

A chuva que atingiu algumas cidades mineiras nesta ter�a-feira deu esperan�as para moradores de �reas atingidas pela estiagem. Enquanto per�odo chuvoso n�o chega para ficar, a popula��o lamenta os estragos deixados pelo logo per�odo de seca. Imagens atuais comparadas com fotos antigas mostram como a situa��o est� cr�tica. Em alguns munic�pios, moradores enfrentam a falta de abastecimento de �gua e o calor permanente.
As imagens atuais da represa de Tr�s Marias, na Regi�o Central de Minas Gerais, constru�da no leito do Rio S�o Francisco, mostram um cen�rio desolador. Em alguns locais, no entorno, os moradores t�m que andar quil�metros para chegar at� a �gua que, de t�o baixa, exp�e �rvores, barcos e sujeira, desaparecidos h� anos nas profundezas do rio.
A �gua da represa baixou tanto que hoje � poss�vel caminhar em parte do fundo da barragem, onde antes os turistas se reuniam para avistar o “mar doce”, como alguns chamam Tr�s Marias.. O pier flutuante que ficava na margem est� encalhado na poeira, longe da costa, rumo ao que deveria ser o fundo da �gua. A longa cerca erguida para isolar a usina, antes oculta sob as �guas, emergiu totalmente e agora tem fim.
Imagem da represa tirada h� tr�s anos mostra uma situa��o completamente diferente. A �gua azulada cobre praticamente toda a areia e chega pr�xima de casas. Em alguns pontos, se mistura com o verde da vegeta��o.


A situa��o se espalha por outros munic�pios banhados pelo Rio S�o Francisco, como por exemplo Iguatama, a primeira cidade por onde passa o curso d’�gua, no Centro-Oeste de Minas. Por causa da seca, pescadores viram quando essa represa se formou sobre os bancos de areia e reduziu o Velho Chico, de uma calha de 40 metros de largura e quatro metros de profundidade, a um estreito corredor de 17 metros, t�o raso que mal chega a 40 cent�metros nas canelas de quem passa por ele.
Nas imagens atuais � poss�vel avistar galhas de �rvores espalhadas pelo rio e apenas um filete de �gua passando por entre elas. A foto de um ano atr�s impressiona. A �gua est� t�o alta que chega at� a copa de algumas �rvores.


Os rios e lagoas da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte tamb�m sofrem com a estiagem e apresentam n�veis abaixo do normal. Na Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, os barcos maiores do Iate Clube dos Ingleses, no Condom�nio Alphaville, �s margens da BR-040, sa�da para o Rio de Janeiro, j� n�o podem mais ser colocados ou retirados da �gua. As rampas de acesso, por onde as embarca��es s�o transportadas em carretinhas, est�o at� 16 metros distante da �gua e h� muita lama.
Em 2011, barcos circulavam normalmente pelo leito da lagoa. Muitos moradores e turistas aproveitavam a cheia para praticar esportes n�uticos. Inclusive barcos que hoje n�o conseguem se movimentar, participavam de competi��es.


Famosa pelos mananciais que d�o nome a cidade, Sete Lagoas tamb�m tem problemas por causa da estiagem. Na Lagoa Boa Vista, os pedalinhos que animavam moradores e turistas n�o podem mais funcionar por causa da baixa do n�vel da �gua. Em 2007, o manancial quase atingia restaurantes localizados em sua margem. (Com informa��es de Mateus Parreiras e Pedro Ferreira)