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Estado de Minas

Aeron�utica come�a a apurar queda de helic�ptero em Fama

Dois passageiros morreram. �rg�o investiga se o piloto cobrava para fazer passeios sem autoriza��o


postado em 22/09/2014 06:00 / atualizado em 22/09/2014 09:17

(Kleber Ayello/MinasAcontece.com.br)(foto: (Kleber Ayello/MinasAcontece.com.br))
(Kleber Ayello/MinasAcontece.com.br) (foto: (Kleber Ayello/MinasAcontece.com.br))

O Centro de Investiga��o e Preven��o de Acidentes Aeron�uticos (Cenipa) come�ou apurar no domingo as circunst�ncias da queda do helic�ptero prefixo PR-CIG, na represa de Furnas, em Fama, no Sul de Minas. No acidente, duas pessoas morreram. H� suspeita de que a aeronave, que � registrada para uso particular, estivesse fazendo voo panor�mico pago, o que se configura em infra��o. O piloto Bruno Abtibol de Andrade, de 34 anos, que abandonou o local do acidente e depois se apresentou � pol�cia, prestou depoimento na madrugada de ontem na delegacia de plant�o da Pol�cia Civil em Varginha, e foi liberado.

De acordo com o major Raphael Vargas Vilar, do Cenipa, somente aeronave com registro para opera��es comerciais pode realizar voos panor�micos pagos. Vilar, que chegou ontem � tarde no local do acidente, disse que inicialmente vai colher evid�ncias, que inclui depoimentos de testemunhas, para em seguida analisar quais foram as circunst�ncias do voo e a queda. Nos pr�ximos dias, o piloto ser� convocado para prestar novo depoimento na Pol�cia Civil, em Fama, que vai investigar a responsabilidade dele pelas duas mortes. Na queda, morreram o sargento da Pol�cia Militar Marcos Ant�nio Alves, de 44 anos, e sua companheira L�via Reis Carvalho, de 27, que n�o pagaram pelo voo. Antes do acidente, outros dois militares acompanhados de familiares fizeram o sobrevoo de cortesia.

Na noite do s�bado, depois de retomadas as buscas, o corpo de Marcos foi resgatado. Na noite de domingo, mergulhadores do Corpo de Bombeiros trabalharam para retirar o corpo de L�via, que ficou preso nas ferragens do helic�ptero e foi encontrado a uma profundidade de 10 metros na represa. Com uso de um trator e uma balsa, bombeiros i�aram os destro�os da aeronave. Algumas partes foram retiradas da �gua, como a h�lice, para an�lise da per�cia do Cenipa.

O investigador Tiago Gomes informou que, no depoimento � pol�cia em Varginha, Bruno Abtibol confessou ter fugido depois da queda. Ele seguiria em fuga em dire��o a BH, mas decidiu se apresentar � pol�cia em El�i Mendes. Bruno contou que, antes da queda, tinha feito dois voos panor�micos com outros militares e suas esposas como passageiros. O passeio a�reo seria, segundo ele, uma forma de agradecer � receptividade da Pol�cia Militar da cidade a ele e seu irm�o, tamb�m piloto.

Panor�mico
De acordo com o investigador, Bruno contou aos pol�cias que saiu de BH na sexta-feira rumo Fama, mas n�o disse o motivo. Ele detalhou que estava com seu irm�o, tamb�m piloto, que operou a aeronave na viagem e lhe deu instru��o de voo. Quando chegaram � cidade, segundo contou Bruno, eles foram bem recebidos por policiais militares que os levaram ao hotel e se colocaram � disposi��o para qualquer eventualidade. O piloto, em depoimento, disse que, em retribui��o, convidou os militares e as suas esposas para um voo, na manh� do s�bado, pela cidade. “Se n�o me engano, um sargento e um soldado, e suas esposas”, declarou Bruno � pol�cia.

O tamb�m sargento Carlos Alberto, da PM de Fama e amigo do militar morto, disse que n�o sabe ao certo se Bruno havia sido contratado para oferecer o servi�o de voo ou se o fazia por lazer. Mas Carlos diz que foi um dos passageiros a aproveitar, gratuitamente, o passeio. “Eu e minha esposa fomos os segundos a sobrevoar com ele. Foi tudo muito tranquilo”, contou. Ontem, durante o vel�rio de Marcos, Carlos disse que os familiares de Marcos e Livia est�o inconsol�veis.

Na quinta-feira, teve in�cio na cidade a festa Arena Fama Rodeio, com shows de m�sica sertaneja e rodeios durante quatro dias. Moradores, que n�o quiseram se identificar, acreditam que os dois pilotos foram convidados para a festa para oferecerem o voo panor�mico pago ao p�blico. Panfletos foram distribu�dos no s�bado convidando as pessoas a “conhecerem a cidade de um �ngulo diferente”.

Informa��es que est�o sendo checadas pela Cenipa � de que cada passageiro pagaria R$ 80 pelo sobrevoo. Maurinho Castro, um dos organizadores da festa em Fama, disse que foi sondado pelo piloto que queria decolar e pousar a partir da arena do rodeio. Mas depois de consultar um amigo, ele n�o aceitou. Castro n�o afirmou se Bruno lhe fez uma proposta financeira.



O acidente
A queda da aeronave foi pouco antes do meio dia, quando o sargento Marcos e a esposa L�via foram aproveitar o passeio oferecido por Bruno. Segundo o piloto contou � pol�cia, na hora da decolagem havia um barco em frente � proa da aeronave e ele foi obrigado a fazer uma manobra evasiva pela direita. “Foi tudo muito r�pido. Uma coisa pavorosa”, disse Bruno. O advogado dele, Guilherme Faria, esteve ontem em Fama para se informar sobre o acidente. Ele afirmou que seu cliente � apto para pilotar helic�ptero. Como desconhecia as declara��es dele � pol�cia, evitou comentar se o piloto realizava voos panor�micos a trabalho.

O helic�ptero, um Robinson R44,com capacidade para quatro pessoas, est� registrado em nome da Sider�rgica Gag�, com sede em Conselheiro Lafaiete, Regi�o Central de Minas. Ningu�m da empresa foi encontrado para falar sobre a aeronave. Segundo a Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (ANAC) o certificado de aeronavegabilidade do helic�ptero � valido at� abril de 2018, e o documento de Inspe��o Anual de Manuten��o (IAM) at� abril do pr�ximo ano.


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