadas. Na Copa das Confedera��es do ano passado, 17 estabelecimentos foram atacados durante as manifesta��es, somando um preju�zo de R$ 18 milh�es. Este ano, os empres�rios investiram pesado na seguran�a e fecharam as vitrines com estruturas de a�o e ferro, tapumes e at� cont�ineres. Para muitos, o investimento na seguran�a valeu a pena pela tranquilidade, mesmo que nenhum ataque tenha sido registrado na regi�o durante os jogos do Mundial.
“O gasto com a seguran�a foi bem menor do que o preju�zo do ano passado, que foi de R$ 400 mil”, avaliou o diretor da Ford Forlan, Salvino Pires Sobrinho, que gastou R$ 60 mil com a seguran�a da fachada e contrata��o de vigias. Das 11 concession�rias que fecharam suas vitrines na Ant�nio Carlos, duas permanecem protegidas. A Concession�ria Forlan retirou a prote��o na segunda-feira. Segundo Salvino Pires, no ano passado, al�m de quebrar os vidros da fachada, os v�ndalos roubaram computadores, danificaram ve�culos e quebraram portas. “Tivemos que trocar todas as esquadrias da frente que ficaram empenadas de tanto levar pancadas”, recorda-se.
Mas o diretor reclamou que, apesar da seguran�a, as vendas despencaram durante a Copa do Mundo por causa da vitrine fechada. “Muita gente passava e nem entrava na loja. Contratamos grafiteiros para pintar desenhos de carros no tapume e atrair os clientes, mas n�o adiantou. Os carros est�o todos parados. As montadoras baixaram os pre�os, mas os estoques est�o altos”, disse Salvino.
A Concession�ria Honda Banzai investiu R$ 80 mil em prote��o para a Copa do Mundo e a estrutura met�lica foi retirada anteontem. “Tamb�m gastamos com seguran�as particulares e at� com c�es, al�m da seguran�a privada que j� temos”, disse o gerente comercial, Andr� Lisboa. A loja ainda cedeu parte da estrutura para a PM montar a sua base durante o Mundial.

No ano passado, a Banzai ainda n�o havia sido inaugurada e os vidros da frente foram quebrados. “Tivemos queda de 20% nas vendas na Copa. Al�m de n�o vender carros, ningu�m tinha coragem de deixar seus ve�culos na nossa oficina, com medo de depreda��o”, disse. Ontem, os funcion�rios comemoraram a abertura das vitrines. “A sensa��o era de aprisionamento. Parecia que a gente estava numa solit�ria, com tudo fechado em volta”, comentou o chefe da oficina, Dom�cio Biondine.
O principal alvo dos v�ndalos no ano passado foi a Hyundai, que fica na Ant�nio Carlos esquina com Avenida Ant�nio Abrah�o Caram. As laterais de vidro foram quebradas e os todos os m�veis queimados, restando apenas a estrutura de ferro sustentando o telhado. Com medo de novos ataques, o investimento na prote��o para a Copa do Mundo foi de R$ 40 mil e a estrutura em ferro e a�o deve ser retirada ainda nesta semana.
A Kia Motors tamb�m foi destru�da no ano passado. Para a Copa, o dono alugou 24 cont�ineres, cada um pesando 2,5 toneladas, e fez uma muralha de ferro de 72 metros por 6 metros de altura. A loja passa por reformas e o acesso � feito por um buraco na parede. A retirada s� ser� feita quando terminar.