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Estado de Minas

Volta �s aulas e interdi��o da Pedro I ser�o teste de paci�ncia para motoristas

Aumento da circula��o de ve�culos com o fim das f�rias estudantis e interdi��o da Pedro I, onde viaduto desabou, desafiam milhares de motoristas e passageiros a partir de hoje


postado em 14/07/2014 00:12 / atualizado em 14/07/2014 07:36

Junia Oliveira e Mateus Parreiras

 

Alça escorada do Viaduto Batalha dos Guararapes mantém a Avenida Pedro I fechada por tempo indeterminado e contribui para complicar o trânsito na retomada do ano letivo na capital (foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)
Al�a escorada do Viaduto Batalha dos Guararapes mant�m a Avenida Pedro I fechada por tempo indeterminado e contribui para complicar o tr�nsito na retomada do ano letivo na capital (foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)
A volta �s aulas hoje, depois das f�rias durante a Copa do Mundo, � um teste de fogo para o tr�nsito e de paci�ncia para a popula��o com o aumento de ve�culos em circula��o em Belo Horizonte. Um esquema especial vai controlar o tr�fego na porta de 40 escolas at� sexta-feira. Mas o maior desafio para motoristas e passageiros ser� no entorno da Avenida Pedro I, um dos principais acessos ao Vetor Norte, interditada desde o dia 3 por causa do desabamento do Viaduto Batalha dos Guararapes, que matou duas pessoas. A expectativa � de congestionamentos a partir de hoje para quem mora ou precisa passar pela regi�o, j� que a via est� fechada por tempo indeterminado. Somente na regi�o central da capital s�o 10% a mais de ve�culos em circula��o, num total de 500 mil diariamente. Para especialistas, os transtornos ser�o maiores ainda no in�cio de agosto, com a volta das universidades e de quem tirou f�rias neste m�s.


Os bloqueios da BHTrans v�o da altura da Avenida Desembargador Milton dos Reis, no Planalto, � Avenida Cristiano Machado, em Venda Nova, e t�m causado sobrecarga nas vias dos bairros que circundam a Pedro I. O mesmo ocorre na Cristiano Machado. A empresa de tr�nsito manteve os desvios para escoar o tr�fego da regi�o de Venda Nova, que est�o valendo desde o dia do desabamento.

Quem precisa passar na regi�o est� apreensivo. A ida ao trabalho ficou mais longa, por exemplo, para a motorista profissional Virg�nia Fl�via Lisboa Santiago, que mora no Bairro Itapo�, na Pampulha, e usava a Pedro I para chegar � Savassi. A solu��o que ela encontrou foram caminhos alternativos que a fazem chegar � congestionada Cristiano Machado. “O problema maior n�o � o trabalho, porque para isso posso acordar mais cedo, mas buscar minha filha na escola. Por causa desse caminho e do tr�nsito que est� muito carregado, vamos atrasar pelo menos meia hora todos os dias”, diz. Quem n�o gostou nada disso � a Maria Clara da Silva Lisboa Santiago, de 9: “Ir para a escola n�o tem problema porque ela fica ao lado de casa, mas me buscar vai demorar. J� estou me preparando. Muitos colegas devem ter o mesmo problema”.

A volta para casa, que sempre foi demorada, deve ser ainda mais complicada para o conferente Jos� Luiz de Assump��o J�nior, de 24, que trabalha na Pedro I e mora em Venda Nova. A piora ocorre porque a interdi��o da avenida sobrecarregou o tr�nsito no itiner�rio do �nibus que ele pega. “Uso sempre o Move e a travessia pelo viaduto (que cruza a Pedro I para Venda Nova) tem ficado carregada de carros. O sem�foro na parte baixa segura muito e por isso poucos ve�culos passam por vez. Ser�o dias de muita paci�ncia”, afirma.

Consultores de tr�nsito acreditam que o problema s� n�o ser� maior porque existe ainda um contingente consider�vel de estudantes de f�rias – universidades s� voltam m�s que vem – e de trabalhadores que aproveitaram para sair de folga nesta segunda quinzena. “At� o fim do m�s, n�o teremos o fluxo normal. Ent�o, aquele tr�fego que conhecemos vai demorar um pouco a se efetivar. E tudo vai depender, a partir de hoje, de como a BHTrans vai direcionar esses problemas”, avalia o mestre em transportes e consultor t�cnico da Locale TT, Paulo Monteiro.

O engenheiro e consultor de tr�nsito Silvestre Andrade tamb�m acredita que os transtornos aumentar�o no m�s que vem. “A perspectiva � de muito congestionamento na cidade e principalmente na regi�o da Pedro I a partir de hoje, mas n�o na mesma intensidade”. Segundo ele, quando houver condi��es de seguran�a, ser� importante liberar pelo menos a pista central da avenida, para que o Move volte a circular no corredor exclusivo e d� mais mobilidade � maioria da popula��o, que depende do transporte coletivo.”

'O problema maior é buscar minha filha na escola. Por causa do trânsito carregado, vamos atrasar pelo menos meia hora todos os dias', Virgínia Flávia Lisboa Santiago, motorista profissional
'O problema maior � buscar minha filha na escola. Por causa do tr�nsito carregado, vamos atrasar pelo menos meia hora todos os dias', Virg�nia Fl�via Lisboa Santiago, motorista profissional
Andrade orienta a motoristas que v�o percorrer dist�ncias pequenas a usar os desvios do entorno da Pedro I e quem precisa ir mais longe a passar pela Cristiano Machado para minimizar o transtorno. “N�o tem muita alternativa, pois essa � uma quest�o de seguran�a que est� em jogo. Devemos entender a situa��o como moment�nea. Se n�o foram tomadas cautelas ou se elas n�o foram suficientes (para o desabamento), que se evitem problemas piores. � um pre�o barato a pagar: trocar o congestionamento pela seguran�a.”

ESCOLAS Agentes da BHTrans, Pol�cia Militar e Guarda Municipal controlar�o o tr�nsito na porta de 40 escolas de v�rios bairros at� sexta-feira. A opera��o pretende conscientizar motoristas e pedestres sobre a import�ncia de adotarem atitudes seguras. S�o 469.255 estudantes das redes estadual, municipal e particular retornando �s escolas na capital. No estado, s�o mais de 2 milh�es de estudantes retornando �s 3.674 escolas estaduais. Pelo calend�rio escolar, as aulas v�o at� 19 de dezembro.

Nas tr�s redes de ensino, alunos est�o tendo aulas aos s�bados para cumprir a carga hor�ria obrigat�ria de 200 dias letivos e compensar os 15 dias a mais de f�rias no meio do ano. Tradicionalmente, as f�rias ocorrem na segunda quinzena de julho, mas foram alteradas por causa da Copa.

O presidente da Associa��o de Pais e Alunos de Minas Gerais, Nilo Furtado Teodoro, acredita que essa op��o foi prejudicial: “Em muitas escolas est� havendo apenas reposi��o das horas que seriam dadas, com atividades extracurriculares, n�o h� conte�do”. Segundo ele, os �nicos jogos que interessavam eram os do Brasil, n�o era necess�rio ter parado tudo. “Embora eu acredite que a motiva��o maior tenha sido o medo das manifesta��es, agora, alunos e pais continuar�o a fazer esse sacrif�cio.”

Para o presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), Emiro Barbini, a pausa foi a melhor solu��o: “Valeu a pena porque ter�amos aulas muito picadas e, pedagogicamente, seria ruim para os alunos. Agora, � retomar o ritmo de estudos e da vida normal”.

 

 


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