
O nefrologista �lvaro Ianhez, o anestesiologista Marco Alexandre Pacheco da Fonseca, o intensivista Jos� Luiz Bonfitto e o neurocirurgi�o Jos� Luiz Gomes da Silva, chegaram a sentar nos bancos dos r�us em julho deste ano. Por�m, logo no in�cio do julgamento, o promotor Sidnei Boccia Pinto de Oliveira S� pediu a transfer�ncia do j�ri para Belo Horizonte, al�m do adiamento por tr�s meses. Os m�dicos tamb�m s�o suspeitos de participarem de um esquema de tr�fico de �rg�os em Po�os de Caldas, no Sul de Minas.
O desembargador relator, Fl�vio Batista Leite, votou a favor da mudan�a. Para ele, al�m dos r�us serem pessoas abastadas economicamente e benquistas pela maioria da popula��o da cidade, “restou demonstrado nos autos que eles, os r�us, se n�o est�o promovendo uma campanha ostensiva na m�dia local, est�o sendo, sim, beneficiados por diversas notas e comunicados que v�m sendo publicados nos mais diversos jornais locais e regionais, com a assinatura de seus �rg�os e associa��o classistas”.
Na decis�o, o magistrado ainda contestou a alega��o da defesa, de que as notas eram meramente informativas. “Quando se bombardeia a popula��o leiga com informa��es de que os m�dicos j� foram julgados e absolvidos por seus conselhos e que ficou provado pelos julgamentos do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais e do Conselho Federal de Medicina que n�o houve, por parte dos m�dicos denunciados, nenhuma a��o m�dica no sentido de abreviar ou ceifar vidas humanas’, faz surgir no esp�rito daquele cidad�o a impress�o (verdadeira ou err�nea, friso que isso ainda n�o se sabe), de que os acusados s�o, inexoravelmente, inocentes”. O Walter Luiz de Melo votou de acordo com o relator . J� o desembargador Silas Vieira teve voto divergente, mas foi vencido.
Outros r�us
Sobre esse mesmo caso, j� est�o condenados os m�dicos Celso Roberto Frasson Scafi, Cl�udio Rog�rio Carneiro Fernandes e o anestesista S�rgio Poli Gaspar. Eles tiveram o benef�cio de responder o processo em liberdade, por meio de um habeas corpus, e deixaram a cadeia em maio deste ano. O juiz Narciso de Castro condenou os tr�s respectivamente a 18, 17 e 14 anos de pris�o em fevereiro de 2013, pela morte do garoto, que ocorreu em 2000.