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Estado de Minas

Fam�lia de desaparecido vive mais um dia de ang�stia; buscas recome�am nesta sexta

Buscas por Adilson Aparecido Batista, de 44 anos, continuam nesta sexta-feira. Parentes foram � mineradora acompanhar os trabalhos


postado em 12/09/2014 06:00 / atualizado em 12/09/2014 08:28

Máquinas escavam os arredores de outra retroescavadeira, parcialmente soterrada pela onda de rejeitos. Procura por vítima é dificultada pela grande extensão da área atingida e pela instabilidade do material(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
M�quinas escavam os arredores de outra retroescavadeira, parcialmente soterrada pela onda de rejeitos. Procura por v�tima � dificultada pela grande extens�o da �rea atingida e pela instabilidade do material (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

A fam�lia do operador de retroescavadeira Adilson Aparecido Batista, de 44 anos, desaparecido desde quarta-feira, quando ocorreu o rompimento da barragem de rejeitos da Herculano Minera��o, em Itabirito, a 55 quil�metros de Belo Horizonte, n�o perde a esperan�a de que o encontrem. As buscas pela v�tima recome�aram �s 6h desta sexta-feira com 20 bombeiros, helic�ptero e c�es farejadores. “Se ele n�o estiver vivo, que achem o seu corpo”, disse a irm�, a dona de casa Patr�cia Aparecida Batista, que ficou ontem na sede da empresa das 8h30 �s 17h, em companhia do filho da v�tima, Fernando Rodrigues Batista, de 23. “N�o pudemos ir � �rea atingida, ficamos o tempo todo na cantina”, contou.

Na casa do Bairro Mumu, em Itabirito, a fam�lia est� muito abalada, mas se mant�m unida, afirmou Patr�cia. A todo momento chegam amigos e parentes para saber not�cias e confortar Maria das Gra�as Santos Batista, de 64 anos, m�e de Adilson, o mais velho de quatro filhos. Evang�lica, ela encontra apoio no abra�o da fam�lia e nas ora��es.

Enquanto Patr�cia e Fernando estavam no refeit�rio, os bombeiros continuavam as buscas. Mesmo sob amea�a de deslizamentos, j� que o terreno ainda � considerado inst�vel pelos militares, os socorristas da corpora��o vasculharam toneladas de lama e rejeitos atr�s do oper�rio. Com o rompimento da represa, o lama�al desceu de uma altura de 60 metros e soterrou uma �rea de 20 a 30 campos de futebol.

Logo cedo os bombeiros em solo se dividiram em dois grupos. Quatro deles percorreram toda a �rea atingida, subindo e descendo entre os restos de tr�s caminh�es e m�quinas para procurar por pistas do desaparecido. No fundo do vale, onde a maior parte da lama que vazou ficou depositada, o outro grupo usava duas retroescavadeiras para tentar remover uma terceira m�quina do tipo, que ficou soterrada depois do acidente. As suspeitas s�o de que Adilson estaria operando esse equipamento antes de desaparecer.

Familiares do operador de retroescavadeira Adilson Batista esperam apreensivos pelo trabalho de resgate(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Familiares do operador de retroescavadeira Adilson Batista esperam apreensivos pelo trabalho de resgate (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)

Rea��o

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Ind�stria de Extra��o de Ferro e Metal Base (Metabase), Sebasti�o Alves de Oliveira, afirmou que o trabalhador poderia ter se salvado se tivesse ficado dentro do ve�culo pesado. “A cabine da retroescavadeira estava intacta. Mas n�o d� para condenar a rea��o de uma pessoa em um momento de desespero como esse, ao ver uma montanha desabar sobre a gente”, disse.

Enquanto as m�quinas escavavam, outros bombeiros se arriscavam sobre o lama�al no fundo do vale. Sondavam cada espa�o � sua frente usando bast�es para ver se encontravam terreno firme ou o corpo do desaparecido. Para avan�ar sobre a lama, usavam uma prancha de madeira sobre a qual podiam pisar sem serem tragados pelo lago de detritos. Um helic�ptero da corpora��o fez v�rios sobrevoos na �rea para ajudar nas buscas.

A equipe do Estado de Minas chegou a 250 metros do local onde eram feitas as buscas e constatou um territ�rio devastado. Dois lagos e um riacho que passavam pelo fundo do vale foram totalmente soterrados pela lama vermelha e pelo p� de min�rio de ferro. Dois postes de energia el�trica foram carregados pela onda de rejeitos, interrompendo o fornecimento de condom�nios pr�ximos por algumas horas. Tubula��es de �gua que abasteciam a empresa e outras que levavam �gua para comunidades pr�ximas foram destru�das.

A trilha de min�rio seguiu correnteza abaixo pelo pequeno c�rrego, sendo depositada no leito quil�metros adiante. De acordo com a Feam, oito t�cnicos trabalham na regi�o do acidente para identificar o n�vel de dano ambiental que sofreram c�rregos, lagos, vegeta��o e animais. Um relat�rio ser� produzido e divulgado ao fim desse trabalho.


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