
O edital para contrata��o dessa empresa de consultoria foi publicado ontem no Di�rio Oficial do Munic�pio e define prazo de presta��o de servi�o de aproximadamente dois anos. Em nota a PBH, informou que, com a medida, “busca refor�ar e aprimorar o servi�o de fiscaliza��o e de avalia��o realizado pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura nas obras executadas em Belo Horizonte”.
No caso do viaduto da Pedro I, o laudo do Instituto de Criminal�stica da Pol�cia Civil mostrou que em apenas um dos pontos do pilar havia de 15% a 20% menos ferragem do que o necess�rio na arma��o. As apura��es apontaram que as estacas da estrutura do bloco da base n�o foram suficientes para suportar a carga maior, por ocasi�o da retirada do escoramento.
A investiga��o indica que houve tamb�m falhas de execu��o da obra. Um dos problemas envolve os sistemas de protens�o (t�cnica que confere mais resist�ncia ao concreto, usando cabos de a�o). Agora, a constru��o de uma trincheira � a proposta da PBH para o trecho da Avenida Pedro I, entre as regi�es Norte e Venda Nova, onde desabou a estrutura.
Na quinta-feira, o secret�rio municipal de Obras, Jos� Lauro Nogueira Terror, apresentou esbo�o do projeto ao promotor de Justi�a do Patrim�nio P�blico Eduardo Nepomucento, ressaltando que a futura interven��o dever� ser totalmente custeada pelas empresas Consol Engenheiros e Consultores, encarregada do projeto, e Cowan Construtora, executora. “Os valores ser�o equivalentes, ou seja, R$ 10 milh�es”, afirmou.
A expectativa � de que a obra fique pronta em dois anos “a tempo de ser inaugurada pelo prefeito Marcio Lacerda”, comprometeu-se o secret�rio. Ele informou que a equipe da PBH est� na fase de estudos preliminares, levantamento de custos e planilhas referentes ao trabalho, documentos a serem apresentados aos minist�rios das Cidades e do Planejamento. A trincheira, com m�o dupla e passeios laterais, deve ser constru�da exatamente no local do antigo viaduto, que teve a parte que n�o desabou implodida na manh� de 14 de setembro, depois de mais de dois meses de tormento para moradores e comerciantes vizinhos.
Na pr�xima semana, Nepomuceno vai se reunir com os diretores da Consol e Cowan. “Vamos receb�-los e apresentar a proposta da prefeitura para a trincheira”, disse o promotor, reiterando que “fluidez do tr�nsito e menos impactos para a comunidade” s�o os principais pontos levados em considera��o. Se os empreendedores aceitarem a solu��o administrativa, incluindo o pagamento da nova interven��o, ser� firmado um termo de ajustamento de conduta. Caso n�o vingue a proposta de concilia��o, ser�o necess�rias medidas judiciais.