
O depoimento de Neguinho come�ou �s 16h20. O r�u confessou o crime, que aconteceu em 2012, no Bairro Minasl�ndia, em Venda Nova, depois que S�rgio assediou a mulher do acusado. Segundo Oliveira, o ato da v�tima motivou seu �dio. Ele disse que nem dormiu na noite anterior ao crime, dia em que ocorreu a investida.
Sobre a hip�tese levantada na �poca do crime de que a morte estaria relacionada ao julgamento dos acusados pelo desaparecimento e morte da ex-modelo Eliza Samudio, Neguinho tratou de descart�-la. Durante a oitiva, o r�u afirmou que n�o conhecia nenhum dos envolvidos do caso Bruno e que n�o foi queima de arquivo.
A possibilidade da morte de S�rgio ter sido encomendada por Luiz Henrique Rom�o, o Macarr�o, voltou � tona durante o julgamento. Dois familiares da v�tima, que prestaram depoimento, citaram a intriga existente entre Macarr�o e Sales. As duas testemunhas afirmaram que os dois tinham diferen�as por causa da amizade com o goleiro Bruno. A ex-namorada do primo do atleta disse que ainda acredita que o crime tem rela��o com o assassinato de Eliza Samudio.
De acordo com as investiga��es, Denilza afirmou que trabalha em um restaurante na Avenida Cristiano Machado. Para seguir at� o servi�o, ela passava pelo Bairro Minasl�ndia a p�. Em 21 de agosto, um dia antes do crime, a mulher afirma que caminhava pela rua onde S�rgio morava, quando foi assediada por ele. Segundo relatos de Ces�rio, o primo do goleiro Bruno a abordou, a chamou de gostosa, tentou toc�-la e mostrou as partes �ntimas para ela.
A companheira de Neguinho, Denilza Ces�rio Silva, foi condenada a 13 anos de pris�o em agosto do ano passado pelo crime contra S�rgio.
O crime
S�rgio foi assassinado em 22 de agosto de 2012. Denilza continuou o caminho e ouviu S�rgio dizer que, se ela passasse novamente no local, ele iria repetir os atos do dia anterior. A mulher chegou em casa, onde mora com o marido, e ligou para Alexandre, com quem tem um relacionamento extraconjugal. O homem, que j� foi preso e condenado por tr�fico de drogas, afirmou que no dia seguinte iria lev�-la ao trabalho.
Logo cedo, Alexandre foi at� a casa de Denilza em uma moto vermelha e cumpriu o combinado. Por�m, n�o fez o caminho completo at� o trabalho dela. A mulher foi deixada para seguir parte do caminho a p�, enquanto era monitorada por ele. Durante o percurso, S�rgio novamente foi ao encontro da garota e tentou agarr�-la.
Alexandre se aproximou do primo de Bruno e disse: “Ent�o � voc� o estuprador”. Logo em seguida, deu dois tiros em S�rgio, que saiu correndo. Enquanto ele fugia, o suspeito atirou quatro vezes, mas nenhum tiro acertou a v�tima.
S�rgio ainda conseguiu correr e se escondeu atr�s de uma �rvore, na casa de amigos. Alexandre se escondeu atr�s de um carro que estava estacionado no quintal da casa, recarregou a arma e voltou a atirar contra o jovem. Como o primo de Bruno n�o revidou os disparos, o homem desferiu cinco tiros � queima-roupa. O �ltimo deles atingiu a boca de Sales. O casal foi preso em 3 de setembro do ano passado em cumprimento a um mandado de pris�o.