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Estado de Minas

Empresa que projetou viaduto reafirma erro na execu��o da obra


postado em 03/09/2014 00:12 / atualizado em 03/09/2014 08:02

Erro na execu��o do projeto na parte superior da al�a sul do Viaduto Batalha dos Guararapes e falta de fiscaliza��o da obra. Essas s�o as explica��es que a dire��o da Consol Engenheiros Consultores, que projetou o elevado, apresentou ontem, a um dia do envio do laudo oficial do Instituto de Criminal�stica (IC) ao delegado que apura o caso. O engenheiro Maur�cio Lana, presidente da empresa, contesta at� mesmo a necessidade de demoli��o da al�a norte, que ficou de p�. “Desconhe�o qualquer documento t�cnico nesse sentido, mas apenas uma recomenda��o verbal. Se a superestrutura tivesse sido executada conforme o projeto, eu diria que conserte o bloco e mantenha a al�a de p�”.

Lana e sua equipe fizeram an�lises que contestam a vers�o da empresa executora da obra, a construtora Cowan, de 22 de julho, em que atribui a queda a erros do projeto. Segundo ele, s�o pelo menos cinco itens que divergem da proposta original na parte superior do viaduto. “A superestrutura (tabuleiro) n�o � o projeto da Consol. Projetamos duas aberturas na parte inferior para o acesso e n�o a quantidade que se percebe pelas imagens, que somente na al�a norte contamos 42 janelas”.

De acordo com o engenheiro, as aberturas indevidas, entre outras falhas, enfraqueceram a estrutura do tabuleiro, causou uma ruptura na se��o S16-A, entre os pilares 3 e 4, e o excesso de carga sobre a base de sustenta��o. J� o estudo da Cowan, sugere que o afundamento do pilar 3 ocorreu devido a erros no dimensionamento do bloco e � falta de a�o.

Sudecap e Cowan foram procuradas, mas informaram que s� se manifestam depois de conclu�das as apura��es oficiais.

Acertos para implos�o

Foi autorizada ontem pela Justi�a a implos�o da al�a norte do Viaduto Batalha dos Guararapes, no Planalto, na Regi�o Norte de BH e a libera��o da Avenida Pedro I. Ela est� marcada para o dia 14 e at� o di 21 a via ser� reaberta ao tr�fego. Os trabalhos de prepara��o come�am hoje, exatamente dois meses depois da queda de parte do elevado. Na audi�ncia de concilia��o entre a Prefeitura de BH, o Minist�rio P�blico e os moradores, o juiz Renato Lu�s Dresch determinou uma s�rie de condi��es a serem cumpridas pela administra��o municipal, sob pena de suspender a demoli��o.

A implos�o ser� �s 9h, sendo que todos os im�veis num raio de 200 metros dever�o ser desocupados uma hora antes. Levantamento preliminar feito pela Defesa Civil aponta que pelo menos 379 im�veis ser�o afetados. Depois da implos�o (veja arte), que levar� alguns segundos, haver� in�cio da remo��o do entulho. O juiz determinou que sejam recolhidos tamb�m o resto da al�a sul, demolida quatro dias depois da trag�dia. Tudo deve ser conclu�do em uma semana.

Um dia antes de fazer vir abaixo o que sobrou do viaduto, moradores de pr�dios localizados num raio de 50 metros do elevado t�m a op��o de ir para hot�is indicados pela PBH e a Cowan. Eles poder�o ficar hospedados at� a remo��o do entulho. A Defesa Civil dever� manter no local engenheiro para vistorias, assistente social e psic�logo, viaturas e vans que funcionar�o como escrit�rio, bem como uma barraca de 36 metros quadrados para apoiar a popula��o do entorno e prestar esclarecimentos.

O magistrado exigiu ainda que, antes da derrubada da al�a, sejam feitas vistorias externas das estruturas de todos os im�veis situados no raio de risco. Antes de autorizar o retorno dos moradores, a Defesa Civil tamb�m dever� vistoriar as estruturas externas e comuns dos pr�dios e entregar c�pia dos relat�rios aos moradores. O coordenador da Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, informou que cada morador poder� entrar e verificar se houve dano, comunicando imediatamente os vistoriadores em caso de problema. “N�o ser� apenas visual. Ser�o instalados equipamentos para verificar se houve abalo de estrutura”, disse. Ele garantiu que o retorno �s casas ocorrer� no mesmo dia.

A Defesa Civil tem uma semana para apresentar o plano de remo��o dos moradores no qual dever� constar, entre outros itens, prazos, o impacto nos pr�dios e da retirada do entulho.

No acordo consta ainda que, se por raz�o de seguran�a o viaduto n�o puder ser implodido dia 14, a a��o ser� adiada para o domingo seguinte. Se quaisquer condi��es forem descumpridas, ficar� suspenso o trabalho de implos�o e remo��o. “Embora n�o esteja previsto no acordo, o juiz pode dar uma penalidade a qualquer momento se n�o forem cumpridos quaisquer requisitos”, disse Renato Dresch.


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