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Estado de Minas

Rastro das flores cor de ouro d�o mais luz e beleza ao concreto da capital neste ver�o

Com temperaturas acima de 30 graus, esta��o tamb�m � marcada pelo tom amarelo


postado em 17/01/2015 06:00 / atualizado em 17/01/2015 07:23

Na Praça Antônio Xavier, no Bairro Cidade Nova, na Região nordeste, o tom efervescente encanta quem passa pelo local: BH colorida de norte a sul(foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press)
Na Pra�a Ant�nio Xavier, no Bairro Cidade Nova, na Regi�o nordeste, o tom efervescente encanta quem passa pelo local: BH colorida de norte a sul (foto: Beto Magalh�es/EM/D.A Press)

Nada de azul – ao contr�rio do filme famoso –, a cor mais quente � o amarelo. E ele est� presente nos jardins das casas e canteiros de avenidas, debru�ado sobre muros, encostado nas varandas, descendo em cascata pelos pr�dios, enfim, embelezando Belo Horizonte. Neste ver�o sem chuvas e com temperaturas acima de 30 graus, �rvores, arbustos e trepadeiras est�o mais vistosos do que nunca, e alguns esp�cimes, como a frondosa canaf�stula ou faveiro, deixam um rastro colorido: quando as flores caem, como ocorre agora, transformam passeios e cantos de meio-fio num tapete. Uns reclamam dos efeitos da flora��o, pela sujeira que causa, enquanto outros aplaudem mais este show da natureza.

Na Pra�a Guimar�es Rosa, no Bairro Cidade Nova, na Regi�o Nordeste da capital, seis canaf�stulas enchem os olhos. Apontando a copa, a engenheira agr�noma Mariza Rizck, da Ger�ncia de Arboriza��o e �reas Verdes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), conta que a �rvore alcan�a de 15 a 25 metros de altura. Um quarteir�o acima, na Avenida Jos� C�ndido da Silveira, outras tantas d�o o ar da gra�a, destacando-se em meio ao parque-linear. Da janela do apartamento, a aposentada Maria S�lvia Campos do Amaral diz que olhar a paisagem, no ver�o, � sinal de felicidade. “Elas humanizam a cidade e harmonizam concreto, ve�culos e habitantes. D� vontade de ficar ali debaixo, sentada, meditando”.

N�o muito longe dali, na esquina das ruas Jo�o Gualberto Filho e C�lia de Castro, no Bairro Sagrada Fam�lia, canaf�stulas frondosas proporcionam �tima sombra � Escola Estadual Sagrada Fam�lia e orgulham os moradores. J� no vizinho Santa Tereza, a enfermeira Mariana Alencar Queiroz, moradora de um apartamento no nono andar, admira duas gigantescas que enxerga da janela e est�o no terreno da Escola Estadual Jos� Bonif�cio.

“Depois que minha filha J�lia nasceu, h� seis meses, voltei a aproveitar a varanda do apartamento. Neste calor�o, tenho deixado a menina mais � vontade. Daqui, posso ver a Serra do Curral, o arvoredo, os pr�dios e outras partes da cidade”, diz Mariana. A paisagem faz bem � enfermeira, que cresceu em meio � natureza e sente falta do verde no dia a dia. “Distraio muito olhando a serra e agora temos essas �rvores em flora��o para completar o cen�rio.”

Belo Horizonte tem mais de meio milh�o de �rvores espalhadas pelas nove regionais, afora parques e �reas verdes, com predom�nio das cores rosa e amarelo na flora��o, como ocorre agora. At� abril, conforme a SMMA, ser�o plantadas 54 mil novas mudas. No caso espec�fico das canaf�stulas, um detalhe curioso: quando mais velhas, mais sombra proporcionam. N�o � � toa que dezenas de moradores, de todas as gera��es, aproveitam o local para bater papo ou fazer exerc�cios nos equipamentos. “No futuro, teremos mais flores amarelas em BH, j� que agora foi plantada grande quantidade de barbatim�o”, diz a engenheira agr�noma Mariza.

Efeitos

No Bairro Cidade Nova, a paleta de cores ambiental n�o chega a 50 tons de amarelo, numa alus�o ao livro 50 tons de cinza, mas, procurando, h� v�rios – do mais claro ao mais brilhante. Ainda na Pra�a Guimar�es Rosa, uma resid�ncia exibe um hibisco carregado de flores e Mariza explica que s�o flores h�bridas muito apreciadas em jardins. A poucos metros, na Pra�a Ant�nio Xavier, ela aponta um ip�-mirim, considerada arbusto, e o cosmos, herb�cea com flores que lembram margaridas. Curiosamente, as duas plantas se enroscaram e garantiram um efeito bonito no espa�o p�blico.

Na Avenida Cristiano Machado, perto da passarela que d� acesso a um supermercado, d� para ver as alamandas que pendem das sacadas de um pr�dio comercial. O amarelo volta a resplandecer na Rua Mantena, no Bairro Ouro Preto, no Belvedere, na Regi�o Centro-Sul, e no acesso ao aeroporto de Confins. Na Avenida do Contorno, no Bairro S�o Lucas, na Regi�o Centro-Sul, com a impon�ncia da c�ssia imperial no canteiro central. Passeando pela Pampulha, uma mo�a de cabelo roxo admira a arboriza��o urbana e brinca: “No ver�o passado, vi o filme Azul � a cor mais quente, mas, nesta esta��o, o amarelo em BH ganha de goleada”


DA COR DO OURO

(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press )
(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press )

C�ssia imperial ou Chuva de ouro
(foto)
(Cassia fistula)

Origin�ria da �ndia, tem altura de 10 a 15 metros e flora��o na primavera e no ver�o

Canaf�stula ou faveiro
(Peltoforum dubium)

Nativa do Brasil, tem altura entre 15 e 25 metros

Ip�-mirim
(Tecoma stans)

Arbusto de atinge 5 metros, nativa do m�xico e Estados Unidos. De f�cil dissemina��o

Cosmos
(Cosmos sulphureus)

De semeadura espont�nea, floresce nesta �poca. A flor lembra a margarida

(foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press )
(foto: Beto Magalh�es/EM/D.A Press )

Alamanda
(foto)
(Allamanda cathardica)

Trepadeira nativa do Brasil, floresce quase o ano todo

Fonte: Mariza Rizck, engenheira agr�noma da Ger�ncia de Arboriza��o e �reas Verdes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA)

EM VIU

TAPETE VARRIDO COM �GUA

(foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press)
(foto: Beto Magalh�es/EM/D.A Press)

No exato momento em que a equipe do Estado de Minas fazia a reportagem na Pra�a Guimar�es Rosa, no Bairro Cidade Nova, um funcion�rio da Prefeitura de Belo Horizonte “varria” o espa�o p�blico com �gua vinda de um caminh�o-pipa. A cena irritou uma moradora, que desabafou: “Eles est�o fazendo tudo errado. Deveria vir um gari para tirar todas as flores. Desse jeito, gasta-se �gua e n�o fica limpo direito”, disse a mulher, que n�o se identificou. E acrescentou: “Este tapete amarelo � lindo, por que n�o deix�-lo at� acabar a flora��o? “


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