
Mais um patrim�nio mineiro pede socorro no interior do estado. A situa��o prec�ria da Capela de Nossa Senhora de Santana do Morro do Gog�, de 1712, mais conhecida como Capela de Santana, foi discutida esta semana em audi�ncia p�blica na cidade de Mariana, regi�o central. A reconstru��o da igreja j� foi determina pela Justi�a h� mais de dois anos, no entanto o im�vel ainda est� completamente degradado. Impasses impedem a reconstru��o.
Edificada no s�culo 18, a igreja foi desmontada no in�cio dos anos 1970 por se encontrar em estado prec�rio de conserva��o. A estrutura barroca era composta de pe�as de madeira e pedra de cantaria, e o acervo foi cedido para a empreiteira Mendes Junior. Ap�s mobiliza��o dos moradores e interven��o do Minist�rio P�blico, as pe�as foram devolvidas � comunidade. No entanto, a reconstru��o desse patrim�nio hist�rico ainda n�o foi concretizada. No Morro de Santana, onde ficava a capela, existem apenas ru�nas atualmente. O acervo do templo cat�lico ficou guardado quatro anos no Centro Cultural Arquidiocesano Dom Frei Manoel da Cruz, antigo Pal�cio dos Bispos, e no almoxarifado da Executivo municipal.
Os representantes da comunidade cobram uma solu��o r�pida para o caso, que j� se arrasta h� anos. Muitos estiveram presentes na audi�ncia p�blica realizada pela deputada Luzia Ferreira (PPS). Segundo o p�roco da Igreja Sagrado Cora��o de Jesus, Luiz Cl�udio Vieira, a Arquidiocese de Mariana � favor�vel � reconstru��o da capela. “N�s nos preocupamos com atos de vandalismo, que j� motivaram inclusive a retirada das pe�as do local no passado”, afirmou. Ele disse entender o desejo de reconstruir a igreja no Morro de Santana, mas enfatizou que � preciso considerar os crit�rios legais e a dificuldade de acesso ao local, que fica a cerca de 5 quil�metros do centro da cidade.
Uma delas que o S�tio Arqueol�gico do Gog�, como tamb�m � conhecido o local onde ficava a igreja, conta com tr�s n�veis de prote��o: tombamento municipal, registro como s�tio arqueol�gico nacional e tombamento federal (ainda n�o conclu�do). Outro fator � que ainda existem ru�nas da capela no local e isso tem que ser considerado, pois elas tamb�m t�m valor hist�rico. Um terceiro aspecto � que a reconstru��o exigira a recupera��o de estruturas que j� foram perdidas, o que dificultaria o trabalho. Para n�o esbarrar nesses fatores, o ideal seria que o Iphan reconhecesse a capela como patrim�nio imaterial, depois de solicita��o da comunidade. Mesmo assim, ainda h� um impasse sobre a reconstru��o da igreja.
A deputada Luzia Ferreira sugeriu que seja realizada uma reuni�o de trabalho, com a participa��o da prefeitura, da comunidade e todos os interessados, para discutir esses impasses e dar prosseguimento �s negocia��es sobre a reconstru��o da igreja. “� uma situa��o que j� se arrasta h� muitos anos”, disse. A reconstitui��o da igreja � importante para a conserva��o de nosso patrim�nio hist�rico e religioso”, completou. Segundo a parlamentar, n�o h� sentido em trazer as pe�as de volta para Mariana e n�o reconstruir a igreja.