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Estado de Minas

Em 10 anos, munic�pios mineiros conseguiram extirpar �ndices considerados muito negativos

�ndice de Desenvolvimento Humano Municipal melhora e faz Grande BH subir uma posi��o no pa�s. Desigualdade social diminui, mas diferen�as ainda s�o grandes entre comunidades


postado em 26/11/2014 06:00 / atualizado em 26/11/2014 09:59

Tão perto, tão longe: populações como as do Bairros São Bento e do Aglomerado Santa Lúcia, na Região Centro-Sul da capital, vivem territorialmente próximas, mas convivem com realidades sociais bem distintas(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
T�o perto, t�o longe: popula��es como as do Bairros S�o Bento e do Aglomerado Santa L�cia, na Regi�o Centro-Sul da capital, vivem territorialmente pr�ximas, mas convivem com realidades sociais bem distintas (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

Moradores dos 34 munic�pios que comp�em a Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte experimentaram em uma d�cada melhorias em educa��o, renda e expectativa de vida, que levaram a Grande BH a saltar do quinto melhor �ndice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil para o quarto lugar. � o que mostra a varia��o entre 2000 e 2010, considerando 16 regi�es metropolitanas de capitais brasileiras e do Distrito Federal, medida pelo Instituto de Pesquisas Econ�micas Aplicadas (Ipea), Programa das Na��es Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e Funda��o Jo�o Pinheiro, que divulgaram, ontem, o Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil.

Considerado o aglomerado urbano que tem BH como centro, Nova Lima foi a cidade que apresentou melhor qualidade de vid. Em geral, na d�cada analisada os munic�pios mineiros conseguiram extirpar �ndices considerados muito negativos e ampliar indicadores mais altos, sendo que 14 deles tiveram melhora acima de 20%. Os bairros da Regi�o Centro-Sul de BH est�o entre os de melhores condi��es e os da periferia de Santa Luzia, entre os piores. Apesar da melhoria de indicadores, a desigualdade ainda � marcante na regi�o, com comunidades mais pr�speras ostentando �ndices at� 60% superiores aos das mais humildes, criando contrastes entre munic�pios e at� entre bairros.

O IDHM � composto de tr�s par�metros: longevidade, acesso � educa��o e renda. O �ndice tem pontua��o m�xima de 1 e piora ao se aproximar de zero. Pelo IDHM absoluto, a Grande BH chegou a 0,774 pontos, aumento de 13,5% considerando o �ndice de 0,682 de 2000, ultrapassando o antigo quarto colocado, Porto Alegre, que despencou para a nona posi��o. A diferen�a para a melhor regi�o metropolitana, a de S�o Paulo, com 0,794, caiu de 0,032 para 0,020 ponto. De acordo com a avalia��o dos pesquisadores que montaram o atlas, a educa��o foi o quesito que mais impulsionou a melhoria da posi��o da Grande BH, com crescimento de 26,4%, passando de 0,549 para 0,694 no per�odo, seguido pela longevidade, com alta de 8,3%, de 0,784 para 0,849, e renda, que subiu 7%, de 0,682 para 0,774.

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Pelo mapa formado pelas �reas de IDHM bom e ruim da Grande BH, percebe-se que no ano de 2000 as manchas com o melhor conceito, o considerado “muito alto” (acima de 0,800), se espalhavam por Belo Horizonte, Nova Lima e Brumadinho, com enclaves em bairros nobres de Contagem, Lagoa Santa e Ribeir�o das Neves. Dez anos depois, a mancha de desenvolvimento se alastrou para �reas de Betim, Caet�, Esmeraldas, Mateus Leme, Pedro Leopoldo, Sabar� e Vespasiano.

O menor IDHM de 2000, com �ndices inferiores a 0,499 e conceito “muito baixo”, se encontrava espalhado em bairros de periferia de Belo Horizonte, Betim, Caet�, Contagem, Esmeraldas, Ibirit�, Lagoa Santa e Santa Luzia. Uma d�cada depois, n�o foi registrado nenhum espa�o com esse tipo de condi��es, consideradas p�ssimas. Santa Luzia tem �reas uma categoria acima do pior indicador, com conceito “baixo” (entre 0,500 e 0,599). “O conceito ‘muito alto’ descreve lugares onde h� capacidade de prosperidade, equidade e inclus�o para o maior n�mero de pessoas da comunidade, sendo que abaixo disso temos mais pobreza, mais desigualdades e maior grau de exclus�o dos habitantes”, afirma Vera Castilho, pesquisadora que trabalhou no atlas.

NOVA LIMA A f�rmula de Nova Lima para ultrapassar a capital mineira foi a melhora expressiva em todos os quesitos avaliados. Em um munic�pio que experimentou na d�cada estudada um crescimento expressivo de condom�nios e de empreendimentos de alto padr�o, os nova-limenses tiveram a expectativa de vida ampliada em 5,63 anos, passando para 78,10 anos, enquanto os vizinhos belo-horizontinos, ainda que contando com aumento de 6,34 anos, chegaram a uma idade m�dia menor, de 76,37. A renda per capita de Nova Lima � de R$ 1.731,84, enquanto na capital n�o passa de R$ 1.497,29. No caso da frequ�ncia escolar, o �ndice dos nova-limenses aumentou de 9,16 para 9,38 anos, considerando alunos at� 18 anos, enquanto na capital caiu de 10,14 para 9,87 anos.

O munic�pio que mais evoluiu no IDHM foi Jaboticatubas, com o �ndice saltando de 0,524, em 2000, para 0,681. A expectativa de vida, que aumentou de 69,19 para 75,19 anos e a renda per capita, que saltou de R$ 376,10 para R$ 602,48 (60% de aumento), foram os principais fatores para o desempenho. Apesar de apresentar o pior �ndice entre os 34 munic�pios da Grande BH, Rio Manso foi o segundo que mais evoluiu, melhorando em 29% sua qualidade.

Todas as 16 regi�es metropolitanas brasileiras apresentaram �ndice de alto desenvolvimento, acima de 0,700. Entre 2000 e 2010, a diferen�a entre a regi�o metropolitana de mais elevada posi��o (S�o Paulo), e a mais baixa, que continua sendo Manaus, caiu de 22,1% para 10,3%, mostrando redu��o na desigualdade.

Saiba mais

�ndice de Desenvolvimento Humano Municipal


O IDHM � uma adapta��o para que o �ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) – medida criada pelo Programa das Na��es Unidas para o Desenvolvimento como alternativa a par�metros meramente econ�micos – pudesse ser usado para medir a qualidade de vida em cidades brasileiras. Foi criado em 1998, e ajusta o IDH para a realidade dos munic�pios e regi�es metropolitanas, refletindo especificidades e desafios regionais. Para aferir o n�vel de desenvolvimento humano das unidades federativas, munic�pios e regi�es metropolitanas s�o usados os mesmos crit�rios – sa�de, educa��o e renda. O IDHM tamb�m varia entre 0 (valor m�nimo) e 1 (valor m�ximo).


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