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Estado de Minas

Crescem casos de mulheres v�timas de estupro e golpes ao buscar relacionamento pela internet

Dados da Delegacia Especializada de Investiga��o de Crimes Cibern�ticos de Belo Horizonte mostram que os crimes praticados pela internet aumentaram 63,6% entre 2012 e o ano passado, passando de 762 para 1.247


03/08/2014 06:00 - atualizado 03/08/2014 07:03

Eles se apresentam como militares condecorados, advogados de prest�gio ou engenheiros bem-sucedidos e em viagem pelo exterior. Com boa ret�rica e palavras rom�nticas, geralmente s�o vi�vos ou divorciados, pais de belas crian�as, e encantam mulheres pela internet com a promessa de relacionamento s�rio e em busca de uma nova fam�lia. Alguns chegam a ficar noivos e at� mesmo se casam em cerim�nias virtuais. Contada dessa forma, � uma hist�ria sedutora. Os namoros virtuais se multiplicam na internet com a mesma velocidade das novas ferramentas, sites de relacionamento e aplicativos de smartphones. Mas cuidado! Muitos casos de paquera virtual terminam em ocorr�ncias policiais, como furto e extors�o. Em outras situa��es, mulheres que marcam encontros com estranhos nos “radares” de namoro ou por redes sociais se tornam v�timas de estupro ou crime contra a honra.

Apesar da falta de estat�sticas espec�ficas de ocorr�ncias que resultam dos encontros virtuais, a percep��o di�ria � de que elas aumentam paralelamente ao crescimento em geral dos delitos cometidos na rede. Dados da Delegacia Especializada de Investiga��o de Crimes Cibern�ticos de Belo Horizonte mostram que os crimes praticados pela internet aumentaram 63,6% entre 2012 e o ano passado, passando de 762 para 1.247.

Neste ano, at� o fim de julho, j� foram mais de 1 mil, ou seja, 80% de todo o ano passado. “Todos os crimes cibern�ticos t�m aumentado muito. Entre as den�ncias, tamb�m crescem as de car�ter amoroso”, explica a delegada titular da 1ª Delegacia de Crimes Cibern�ticos, Paloma Boson Kairala. Ela diz que, de modo geral, as v�timas t�m o mesmo perfil: mulheres maduras, separadas ou vi�vas, em busca de um novo amor para suprir a car�ncia afetiva.

Em outras situa��es, s�o as mais jovens que caem nas m�os de homens que as estupram depois de encontros marcados pela internet. A conversa nos aplicativos de namoro segue para troca de telefones e o bate-papo. Quem usa as redes sociais para fins afetivos afirma que a ferramenta � �til e divertida. Mas casos reais mostram que � preciso cautela antes de revelar telefone, endere�o e dados pessoais. “Mulheres que marcam encontros sem saber a proced�ncia do candidato t�m relatado casos de estupro ou exposi��o de intimidade na internet”, alerta a delegada-adjunta da Delegacia de Mulheres de Belo Horizonte, Cristiane Ferreira Lopes.

Festas marcadas pela internet que re�nem centenas de pessoas que n�o se conhecem tamb�m s�o terreno f�rtil para crimes. “As pessoas confirmam presen�a sem saber quem s�o os organizadores, ficam embriagadas, aceitam carona ou convite para dormir na casa de rapazes e acabam estupradas”, alerta a delegada. Segundo ela, s�o frequentes os casos em que jovens procuram a pol�cia relatando n�o se lembrar do que aconteceu, que acordam na casa de pessoas que nunca viram, nuas ou com s�men em suas partes �ntimas. Em um dos casos, uma garota nem sabia se havia sido estuprada, depois de participar de festa marcada pela internet. “Por isso, � muito importante preservar a prova t�cnica. A mulher n�o deve tomar banho e sim procurar a pol�cia imediatamente para prestar queixa e fazer exames”, orienta a delegada.


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